Eu (NÃO) Amo Dean Winchester |DESTIEL

32 (Final)

Ali estávamos nós,  sentados no banco de uma igreja, velando o corpo do homem amado por muitos.

Dizendo adeus.

Gabriel se levanta, seus olhos estão vermelhos demais para encarar o público que o assistia ali no velório, ele suspirou e disse.

— Eu o amei... Eu o amei tanto... me perdoe por não ter te protegido... mas eu te amei muito...

Todos choravam como se não houvesse amanhã. O corpo estendido no caixão tinha sua pele branca como a neve, todos o amavam e todos queriam ele em vida.

Meg tinha seu corpo coberto por um vestido preto, seus olhos estavam inchados e podia perceber como ela estava abatida, afinal. Faz alguns dias que ninguém dorme.

Alguns dias antes

— Me diga que ele não morreu... por favor, eu preciso disso...

Disse o homem para o médico.

— Eu sinto muito sr. Winchester... eu e minha equipe fizemos tudo que podíamos...

O Sr Winchester se debruça aos braços de Gabriel, ele também está em choque. Os dois simplismente não entendiam como aquilo poderia ter acontecido assim tão rápido.

Mas assim é a vida... ele passa como num piscar de olhos.
Como ventos de inverno. E de repente todos que você amam simplemente vão embora.

Dean tinha sua respiração ofegante,  horas antes ele viu uma das pessoas que ele mais amor morrer, talvez nada fizesse sentido agora, mas por quê com ele?

Ele havia perdido sua mãe, seu pai era um monstro e agora isso?

Gabriel estava jogado no chão do hospital, sua camisa antes rosa agora estava banhada de sangue.

Qualquer um que visse aquela cena poderia constatar que era a mais triste que alguém veria na vida.

Naomi foi conduzida à delegacia, ela foi presa em flagrante por homicídio e somente dias depois em seu julgamento lhe foram dados 15 anos de prisão em regime fechado mas o que doía de forma incessante era a perda de seus filhos. Aqueles que a levaram a loucura agora tinham medo dela e de coisas que ela havia feito.

Eu sei que essa historia talvez não tenha o mesmo formato que você costuma a ler, onde os finais são inteiramente felizes ou tristes. Essa é uma história real onde pessoas boas as vezes tem finais tristes.

Meses haviam se passado depois do ocorrido e desde então, Amara nunca mais foi a mesma.

Vestida com uma camisola branca e sentada olhando para a enfermeira a sua frente que citava as inúmeras regras do local e ao fim dizia.

— Você entendeu tudo?

— Sim.
Ela disse, seus olhos estavam marejados e sua pele um tanto quanto pálida.

— Me diga garota – a mulher pousou a caneta na mesa – o que faz alguém como você, parar num lugar como esse? Eu digo por que você é jovem... bonita... e pelo que vi, rica.

Amara pensou um pouco na resposta.

— Eu sou a causa do incomodo de muitas pessoas... é como se fosse a única coisa que eu fiz desde que nasci, primeiro os abusos do meu pai e irmão... depois Dean e castiel... eu não tive paz um dia sequer, eu lutei todos os dias... para ser alguém que as pessoas quisessem amar e proteger, para ser especial... e eu esperei por tanto tempo... e eu cansei sabe? Eu nunca recebi flores, nunca me chamaram pra sair... nunca me disseram "eu te amo" ou "Você é muito especial para mim" eu sempre fui alguém que não importava a vida ou a morte e é difícil admitir que talvez eu não mereça ser amada... não mereça ser especial, por que eu fiz tudo... tudo... mas eu fiz tudo errado.