𝐌𝐞𝐮 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 𝐀𝐦𝐢𝐠𝐨 - 𝐎𝐡 𝐒𝐞𝐡𝐮𝐧

Atrapalho?

Desde o primeiro ano que não tenho sossego.

Foi quando entramos naquela maldita escola que tudo começou.

Afundada em pensamentos pego no sono.

˵▾˵

Vamos lá Yunna, mais um de aula, com seu melhor amigo super desejado, a ex louca dele, sua amiga ciumenta e o crush que não dá a mínima para sua existência.

Depois de ouvir sermões da minha mãe que não ando me alimentando bem, principalmente de manhã, preparo um pouco de cereal com leite e começo a comer, mesmo sem muita fome.

˵▾˵

— O trabalho vai ser na casa de quem?

Mina me olha brava desde ontem por ter atrapalhado sabe se lá o que com meu amigo.

— Eu já levei vocês no trabalho do meu pai, se virem

— Pode ser na minha casa, meus pais não ligam, claro, desde que não façam muita bagunça

— Pode ser na minha também...

— Prefiro a da Yunna, é a mais próxima pra mim

— Óbvio, somos vizinhos

— Por isso mesmo

— Então decidido, que horas amiga?

— Acho que ás quinze horas está bom, podem ir nesse horário?

Todos concordam. Então está combinado, só espero que a minha mãe não fale muito, afinal eu nem sou de receber muitas visitas, só o Sehun que vai para lá me perturbar.

┻━┻

Eu já estava arrumada muito antes do horário combinado, queria causar uma boa impressão ao Chanyeol. Antes da minha mãe ir ao trabalho avisei a ela sobre. A única resposta que recebo é “cuidado” , porque um garoto além do Sehun estará aqui.

Ouço a campainha tocar, arrumo meu cabelo mais uma vez e abro porta.

— Está arrumada assim por quê? Achei que só eu tinha exagerado. — diz após reparar nas minhas roupas e entrando na minha casa.

— Que nada, me visto assim casualmente.

Ainda não sei se é uma boa ideia contar a ela sobre a queda que tenho pelo seu irmão. Talvez torne estranho nossa amizade e eu estou tão feliz que agora eu tenho alguém do mesmo sexo para conversar. E que não me parece ser por puro interesse como das outras vezes.

— Você veio sozinha?

— Não, o Dumbo está na casa do Sehun.

— Ah.

Alguém bate na porta e eu abro.

— Vamos começar logo com isso, deveria estar jogando basquete

— Quer sua nota então participa do trabalho. — Dou espaço para e ele e seu amigo vulgo meu crush entrar.

— Notas, notas, só isso que sabem dizer. — Sehun senta jogado no sofá.

— Só falta aquela garota... — Chun-ja Revira os olhos.

E quando menos espero ela chega.

— Cheguei, agora sim podemos começar.

— Finalmente, você acha que temos obrigação de ficar te esperando?

— Que bicho te mordeu? Mal cheguei e você já está sendo grosso comigo

— Argh, vamos lá pra minha biblioteca, começar com isso.

Todos me seguem para o cômodo que eu mais frequento da casa. Já li quase todos os livros, sempre peço para que renovem, é um passa tempo meu. Mina senta ao lado do Sehun e Chun-ja também. Ele se vê meio sem saída e decide apenas aceitar. Sento perto do Chanyeol que não parece se importar muito com isso. Já eu ...

— Aqui está as anotações que fiz, se alguém quiser lembrar algo do dia.

Todo mundo deu uma olhada, mas ninguém parecia lembrar do que viram e ouviram a um dia atrás.

— Nem pensem que vou fazer algo por todos, cada um escreve uma parte do relatório, e alguém que entende bem de computador passa tudo para o slide.

Olho para o Sehun que entende dessas coisas, afinal adora jogar, fazer slide deve ser supersimples para ele.

— Por que você olhou logo pra mim?

— Por que você sabe fazer

— Não posso ser o único

— Também sei fazer — diz Chanyeol.

— Ótimo, então faz

— Folgado.

Tiro a tampinha da minha caneta com os dentes o olhando feio, e começo a escrever a minha parte do relatório. Depois de um tempo me dá vontade de ir no banheiro, então me levanto indo ao cômodo.

Mais aliviada, saio e vejo Sehun com o pote de biscoito em mãos.

— Leva o pote com você, talvez eles queiram

— Desculpe, mas só tem dois...

Mostra o recipiente quase vazio.

— Meu deus Sehun, você não deixou quase nenhum pra mim

— Não tenho culpa se a sua mãe faz isso tão bem.

Vou em sua direção pegar os dois últimos cookies. Mas ele apenas leva o mesmo para o alto caçoando de minha altura.

— Para de brincadeira, Sehun. Se você derrubar esse pote que a minha vó deu pra minha mãe, não só ela vai te matar, mas eu também.

Tento pegar de suas mãos, mas em vão.

— Não irei quebrar e nem parece ser tão caro assim

— Não, apenas veio importado do Japão.

Ele coloca o precioso pote na mesa e me dá os dois últimos cookies.

— Peça pra sua mãe fazer mais que eu venho comer.

Sorri, mas o canto da sua boca está sujo com resquícios do pó do biscoito.

— Tá sujo aqui. — Aviso a ele apontando para o local, mas ele limpa o lugar errado. — Aqui garoto.

Limpo o canto de sua boca.

— Atrapalho?