Fuga

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— Você tem certeza? Não quero que você tenha que ouvir baboseira da minha mãe.

— Eu não me importo. Será nossa última tentativa. 

— Ok, vem que eu vou tá te esperando.

Yunna se arruma rápido e vai até a casa de Sehun, sem avisar. Ele mora na casa ao lado, ela não acha que tenha que avisar tudo.

Tocando a campainha, Sehun fez questão de atender a porta. 

— Não precisava, você tem que ficar de repouso.

— Eu estou bem, entra.

Ele da um selinho nela e eles sentam na sala esperando a senhora, mãe dele chegar.

— Querem o que comigo? — A mulher senta no sofá de frente para os dois jovens.

— Mãe, eu sou bem grandinho e posso tomar as decisões por mim mesmo. Só queria avisar que eu e Yunna estamos namorando, não busco sua aprovação, mas não quero que trate ela mal.

O moreno segura na mão da namorada enquanto conversa sinceramente com sua mãe.

— Eu não aceito! Você tá esquecido o que ela te fez passar? Eu cuidei de você quando ela jogou você no fundo do poço, não vou deixar você se atirar de novo.

Saeron, levanta já alterada.

— Senhora, eu já me desculpei antes, mas acho que não é o suficiente. Eu sei que causei sofrimento ao seu filho, mas eu também passei por coisas ruins, atrás de me redimir. Infelizmente eu percebi que o amava, quase tarde de mais. Se ele foi capaz de me perdoar, espero que a senhora também seja.

— Você fez o meu filho adoecer, e se envolver com uma garota que agora tá na delegacia depois de ter esfaqueado ele! O meu filho te salvou de seu ex que tentou te matar, ele sempre se arriscando por você, o que mais de ruim pode acontecer por sua causa?!

A Saeron praticamente grita com ela, e Yunna apenas abaixa a cabeça sentindo o peso de suas palavras.

— Chega mãe! Ela não tem culpa de nada, nós fizemos escolhas erradas e pagamos por isso, não trate ela como um ninguém, porque é a pessoa que eu amo e você não pode mudar isso. 

Sehun levanta aborrecido com o discurso de ódio de sua mãe.

— Não vou permitir isso enquanto você estiver dentro da minha casa, é pro seu próprio bem. Você pode esquecer tudo, mas eu como mãe nunca irei me esquecer.

— Não vale apena continuar ouvindo isso.— Sehun segura a mão de Yunna e leva para fora de casa.

— Desculpe, eu não deveria mesmo ter concordado em te deixar vim falar com ela.

— Não tem problema, ela tá no direito de mãe. Não tem muito o que fazer.

Eles se sentam nos degraus de frente a casa do rapaz.

— Só tem uma única alternativa, e você sabe disso.

— Sei, mas não é muita loucura? A gente vai conseguir se virar sozinho?

— Prometo que vou cuidar bem de você. Não importa o que aconteça. — ele a abraça beijando o topo de sua cabeça.

— Quando nós vamos? — Ela questiona.

— Essa madrugada. 

— Mas e os seus pontos? Não deveríamos esperar mais tempo? 

— Eu sei que você vai ser uma ótima enfermeira, e eu não sou uma criança de colo. Estou bem melhor. — ele faz carinho na mão dela.

𝐌𝐞𝐮 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 𝐀𝐦𝐢𝐠𝐨 - 𝐎𝐡 𝐒𝐞𝐡𝐮𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora