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07 de Novembro de 1797.

KENT.

CONDADO DE ASTOR LAKE ADDRESS.

MANSÃO DA PROPRIEDADE LAKE ADDRESS:

Mal esperando o lacaio colocar os degraus para que possa descer da carruagem, Lorde Gaara Sabaku, Conde de Allendale, sai da elegante carruagem e ajeita o grande chapéu sobre sua cabeça, o sol brilha com poucas nuvens no céu e o brilho reflete na enorme mansão de mármore branco mais a sua frente.

Dois criados abrem os grandes portões da propriedade oficial do Condado de Astor. Ele entra com sua comitiva logo atrás de si, estava de passagem pelo local, nada como visitar um velho conhecido e é claro, tentar mais uma vez obter o apoio do atual Conde de Astor por sua causa no Parlamento. Logo mais estariam de volta em Londres, ter o apoio de um título centenário e de um homem que possuí a admiração de Vossa Majestade será de extrema ajuda.

Infelizmente o atual Conde de Astor — Lorde Sasori Haruno —, não é tão aberto a novas causas como o falecido Conde — Lorde Kizashi Haruno —, costumava ser. Ele lembra de ver o homem no velório do antigo Conde em 1788. Ele parecia mais uma árvore, uma planta dura e rígida, séria até mesmo para os níveis de Allendale.

Seria difícil convencê-lo, mas não faria mal tentar não? Deus poderia estar de bem com ele esta manhã.

Lorde Gaara continua indo em frente, passando por uma trilha de tijolos de mármore preto, que entorna em uma espécie de fonte bem no centro do jardim frontal, ele passa pela fonte sem prestar atenção a ela, seguindo para os largos e altos degraus que levam até a porta da enorme casa Condal, mas algo chama a sua atenção.

Com a rapidez de uma água o Conde vira a cabeça para a ferindo. Ele aperta os óculos e resiste a tentação de pôr seu monóculos.

— Milorde...? — Com um levantar de mão ele para Burkley, seu criado. O homem se muda e olha na mesma direção que seu patrão.

Gaara dá alguns passos se distanciando de sua comitiva e inclina a cabeça para ver melhor. Sim, é uma pessoa, seus olhos não o enganaram.

Perto do que parece a entrada de um extenso jardim, uma pessoa, não... Uma mulher, sentada embaixo de uma macieira folheia um livro calmamente. O vento parece não a atingir, a saia do vestido de cor azul vibrante quase brilhando com a luz do sol que passa pelas folhas da árvore. Ele consegue ver seu nariz franzido, juntamente dos lábios cheios, ela deveria estar lendo algo intrigante ou engraçado talvez. No topo de sua cabeça estava o cabelo mais belo que ele já vira em sua vida, não era louro ou ruivo, mas sim de tonalidade rósea, um volumoso cabelo preso em um coque simples, mas que a deixava com uma aparência ainda mais divina. Ele queria saber a cor dos olhos dela... Seria castanhos como amêndoas? Pretos como ônix, azuis como harebells ou verdes como as folhas das árvores acima de si.

Deus, quem é aquela mulher?

— Allendale. — A voz alta e grave o desperta de seu transe. Ele olha para o seu lado, vendo no topo dos degraus da mansão, Lorde Sasori Haruno, o Conde de Astor.

O homem parece tão rígido como no dia do velório de seu pai. Os braços cruzados nas costas, os cabelos ruivos quase tão intensos como os de Gaara, sendo soprados pelo vento, mas os olhos firmes, duros, quase julgadores. É como se o homem desprezasse todos os homens ao seu redor, ou que julgasse todos como inferiores a si.

Bem, em certos pontos ele poderia estar certo nisso.

O título de Conde de Astor era conhecido da Grã-Bretanha por 5 motivos:

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