CAPITULO 20

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Pitbull prestes a te atacar.

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Eu e Lucas fomos separados bruscamente, mas não necessariamente continuamos assim. Às vezes, à noite nos encontramos na rua. Eu espero meus pais dormirem e fujo pela sacada do meu quarto e só volto por volta das 3h da manhã. Eu chegar cansado na escola, vale a pena. Os olhares das pessoas ainda são de choque e de nojo, mas eu não dou mais a mínima para eles. Foram 3 dias assim. Na escola, sempre fugimos das aulas para nos encontrar e matar a saudade. Meus pais estão iguais cães de guarda, não descansam um minuto. Pegaram meu notebook e eu só posso usar para trabalhos e com eles do lado. Meu celular preciso está frequentemente mostrando a eles. Os meninos do futebol, não mudaram com, Lucas. Eles parecem até está feliz com toda a situação e endeusam Lucas.

Hoje - sábado - meus amigos estão aqui, para fazer um trabalho da escola e minha mãe ordenou que eu deixasse a porta aberta. Não entendi o motivo, mas preferir obedecer. Não faz sentindo, exceto se Lucas coubesse dentro da mochila de André e olha que ela é gigante! O clima é super estranho, originalmente porque minha mãe e está sempre passando aqui, fingindo querer saber se queremos algo, quando, na verdade, é só para espionar.

— Isso é tão... — André começa, mas parece não encontrar a palavra.

— Assustador? — Gabriela tenta.

— Estranho? Sem noção? — Ellen também tenta. Dou um sorriso seco e as lágrimas começam a descer.

— EU ESTOU PRESO, NO LUGAR QUE DEVERIA SER MEU LAR! — Grito enquanto as lágrimas descem. Os três me abraçam.

Após me recompor, voltamos a fazer o trabalho. Eles começam um assunto aleatório, só para não me fazer pensar muito na merda de vida que eu estou vivendo. Eu nem ao menos posso conversar com ele. Tudo isso é uma merda. Como se tudo isso não bastasse, toda noite meu pai, procura um jeito de me humilhar e minha mãe, se finge de surda e não ouve. Por que eles estão assim? Eles não me amam mais?

— Como vocês fazem para se ver? — André pergunta, olhando para a porta para ter a certeza, que minha mãe não está ouvindo.

— Eu fujo. — Digo tomando um gole de água. Eu não converso mais com eles no grupo do WhatsApp. Antes de eles tomarem meu celular, consegui limpar as conversas do grupo e sair, assim eles não veem minhas mensagens no grupo.

— Isso é óbvio, André! — Gabriela fala, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Solto uma risada, com Ellen.

— Isso é tão Romeu e julieta... — Ele fala com ar de sonhador. Sinto uma coisa estranha, ao ouvir essa comparação e por saber que os dois, não tem um final feliz.

— Os dois morrem no final. — Acrescento com uma risada de pavor.

Fica todo mundo desconfortável, ao se dar conta do quão dramático essa comparação é, e principalmente nas circunstâncias atuais. Eles só vão embora por volta das 18h, para não terem a infelicidade de ver meu "PAI ". Pego meu jantar e volto para o quarto, para não ter o desprazer de jantar com essas pessoas, que passaram de ser minha família, para estranhos, que me sequestraram e me mantém em cativeiro.

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Amaldiçoado sejam meus tios! ÓDIO, REVOLTA E REPULSA. Sinto tudo isso, por estar viajando para Balneário, para visitar uns parentes do meu pai. Fui OBRIGADO — literalmente —, a vir nessa viagem. Não sei o porquê de um dos meus tios fazer aniversário no domingo. Os fones são minha única salvação. Tem mais uma hora de viagem, até chegar na maldita casa. Meus tios são tão odiosos, quanto o meu pai. Vocês imaginam, três homens ranzinzas e preconceituosos em um único lugar? Pois é, esses são meus tios João, Marcos e meu pai. Odeio todos os meus primos, pelos mesmos motivos.

Quase Clichê - vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora