O primeiro dia de aula.
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O Primeiro dia e aula é um dia assustador, mas pode ser bom também. Um ponto negativo é: as aulas estarem voltando. O positivo é: ver seu grupo de amigos. Eu fui amaldiçoado com 3 melhores amigos: Ellen, Gabriela e André. Somos melhores amigos desde a infância. Estudamos juntos desde o fundamental I e somos inseparáveis. Como em toda boa amizade, discutimos toda hora e por qualquer bobagem. Eu sou o mais pivô curto. Eu estouro muito fácil. André me provoca demais e me tira do sério.
— Animado para o primeiro dia, meu filho? — Minha mãe pergunta.
Minha mãe é advogada e já está vestida com seu uniforme, composto por uma saia, blasé e uma blusa azul de seda.
— Quem fica animado para o primeiro dia de aula? — Faço uma careta enquanto passo margarina no pão. Ela sorrir.
— Eu ficava, meu filho! — Ela responde.
— A senhora era nerd! — Relembro-a. Ela sorrir.
— E tu, não é? — Me rebate. Faço cara de choque e ela rir mais ainda.
— Vocês dois são nerds! — Meu pai entra na cozinha, segurando seu jaleco branco. Ele é cirurgião geral e trabalha no hospital aqui de Curitiba e em uma clínica particular.
Meus pais são amorosos comigo, talvez por eu ser filho único. Meu pai tem um pouco de problemas com a comunidade LGBT+, homofóbico eu diria, caso não fosse meu pai. Um dos meus melhores amigos, André é gay assumido e óbvio que meu pai ver problema nessa amizade. Eu não sou uma pessoa que se influencia pelas outras - não que sexualidade seja influenciável -, eu sou eu mesmo, por eu mesmo.
Volto para o meu quarto, para pegar minha mochila, pois não posso me atrasar no primeiro dia na escola nova e no novo ano letivo. Esse ano irei cursar o primeiro ano do ensino médio. Graças a Deus. Apesar de só ter quatorze anos, não é porque sou mais evoluído ou algo do tipo, é só porque eu completo ano em 19 de setembro, o que me deixa muito novo por uns nove meses.
— Boa aula, querido. — Minha mãe beija minha testa. Eu não sou como os outros adolescentes com vergonha de receber carinho dos meus pais.
— Obrigado mãe e bom trabalho. — Falo enquanto salto para fora do carro. Jogo a mochila sobre as costas e sigo até meus amigos, que já me esperam.
Moro em Curitiba desde que me conheço por gente. Essa é minha cidade natal e eu a amo muito. O tempo aqui é meio bipolar, pois muda constantemente. Agora está fazendo sol agora por ser de manhã, mas a tarde com certeza irá chover.
Cumprimento meus três fiéis escudeiros com abraços para matar a saudade. Claro que saímos nas férias de verão, mas na escola é diferente. As fofocas são outras, melhor dizendo.
— Eu não concordo com você! — André fala abrindo seu cheetos. Estava demorando.
— Vai te fuder André! — Seguro o ímpeto de gritar na sua cara. — Se você não concorda problema seu! — Retruco. Eu comentei sobre a escola parece menos evoluída em questão de pessoas.
— Sem estresse bebezinho. — Ele rola os olhos e eu faço o mesmo.
É um segundo para André me tirar do sério. Não posso dizer que ele é feio, isso seria hipocrisia. André tem cabelos negros e curtos no estilo militar, um rosto redondo, assim como seu corpo e olhos castanhos. Ele é fofo, deve ser por isso que muitos meninos não resistem a ele.
— Vocês são um casalzinho tão lindo! — Gabriela faz uma voz fofinha e irritante.
Dou-lhe um tapa de leve e gargalhamos. Gabriela tem cabelos platinados e usa óculos. Tem pele clara, olhos castanhos escuros e é baixinha, não mede mais de 1,60. Ellen deve ter a mesma altura, olhos castanhos, cabelos na altura dos seios, também castanhos e liso.
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Quase Clichê - vol. 1
Romance(LIVRO COMPLETO E REVISADO) - Duologia livro 1. Guilherme mora em Curitiba desde que se entende por gente. Nunca fora um garoto extrovertido, mas sempre teve seus três fiéis escudeiros. Agora com 14 anos, Guilherme acabará de entrar no ensino médio...