CAPITULO 17

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Novamente pressionado.

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Por que as pessoas têm isso, de que para ser feliz namorando, o mundo inteiro precisa saber? Por que só as duas pessoas se amando, não podem ser felizes? Faz 5 dias que estou namorando Lucas e ele quer assumir isso para todos - o que é estranho, já que quando Rui viu a gente, ele surtou que iria estragar sua reputação, mas agora parece não se importar mais -. Não é que eu tenha vergonha dele, no entanto, meus pais ainda não sabem que namoro. E ainda que esse namoro é com um menino. Os pais de Lucas aceitaram isso de boas, mas o meus irão aceitar?

— Não Lucas! Eu não estou pronto ainda. — Digo já cansado da conversa.

— Por que você não quer assumir Guilherme? Tem outro? — Ele dá ênfase no "outro". Rolo os olhos.

Ele não entende o que é "não está pronto"? Ele sempre continua a insistir em querer que todos saibam do nosso namoro de 5 dias. É tão chato isso, que não desisto desse namoro por bem pouco. Eu não estou pronto para encarar meus pais e dar essa notícia.

— Você come comida requentada todos os dias? — Lucas pergunta sentando-se em uma cadeira.

— Nós não temos empregado, querido. — Respondo e ele gargalha. Ele decidiu vir comigo, para minha casa hoje. — Você tem quem faça comida quentinha. Eu não.

— Estou com fome, meu príncipe. — Ele se levanta e caminha até mim. Me abraça por trás e beija meu pescoço. Minha mãe teve folga ontem, então a casa é só nossa.

— De comida eu espero... — Brinco e ele gargalha. — Enfim... eu também, por isso vou requentar a comida.

— Está bom, meu rei. — Dá um tapa na minha bunda.

— Seu safado.

Requento a macarronada do jantar de ontem. Faço salada e começamos a comer. Lucas me ajuda a lavar o que sujamos e ele por querer, joga água em mim. Logo a guerra de água se inicia, nos deixado totalmente molhado. Secamos a água e subimos para meu quarto. Empresto uma roupa para ele e me visto também. Deito-me com a cabeça em cima do peito dele e ele faz cafuné na minha cabeça. Entrelaço nossos dedos e com a outra mão, fico passando por sua barriga.

— Isso é... bom. — Comenta referente ao carinho que estou fazendo em sua barriga. — Guilherme

— Sim? — Pergunto. Já estava quase dormindo.

— Me responde sério, sem ficar enrolando. — Fala e para de fazer cafuné. Resmungo, mas ele ignora e continua.

— Eu já sei o que é... Mas Lucas... — Dou uma pausa e tento lembrar o que iria falar. Merda, o que eu iria falar?

— Você não entende? Eu te amo e quero que o mundo inteiro, tenha noção disso. — Levanto a cabeça e o encaro.

— Eu também te amo... Só te peço um tempo, para pensar em uma forma de contar a meus pais. — Peço. — Além de que Lucas, a gente namora há o que... 5 dias? Não que eu não te amo... só que não é a hora.

— Tudo bem... — Ele cola nossos lábios. — Eu sou meio ansioso. — Sorrir.

O beijo se torna algo mais quente. Mesmo não sabendo se iria rolar algo hoje, de manhã resolvi testar essa tal de "chuca" e não é nada confortável. Enquanto o beijo, sinto nossas ereções se roçarem, uma contra a outra, nos deixando mais excitados. Paramos para respirar e deixo uma marca em seu pescoço. Sinto sua mão invadir minha calça e apalpar minha bunda. Sorrio e volto a beijá-lo. Eu quero tentar ser o passivo, mesmo com isso me assustando de uma maneira avassaladora. Invado sua calça também e massageio a ereção.

Quase Clichê - vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora