Quase Clichê - vol. 1

CAPITULO 23

Até o mundo acabar...

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Julho e agosto se passaram voando, talvez por eu estar feliz mesmo. Meu país estão mais de boas com meu namoro, ou apenas fingem bem. Lucas vem na minha casa, fica comigo no quarto e eles fingem não dá a mínima. Ele só não dorme aqui, porque para ele, isso é abusar. 4 meses de namoro, mas dois 2 assumidos. Hoje é dia 20 de setembro e é meu aniversário. Eu havia pensado em uma festa, mas logo mudei de ideia. Não tenho paciência para planejar uma festa e eu odeio muito barulho.

Então decidi só fazer um almoço mesmo e convidar meus amigos. Minha mãe, me ajudou a fazer o almoço e meu pai está trabalhando e eu dou graças a Deus por isso. Ele não me deu os parabéns, bom... isso também não muda em nada minha vida. Hoje estou completando 15 anos, só mais três anos e logo sou maior de idade. Estão aqui: Paulo, Ellen, Gabriela, André, Lucas, Sabrina e Ariel - Irmão de Lucas. Sim, ele veio -. A música é uma música que André escolheu, ou seja, lady gaga. Não que eu não goste. Ariel não tem com quem brincar, então ele está comendo e jogando no celular de Lucas.

— Agora temos a mesma idade... — Comento com Lucas enquanto observamos meus amigos comerem. Eu e Lucas nos afastamos um pouco deles, para ficarmos a sós. Minha mãe saiu de casa, assim nos deixando sozinhos. Eu sei que ela saiu, para não me ver com Lucas.

— Porém, próximo mês já faço 16. — Tenta ser indiferente. Solto uma gargalhada. Ele me belisca, mas rir também.

— Por que mente sua idade? — Pergunto.

— Dizer que tenho 15 anos, me faz ser muito novo. — Dá de ombros.

— Mas, você é muito novo. — Retruco e ele rola os olhos.

— Você entendeu... Tem também a questão de todos do time terem 16 anos e eu que sou capitão, tenho 16/15, não é tão legal assim. — Confessa e eu até entendo. Ele tenta não ser excluído pela idade.

A primeira pessoa a me dá os parabéns foi Lucas. Estávamos conversando por ligação e aí ele me parabenizou. Segundo ele, meu presente não será somente o anel que ganhei, mas algo que ele não pode falar em público. Já comentei o quão safado ele está ultimamente? Lucas, diferente de mim, pretende fazer uma festa de aniversário das grandes. Por ele iríamos passar meu aniversário em Balneário Camboriú, mas não queria abusar da boa vontade dos meus pais e preferi só o almoço. Paulo apesar de estar aqui, é quase como não está. Ele está conversando com André e Sabrina está conversando com Gabi e Ellen, pelo jeito elas se deram muito bem.

— Uma pena ter escolhido ele. — Paulo brinca sorrindo. É brincadeira mesmo?

— Ah... — Fico sem jeito. Ele me abraça.

— Mas tudo bem, o importante é você está feliz. — Acrescenta. — Mas, se não der certo, eu vou estar aqui. — Dá uma piscadela e eu coro. Ainda bem que Lucas não viu isso.

Me despeço de todos, até de Lucas que irá levar o irmão em casa e depois voltará, para nós passearmos ou fazer outras coisas. Coloco "Salvaje", da Pabllo enquanto abro os presentes que ganhei dos meus amigos. Abro primeiro o de Victor, que mandou por Gabi. É um relógio prata muito bonito, mas que nunca irei usar, por não gostar de usar. Ainda assim guardarei com carinho. Abro o de Gabi, que é uma caneca personalizada, com uma foto nossa. O de Ellen é o próximo. Ellen me deu uma travesseira como uma foto de Lucas - Segundo ela, é para eu dormir sempre com ele, já que sempre acordo de bom humor quando durmo com ele -, o de André é o último e não é nada menos que uma camisa rosa - nada contra rosa, eu só não acho uma cor bonita... assim como azul.

Agradeço a todos pelos presentes e música muda para "Parabéns" também da Pabllo. Arrisco dançar a coreografia que André me obrigou a aprender e gargalho, ao mesmo tempo que me canso. O presente de Ariel, que eu ainda não tinha aberto não é nada menos, que uma luminária que deixa o quarto como se fosse o espaço. Se eu amei? Vocês não imaginam o quanto. Com certeza foi Lucas que escolheu. Por falar nele, a campainha toca e corro para atender. Ele já entra com um sorriso safado no rosto e me pega no colo.