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Surtando

Como assim nós estávamos abandonados  numa cidade em que não conhecíamos? Isso Só podia ser pesadelo!

— Por quê você não me acordou Dean?!

Digo andando de volta para o hotel em que estávamos hospedados.

— Porquê eu estava dormindo? – Ele pareceu óbvio – e o que aconteceu com aquele App revolucionário que você estragou na minha cara dizendo que acorda pessoas em horários estipulados por elas mesmas?

Eu praguejo por perceber que Dean tinha uma memória de elefante e que ele se lembraria de cada vírgula para usar contra mim caso eu falasse algo contra ele nesse exato momento.

Estamos andando de volta para o hotel, minha barriga começava a roncar e eu estava com medo afinal, eu não tinha dinheiro algum comigo e não sabia me virar sozinho, nós estavamos muito ferrados.

Estamos entrando agora no hotel em que estávamos hospedados, era uma manhã de sábado e logo que entramos Benny nos olha e diz

— Porquê que as senhoras estão com essa cara?

— Nós perdemos o ônibus da fundação.... estamos perdidos.
Dean diz, sentando-se no balcão  ,faço o mesmo.

— oh... sinto muito...  Eu posso fazer algo por vocês, caras?

Dean mexeu a cabeça dizendo que não, ele me parecia bem irritado, sua mandíbula estava pressionada r seus olhos meio fechados. Provavelmente muito puto.

Me encosto no balcão ,meu subconsciente não queria aceitar que eu estava perdido, longe de pessoas que poderiam me ajudar caso eu precisasse...

— toma aqui Castiel.

Benny chega com uma bandeja com suco e uns pães,  Dean olha pra ele e diz.

— Obrigado cara.

— Não é nada, o café é por conta da casa!

— Muito obrigado Benny! Sério  ,de verdade.

Eu digo olhando para ele, meu corpo pesava um pouco.

— Que isso! Depois do show de ontem eu até devo isso pra vocês!

Ele sai da nossa frente e vai atender uns motoqueiros que acabaram de chegar no bar  ,ele não era um arruaceiro mau educado o tempo inteiro, pelo menos não conosco, não mais.

Dean respira pesado e bebe um pouco do líquido amarelo que está sob o balcão, logo em seguida morde um dos pães,  ele estava descontando a raiva que ele tinha da vida toda no pão.

Coitado do pão.

— O seu celular ainda tem bateria?

Ele diz ainda comendo, eu estou parado olhando para ele  ,de repente meu corpo pesou demais e me raciocínio está lento.

— zero por cento. Estou com medo de que não haja carregador para ele... eu esqueci o meu no ônibus e mesmo que tivesse... não tem sinal de telefone aqui...

Bufo e pego o copo de suco, ele está tremendo .

Eu estou tremendo.

Controlo um pouco meu braço apoiando com o outro, mas ainda é um tanto evidente que sim, eu estou  tendo uma crise.

— Você está bem?
Dean olha pra mim ,ainda calmo

— Eu... Estou, é normal...

— Se precisar de qualquer coisa avisa.

Eu (NÃO) Amo Dean Winchester |DESTIELOnde histórias criam vida. Descubra agora