Sou um bom amigo para segredos.
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A sexta-feira passou muito rápido e isso foi ótimo. E não, Lucas não voltou a falar comigo, nem me mandou mensagem para falar qualquer coisa relacionada a Rui. Suponho que ele não contou a ninguém, caso contrário eu já saberia. Hoje felizmente é sábado e eu não tenho muito o que fazer, por isso chamei meu grupinho para estudar, já que depois dessa nova semana, se iniciará as provas. Eu geralmente não preciso estudar, mas é sempre bom garantir. Deixei todas as coisas prontas sobre a mesa da sala: livros, cadernos, lápis e notebook.
— Que calor, meu Deus! — André reclama se jogando no sofá. Ele está com uma blusa laranja néon e calça estilo militar?
— Nem me fale. — Gabi também se joga. Ellen é a única que se senta sem reclamar.
— Vocês reclamam demais. — Digo tomando um pouco de água e todos me olham, segurando a gargalhada.
— O que vamos fazer? Estudar ou ficar um olhando para o rosto do outro? — Ellen pergunta. Não tenho preguiça de estudar, é só que sei lá...
— Não sei. — Sorrio. — Vamos estudar um pouco e depois paramos.
Todos concordam e logo pegamos nossos cadernos para estudar. Começamos com matemática, pois temos que realmente aprender teorema de Pitágoras e Thales. Após matemática, estudamos português e tentamos aprender o que é "eu lírico" e como entender ele em um texto. Geografia é a próxima e após ler duas páginas do livro, acabamos e guardamos nossos materiais cansados mentalmente. No meio dos estudos, paramos para rir ou comentar algo sem noção, mas que riamos muito.
— Isso cansa, hein? — André faz uma cara dramática.
— Odeio concordar com você, mas eu cansei também. — Comento. Uma leve dor de cabeça está surgindo.
— O que fazemos agora? Eu não tenho mais nada para essa tarde. — Ellen fala. — Eu não cuido do meu irmão hoje.
— Nem eu tenho nada para fazer. — Gabi comenta.
Resolvemos não fazer nada, além de mexer no celular e ficarmos jogados no sofá. Estudamos das 13h às 15h e depois passamos mais 1h mexendo no celular, até André colocar uma música e começamos a dançar, sem seguir um ritmo. Gargalhamos muito, mas logo paramos, por estarmos cansados. Faço limonada, para bebermos enquanto somos obrigados a ouvir as histórias eróticas de André. Engraçado é que ele não tem vergonha na cara nenhuma, para falar dessas coisas. E agora que eu meio que me assumi para eles, ele ficou mais ousado e eu nem ligo mais. Talvez eu até me interesse em ouvir, algumas coisas.
— Até segunda? — Gabi me abraça.
— Até mais tarde, isso sim! — Retribuo o abraço sorrindo.
— Gui? — Gabi volta. Ela está com meia abatida, como não percebi isso?
— O que houve? — Pergunto preocupado.
— Nada não esquece. — Ela sorrir e vai embora.
Fiquei à noite de sábado inteiro tentando descobrir o que Gabi queria me contar, mas nada me vem à cabeça. Hoje domingo, já tentei perguntar, mas ela sempre desvia o assunto, então é muito grave e ela só não sabe como falar. Rui ter nos flagrado aos beijos, me preocupa também, por isso estou em um Uber, seguindo para a casa de Lucas. Agradeço ao Uber e desço. Como não há contato com ele, essa é a única maneira de falar com ele e eu poder ficar mais tranquilo. Eu sou muito idiota, né?
— Olá? — Mary a mulher que cuida da casa, é quem atende a porta. — Tudo bem Guilherme? — Ela sorrir abrindo espaço.
— Tudo sim Mary e com você? — Sorrio de volta. — O Lucas está em casa?
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Quase Clichê - vol. 1
عاطفية(LIVRO COMPLETO E REVISADO) - Duologia livro 1. Guilherme mora em Curitiba desde que se entende por gente. Nunca fora um garoto extrovertido, mas sempre teve seus três fiéis escudeiros. Agora com 14 anos, Guilherme acabará de entrar no ensino médio...