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Estamos abismados.

Assim que a porta de madeira - Com umas manchas que eu tenho certeza ser sangue- se abre, vemos um quarto pequeno, com duas camas de solteiro cobertas apenas por um lençol fino, no meio das camas uma pequena cômoda com 3 gavetas e umas revistas em cima. Do lado direito a porta para um banheiro um tantinho sujo e do lado esquerdo uma janela com uma varandinha.

- Sério que a gente vai pagar aquele preço por esse quarto?
Dean disse meio irritado.

- Agora já era, foi uma guerra pra gente conseguir entrar no hotel e conseguir esse quarto... É isso ou... dormir com os percevejos.

- Acho que os percevejos fedem menos.
Ele disse.

Eu respirei fundo, eu não deixaria nem Dean e nem esse hotel me tirar mais do sério.

- Eu preciso de um carregador, esqueci o meu... tem aí?
Digo após entrarmos e acomodar nossas coisas dentro do quarto.

- Não trouxe celular...

- O quê? Que tipo de pessoa em pleno século 21 não anda com o celular?

Dean se senta na cama e da pequenas "quicadas" talvez provando a maciez - Inexistente - do colchão.

- Talvez alguém que não queira ser achado?

Eu reviro os olhos, não tinha problema. Amanhã eu pediria para Billie o dela e me comunicaria com minha mãe e Gabriel assim que chegasse no lugar retiro.

Me sento na cama e me pego olhando pra janela, estava um início de noite acinzentado, provavelmente aquela cidade tinha um clima mais frio no seu cotidiano ,já que desde que chegamos aqui senti isso na pele.

Eu me sentia normal demais pra quem acabara de perder uma noite em um retiro perfeito com atividades didáticas e tudo mais.

- Castiel...
Dean está olhando para mim, me perco por um instante em meus pensamentos e nem percebo o local que estou olhando ,para seus olhos.

- O quê?
Digo piscando várias vezes tentando não parecer um maluco observador.

- Está com fome? Acho que no bar deve ter alguma coisa interessante pra comer.

Eu aceno positivamente, ainda estou olhando para cada detalhe do quarto afim de me acostumar com tudo ,pelo menos por essa noite.

- Ok, eu vou tomar banho. - Ele abre a mochila dele e pega sua toalha azul - Quando eu voltar, você vai e em seguida nós descemos para comer.

- Certo.

Me deito na cama de barriga para cima, aquele ar de interior me deixava nostálgico demais, me lembrava a infância e a época em que eu podia correr a vontade sem medo de apenas começar a ficar dormente e tremer.

- Mas que merda! - Dean pragueja - É sério isso?!

Levanto o olhar e percebemos algo.

Como assim o banheiro não tinha porta?

- Espera, como assim?
Me levanto e vou até o portal que liga o banheiro e o resto do nosso minúsculo quarto.

- Ele esqueceu de avisar que isso é uma suíte inacabada... filho da...

Ando até a comida e abro as gavetas até achar um lençol, vou até a porta e consigo enganchar o lençol na porta.

- Não vai cobrir muito, mas pelo menos não vai dar pra ver tudo claramente.

- Uh. Não tem nada aqui de diferente meu amigo.
Dean diz com um sorriso amarelo e eu apenas reviro os olhos

-Tome logo seu banho, eu estou ficando com calor.

Eu (NÃO) Amo Dean Winchester |DESTIELOnde histórias criam vida. Descubra agora