Na madrugada de domingo, Babi se encontrava sentada em sua cama no quarto de hóspedes usando um baby doll rosa claro, estava concentrada em sua mais nova aquisição de leitura, Razão e Sensibilidade de Jane Austen, ou pelo menos tentava manter-se concentrada no livro, as lembranças do dia anterior insistiam em voltar a todo instante. O Sr. Voltan a cumprimentando, Alana sendo uma das pessoas mais gentis e engraçadas que ela conhecera; Carol cantando somente para ela... Carol com medo. Nestes momentos, quando era notável o medo presente em sua menina, Babi sentia vontade de envolvê-la em seus braços e afastar qualquer mal que a deixasse temerosa.
Falou com seus pais mais cedo também, Flaviana disse que Adinan ainda não tinha voltado do trabalho, o que era muito estranho, pois o homem nunca se atrasava; de alguma forma a mais nova sabia que estavam escondendo algo dela para não preocupá-la. Felizmente aquele seria seu último dia em Miami e logo poderia voltar para casa e verificar com os próprios olhos o que estava acontecendo. Não que fosse ruim estar ali, na verdade estava sendo melhor que o esperado, mas ficar longe de seus pais era ainda pior.
Ouviu o som de leves batidas na porta do quarto, em seguida a mesma se abriu revelando a cabeleira loira de Carol que tinha um sorriso tímido e o rosto amassado de sono.
- Posso entrar? - perguntou hesitante.
Babi sorriu batendo no espaço vazio ao lado da cama.
Carolina entrou na ponta dos pés fechando a porta em seguida com cuidado para não fazer barulho, aproximou-se da cama e puxou o edredom deitando ao lado de Babi que abandonou o livro e os óculos de leitura no criado mudo para se deitar também em frente a ela. E assim ficaram por um tempo, se admirando no quarto iluminado pelo abajur do lado da cama de Bárbara, trocando sentimentos por olhares, expondo a própria alma para que apenas elas pudessem ver.
- Não está com sono, bebê? - murmurou a mais nova espalmando a mão carinhosamente no rosto da loira que fechou os olhos brevemente com o contato.
- É estranho estar na mesma casa que você, mas não na mesma cama. - deu de ombros e fez um bico infantil. - Prefiro estar aqui, é mais quente.
- Sabe que não pode dormir aqui, amor. Se os seus pais nos pegarem saindo do mesmo quarto amanhã...
- Eu sei, eu sei. - suspirou derrotada. - Só senti sua falta.
Babi arrastou os dedos pelo rosto de Carol aproximando-se em seguida para puxar o lábio inferior da loira entre os dentes e soltá-lo logo em seguida. Então Carol puxou sua nuca a trazendo mais perto para iniciar um beijo cheio de saudade. Bárbara invadiu sua boca ferozmente iniciando o contato com a língua da loira que a puxou para cima de seu corpo sentindo seus seios roçarem assim como seus sexos por baixo do tecido fino do baby doll de Babi e da camisola azul bebê de Carol. Um gemido rouco escapou da boca das duas assim que suas bocas se saparam em busca de ar, mas Carolina mal teve tempo para se recuperar quando Babi tomou-lhe os lábios novamente, a língua da mais nova explorava faminta toda a extensão de sua boca e envolvendo a da morena logo em seguida. Era um beijo estalado, sensual, que fazia uma onda de prazer percorrer o corpo das duas garotas fazendo-as mergulhar no desconhecido. Carol afastou a mão esquerda da nuca de Babi e desceu até o seio direito da mais nova o apertando levemente para então o massagear intensamente sem quebrar o contato com as línguas. Os seios de Bárbara cabiam perfeitamente em suas mãos, como se tivessem sido moldados justamente para ela.
Era perfeito.
O beijo foi quebrado quando Carol sugou o lábio inferior de Babi, arrastou as unhas para cima e para baixo pelas costas da mais nova provocando vários arrepios na garota. Bárbara arrastou os lábios pelo pescoço de Carol com a ponta da língua mordendo e sugando o ponto sensível. A loira gemeu ao sentir a mais nova morder sua clavícula. Carolina desceu a mão do seio de Babi até sua cintura apertando-a mais contra si, como se quisesse fundi-las naquela cama.
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The Red Bow - Babitan
Roman d'amourQuando se é jovem geramos expectativas e sonhos muitas vezes maiores que nós mesmos, o amor é o extremo do perfeito e canta a melodia mesmo sem saber a letra. Babi e Carol formam o perfeito oposto, mas a pergunta é: Isso durará para sempre ou acabar...