CAPÍTULO 8

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Um jantar especial.

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Luxcas <3

"Quer sair comigo amanhã?"

                                              23:47

Essa mensagem está sendo repassada na minha mente a cada cinco segundo. Ontem à noite, pouco antes de dormir, recebi essa mensagem de Lucas me chamando para sair. Já é hora de ir para a escola e eu não dei uma resposta ainda. Eu quero ir, só não sei como ou o que responder. Um simples sim? Ou um claro, eu vou amar? O primeiro é muito seco e o segundo muito animado. Por que estou me preocupando com isso?

— Bom dia.... — Meu pai se senta à minha frente. — Pensado em alguma menina?

— Hã... não..., pensando em atividades. — Minto. A decepção é bem-marcada no seu rosto. Por que ele quer logo que eu namore? — Eu não sou gay! — Digo do nada. Na verdade, pai, eu não mais tanta certeza disso. Guardo meu pensamento a 7 chaves, com medo dele ver.

— Ainda bem. — Ele murmura. Ah papai, graças a Deus você não ler meus pensamentos.

Minha mãe me deixa na porta da escola e logo vejo meu grupo conversando com Lucas. Sinto um frio na barriga, principalmente quando ele lança um sorriso para mim. Cumprimento todos com um abraço e um aperto de mão com Lucas. Ele coloca o braço em cima do meu ombro e eu retiro com delicadeza, ele fica confuso, mas não fala nada. Graças a Deus, hoje é sexta. Antes de entrarmos na sala, várias meninas oferecidas, se aproximam e ficam se esfregando em Lucas. Gabi rola os olhos e eu tento disfarçar o incomodo.

— Nossa, você está tão lindo hoje. — Uma delas comenta e ele sorrir. Ela é loira e tem olhos verdes.

Deixo-os e entro na sala. Meus amigos me acompanharam.

— Não me deu a resposta ainda. — Lucas se vira para mim. Mas sua amiguinha loirinha deu, né?

— É letra b. — Digo voltando a ler a questão quatro da atividade.

— Não é essa resposta. — Ele sorrir e toma meu lápis. O encaro e ele me olha sorridente.

— Hm... Eu achei fosse óbvia, já. — Minto e ele sorrir. Ele sussurra " Falamos mais sobre isso depois " e vira para a frente.

— Reposta da quatro? — André fala perto do meu ouvido e eu me assusto.

— Não fiz ainda. — Respondo voltando a ler.

Logo as três primeiras aulas se passam e somos liberados para o intervalo. O lanche hoje é biscoito de amido de milho e café com leite. Eu entro na fila para comprar lanche. Compro um pão não chapa e uma coca em latinha. Lucas sem permissão bebê metade da minha coca e André a outra metade e as meninas comem meu pão. Lucas prometeu me recompensar mais tarde. Conversamos sobre bobeiras e fofocas, mas logo Lucas segue para seu outro grupo. Ellen e André estão se falando muito pouco, só o necessário. Ainda me sinto péssimo por estar escondido algo dela, principalmente por ser algo " grave "?

As duas aulas se passam muito rápidas também e logo somos liberados para casa. Me despeço das meninas com abraços e de André também. Lucas não está com a gente. Ele sorrir para mim do seu grupo. Em casa novamente sozinho, requento o jantar de ontem e isso é meu almoço. Aceitar o convite foi fácil, difícil será inventar uma desculpa boa, para eu usar a noite, com Lucas. Fugir está fora de cogitação.

— Mãe tenho que fazer um trabalho com Lucas, agora a noite. — Começo e os dois param de comer e me encaram.

— A noite Guilherme, numa sexta feira? — Meu pai inquere. Fico desconfortável com o olhar do meu pai e encaro o prato. — Sei que isso é uma desculpa para se encontrarem com meninas.

Quase Clichê - vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora