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Café, Dean e noite.

Era uma combinação agradável para mim naquele momento.

Estávamos sentados numa mesa externa da cafeteria ali do bairro, como nos velhos tempos eu imaginei, Dean estava Alegre e um tanto nervoso... Eu acho que esses anos nos mudaram demais.

— Eu... Agradeço por ter vindo aqui comigo ,Cas.

— Obrigado por ter me convidado... e por ter se aberto comigo Dean e mais uma vez, me perdoe por tudo...

Dean tocou na minha mão e olhando pra mim de forma terna disse

— Você não tinha como saber o que eu sentia se eu jamais havia dito algo a você... não se culpe pelos meus erros.

Eu apenas acenei e dei um gole no meu café que ainda estava um pouco mais quente que o normal, eu havia pedido um expresso e Dean um Capuccino.

O local em que estávamos era repleto de luzes amarelas pelas paredes fazendo contraste com as fotografias em preto e branco ali nas paredes, o local tinha uma pegada vintage é era visitado por diversos tipos de  pessoas e em noites como hoje —Sexta feira — havia karaokê,  o que trazia gente de todas as zonas da cidade.

Uma garota loira está cantando uma música meio rock e fazendo todos refletirem na vida, por um momento estou perdido em meio a melodia de sua música e acabo esquecendo de tudo... da perda de billie, do reencontro caótico com o winchester,  da minha relação desgastada com a minha familia. Tudo naquele momento era apenas mais detalhes da vida complicada que eu levava.

Dean mantinha seus olhos fechados, agora o vento de inverno trazia uma certa nostalgia que o loiro queria sentir até nas últimas moléculas de seu ser angustiado.

Esse reencontro com Dean me fez perceber certas coisas, as  vezes nos estragamos relações pelo fato de não falar o que sentimos... as vezes estamos tão cansados de sentir que deixar de falar é de fato esquecer.

Mas o que acabamos esquecendo é que quando não falamos a angústia cresce em nós,  nos impedindo de crescer.

Eu e Dean estávamos destruídos, Havíamos perdido coisas e estávamos a beira do penhasco...  mas hoje, só hoje decidimos sentir o vento que faz aqui, e isso era um pouco de felicidade nos invadindo aos poucos, felicidade essa que sentimos poucas vezes. E das poucas vezes, nós  estávamos sempre juntos.

Uma música lenta começa a tocar no local e nós observamos que vários homens e mulheres se levantam a dançar, sinto um breve lampejo de alegria , Como quando eu não sabia  que tinha Parkinson e me levanto logo estendendo a mão direita para Dean que ao olhar assustado diz.

— Não... Eu.. Eu não seu dançar ,Cas.

— Venha comigo e aprenda.

Digo e vejo o mesmo relutante levantou-se e foi comigo até o centro do salão pequeno ,no meio de vários casais heterossexuais ali estávamos nós dois, nos preparando para dançar.

—  Um passo pro lado direito e dois pro esquerdo... assim ó!

Eu movimento o meu corpo fazendo o loiro movimentar o dele e em alguns segundos estamos dançando um tanto devagar mas ainda sim nos encarando fixamente.

— Eu não sei dançar castiel

Ele diz sorrindo ternamente

— Somente olhe nos meus olhos e deixe que o seu corpo faça o que tiver vontade.

Eu digo sugestivo.

— Não posso.

Ele diz sorrindo.

Eu (NÃO) Amo Dean Winchester |DESTIELOnde histórias criam vida. Descubra agora