INGLATERRA ― HAMPSHIRE.
DUCADO HASTINGS WYCOMBE ABBEY.
Verão de 1816:
HASTINGS HOUSE.
As suas mãos soam enquanto tenta destravar a fechadura da porta. Os olhos atento vagam por todo o escritório em busca de algo que possa abrir a porta, a dita que guarda o tesouro procurado por meses. Os pares de ouvido se mantêm fixos no corredor temendo que possam ser descobertos.
Tum tum.
Os sons de passos no corredor os fazem paralisar. Eles se entreolham e prendem a respiração, espremendo-se o máximo que podem no pequeno espaço. Os sons se tornam cada vez mais alto e um dos "assaltantes" começa a murmurar uma reza rápida cheia de 'por favor, por favor, por favor'.
A porta do escritório é aberta com um estrondo, dois deles pulam no seu lugar batendo a cabeça embaixo da mesa e denunciando assim seu esconderijo. Olhares furiosos, condenados, assustados e frustrados tomam conta do pequeno bando.
Os passos se tornam cada vez mais barulhentos e apressados, até todos os olhos atentos se virem encarando um par caro e lustrados de botas. Seus olhares sobem pelo corpo musculoso e alto até se fixarem no olhar mordaz e temido do Duque de Hastings. Eles estremecem...
― Posso saber... O que estão aprontando no meu escritório? ― A voz grave do Duque toma conta do ambiente até então silencioso. ― Sabem o que vou fazer com vocês agora?
― Poderíamos estar bastante com medo agora... Mas... ― Rhys diz se segurando para não rir. ― Ela está acabando com a imagem assustadora do senhor, pai.
― Papa.
A pequena bebê nos braços do Duque, esfrega o biscoito babado nas bochechas do mesmo, destruindo assim toda a sua carranca de bronca.
― Eu perdi a minha postura não perdi? ― Pergunta enquanto faz a pequena continuar comendo seu biscoito.
― Completamente. ― Colin desaba a rir e isso faz os demais se jogarem no chão em meio a risadas.
― Bem... ― Ele a acomoda em seus braços, se agachando para encarar cada um dos filhos. ― Já que eu não tenho mais moral alguma com vocês... O que acham de eu chamar a mãe de vocês?
Em segundos o bando deixa o escritório, deixando um par de sapatilhas cor de rosa e um alfinete de gravata. Sasuke pega o alfinete totalmente torto e o gira nas mãos, olhando então para a fechadura da porta da lateral de sua mesa.
― Seus irmãos usaram um alfinete para arrombar a minha fechadura... ― Ele arregala os olhos e troca olhares com a bebê, que dá o mais molhado dos sorrisos para o pai. ― Estou criando lordes e Ladies ou assaltantes? O que eu faço com seus irmãos?
― Da... Oa... ― Tenta dizer agitando os bracinhos.
― Sim... Eu vou doar eles. ― Ele beija sua cabeça. ― Doação. Ótima ideia Sarada.
~~~*~~~
― Conseguiram descobrir a onde ele escondeu? ― Lady Sakura, Duquesa de Hastings, pergunta olhando ansiosa cada um dos cinco filhos enfileirados na sua frente. Rhys toma partido.
― Não conseguimos descobrir se está no escritório dele.
― Ele chegou bem na hora. ― Minerva sufoca uma risadinha. ― Michael e Alec ficaram com tanto medo que bateu a cabeça na mesa.
― Eu não fiquei com medo! ― Alec, o menor, se defende.
― Papai que abriu a porta de uma vez e com tudo. ― Michael completa.
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All I Wanna Do.
Fanfiction24/02/1802: O ano em que Lady Sakura Haruno, irmã mais nova do Conde de Astor, debutou na sociedade aristocrata Inglesa. Ela guarda essa data no seu coração, não só porque marca o início da sua vida como uma verdadeira dama apta para casar, mas tamb...