Opa xuxuzinhos! Aviso rápido:
Esse capítulo tem uma música recomendada pra leitura (Yellow - Coldplay), tá sinalizada certinho quando for pra iniciar caso você curta ouvir música enquanto lê. Eu recomendo demais!
É isto! Boa leitura!
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Bárbara estava concentrada em seu velho livro à beira da janela de Juilliard enquanto Victor praticava algumas notas no piano, e resmungava palavrões audíveis quando falhava. Tinham acabado de voltar do almoço com Arthur e aguardavam o professor na sala de ensaios, cada uma presa em seu próprio mundo. Era mais uma tarde ensolarada onde os alunos andavam de um lado para ao outro se abanando com os panfletos do evento de terça do grupo de dançado segundo ano; o inverno parecia algo muito distante aos americanos naquele dia.
A menor estava concentrada demais decidindo se estava amando ou odiando o livro - por fazê-la chorar mais vezes do que se permitia admitir -, para notar que o som das teclas havia cessado e que agora Victor se encontrava com os braços apoiados em cima da tampa do piano a observando atento como uma velha cartomante analisa seu futuro.
– Quer dizer que passou a noite com Carol? – finalmente perguntou, segurando-se tempo demais para entrar no assunto, pois sua curiosidade não lhe permitiria mais nenhum segundo de espera.
Babi sorriu para si mesma convicta de que Victor não aguentaria muito tempo em silêncio quando viu Carol a deixar na porta de Juilliard naquela manhã, mesmo que do outro lado da rua e com os vidros escurecidos, Victor conheceria aquele Dodge em qualquer lugar.
– Eu não passei a noite com ela – explicou fechando o livro com o marca-página e se virando para o amigo. – dormi na parte de baixo do beliche de Carol, o que é bem diferente.
– Oh! Milena com certeza não ficou muito feliz de ver Carol em sua cama.
– Nós saímos antes que ela chegasse, de qualquer forma. – continuou caminhando até o piano e se debruçando nele. – Carol me trouxe para Juilliard e voltou para Columbia, fim de história.
O sorriso de Victor cresceu duas vezes quando a amiga terminou de contar. Talvez Babi e Carol não tenham percebido, mas pareciam mais um casal de namoradinhas do que imaginavam e já não era mais segredo nenhum que Carolina estava investindo descaradamente em Bárbara.
– Não posso acreditar que não houve sequer um beijo, Babi. – reclamou fazendo bico, o que fez Bárbara os olhos e corar. – Vocês parecem duas baratas tontas sem saber o que fazer.
– Victor ! – exclamou Babi fazendo careta de desaprovação com o comentário. – Carol e eu estamos nos conhecendo melhor, acho que realmente posso gostar dela futuramente e-
A garota foi cortada quando um garoto franzino do departamento de teatro bateu na porta timidamente perguntando por Bárbara Passos. Ele segurava um enorme buquê de rosas vermelhas e o entregou para Babi que estava de boca aberta e quase se esqueceu de agradecer ao moço com a paralisia que seu corpo sofreu. A morena deixou o buquê em cima do piano e tirou o cartão rosa com notas musicais em azul que estava embrenhado entre as rosas.
"Estranho seria, se eu não me apaixonasse por você. – Nando Reis."
Os olhos de Babi rapidamente mudaram para surpresa ao mesmo tempo em que um brilho intenso entregava o que ela vinha tentando esconder de si mesma. Música brasileira. E novamente Carol tinha acertado em cheio. Ela terminou de ler e abaixou o papel deixando seus olhos repousarem nas rosas vermelhas que tanto lhe agradavam, o coração traindo as ordens de sua razão para não se abalar.
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The Red Bow - Babitan
RomanceQuando se é jovem geramos expectativas e sonhos muitas vezes maiores que nós mesmos, o amor é o extremo do perfeito e canta a melodia mesmo sem saber a letra. Babi e Carol formam o perfeito oposto, mas a pergunta é: Isso durará para sempre ou acabar...