All I Wanna Do.

Blinding Lights

07 de Dezembro de 1785.

KENT.

CONDADO DE ASTOR LAKE ADDRESS.

MANSÃO DA PROPRIEDADE LAKE ADDRESS:

Recostado em sua cadeira de balanço. Lorde Kizashi Gregory Gabriel Haruno Astor, Conde de Astor, contempla toda a beleza e esplendor do seu jardim. Mais de 40 tipos diferentes de flores, de todas as texturas, tamanhos, cores e espécies, balançando-se com a brisa fraca de uma manhã fria de inverno, mais a frente as colinas verdes claras, começando a ser tomadas pela neve. Mais ao longe o lago já congelado cintilava pelo sol claro da manhã.

Milorde levanta a cabeça a observa o teto da pequena capela de mármore ao seu redor. Se fechar os olhos pode facilmente visualizar a esposa ali, sentada no banco ao seu lado ou nos degraus da capela lendo um livro, trançando os cabelos de Rin. Ensinando a Konan sobre todas as flores existentes ali, ninando Tenten e rindo junto de Sasori. Também pode facilmente vê-la balançando enquanto cantarolava e acariciava a barriga já inchada.

Lorde Kizashi abre os olhos e solta um suspiro, abrindo um sorriso triste. Então ele abaixa o olhar para o pequeno ser em seus braços. Tão pequenina, mas que assim como sua irmã, lembrava tanto a mulher que ele amou da primeira vez que a viu até o seu último suspiro.

— Está vendo todas essas flores? — Pergunta baixinho. Lady Sakura, sua pequena e amada bebê de pouco mais de 1 ano e meio, levanta a cabeça olhando-o com seus grandes olhos verdes, estes idênticos ao deu Lady Tereza. — Sua mãe quem fez questão de plantar todas elas. Ela amava flores mais do que qualquer vestido ou joia que eu desce a ela.

— Mama... — Milady balança os bracinhos e isso faz seu pai abrir um sorriso de alegria.

— Isso mesmo, sua mama. Se eu chegasse com um diamante do seu tamanho... — A aperta em seu colo. — Ela sorria e falava obrigada, mas quando eu chegava com mudas de tulipas ou dentes de leite para serem plantadas. Nossa, ela ria, me abraçava, tinha vezes que até pulava e chorava de alegria. Eu devia ter a pedido em casamento usando flores envés de um anel. Seu nome vem de um tipo de flor estranho que ela era fascinada, sabia? Ah e ela amava os animais também, acho que é por isso que me amava.

Lady Sakura solta uma série de palavras indecifráveis, então deita a cabeça rosada cheia de lacinhos no peito do pai e tenta erguer a mão do Conde. Milorde acaricia a cabecinha de sua filha mais nova e limpa a baba que escorre de seu biquinho, ao fazer isso Lady Sakura balança a mão do pai e bufa.

— E você tem a mesma cara de brava que ela. — Ri. — Sabe, acho que você foi concebida nesse jardim Sakura.

— Acho que isso é informação demais para ela e graças a Deus que ela não entende. — Lorde Sasori, que estava nos degraus da capela, levanta o olhar de seu livro e encara o pai com certa cara de nojo.

— Mas é bom ela ter conhecimento de como esse jardim foi importante para a mãe dela. — Dá de ombros rindo fraco. — Vai que ela puxa o mesmo gosto por flores que Tereza?

— Então será um alívio para Konan, que vai ter com quem conversar sobre pólen, fotossíntese e essas coisas estranhas que ela gosta. Já que Tenten... — Os dois olham mais ao longe do jardim, bem perto das fileiras de árvores que levam ao bosque, está Tenten arrancando os matinhos da grama para jogar nos cabelos de Rin, que está deitada. — Podemos perceber claramente como ela ama a natureza.

— Esse sarcasmo você puxou totalmente de sua mãe. Está vendo Sakura, como seu irmão é maldoso? — Ele ergue a bebê, passando o nariz em sua barriguinha. — Isso mesmo, muito maldoso ele. Fala assim: Sasori seu malvado. Fala meu amor.