Adeus, Yunna

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Vou até o cômodo a passos lentos, com medo do que seja.

— A quanto tempo, meu amor.

— Kihyun?!

Procuro por onde ele possa ter entrado, e vejo uma chave em suas mãos.

— Como entrou aqui?

Meu corpo paralisa.

— Fiz uma cópia da chave, pena que só consegui a daqui da cozinha.

— E como conseguiu isso?!

— Não importa, a única coisa que interessa agora é nós dois.

Se aproxima de mim, e eu mantenho o ritmo de seus passos só que para longe dele.

— Não há mais nada entre nós dois.

— E quando nós terminamos? Eu apenas fui embora por dois anos, por que não me esperou se me amou tanto?

— Eu terminei contigo por ligação, não lembra? Vai embora da minha casa, eu não quero você aqui.

— Você terminou comigo, mas não eu com você, e não, eu não vou embora.

Ele me arrasta até a sala me jogando no chão, ficando em cima de mim, me prendendo com o seu corpo.

— Me solta, sai de cima de mim! — grito o mais alto que posso, mas ele tampa a minha boca.

— Soube que você transou com seu amiguinho, que feio, Yunna, essas coisas são apenas para provar o amor por alguém, e que eu saiba você não ama ele. Ou ama?

Continuo a tentar me soltar e gritar mais sou impedida pelo peso de seu corpo e por sua mão abafando meus pedidos de socorro.

— Claro que não o ama, você ainda me ama.

Ele tenta me beijar, mas eu mordo a sua boca, fazendo-a sangrar.

— Me solta seu desgraçado.

— Olha o que você fez, sua vadia!

Ele aperta o meu pescoço e me dá um tapa forte no rosto, sinto algo quente escorrer por meu nariz.

— Tá vendo só? Fiz isso por sua causa, me agrediu primeiro. Mas saiba que eu não fiz por mal, eu te amo.

Sempre com seus joguinhos mentais, de fazer algo contra mim, e se desculpar. Isso é um dos primeiros sinais de um relacionamento abusivo.

Não contenho mais as minhas lágrimas pelo desespero, ele pode me matar ou me fazer mal e ninguém vai ver ou ouvir.

— Não chore, meu amor, já pedi desculpas...

Continuo a chorar ainda mais.

— Eu mandei você parar de chorar!

Kihyun bate forte minha cabeça no chão e perco um pouco os sentidos.

— Ei, volta, foi sem querer.

Ele bate no meu rosto para que eu não apague. Mas a minha visão vai ficando turva e tudo escurece.

Sehun Povs

— Mãe, eu não estou louco, eu ouvi gritos da casa da Yunna.

— Sehun, você está ouvindo coisa, venha comer, deixe essa garota para lá.

— Eu preciso ver se pelo menos ela está bem. Já volto.

— Sehun. Sehun!

Minha mãe desiste de gritar por mim enquanto eu atravesso os portões de minha casa, indo na direção da de Yunna.

𝐌𝐞𝐮 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 𝐀𝐦𝐢𝐠𝐨 - 𝐎𝐡 𝐒𝐞𝐡𝐮𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora