Dou zoom tentando saber quem são aqueles depravados, estão quase se comendo. Até que...
A roupa não me é estranha, aquele casaco que pode ser reconhecido mesmo de longe da cor laranja... Só pode ser do Chanyeol!
Toda e qualquer esperança que me restava, evaporam. Sinto-me todas as minhas chances, que eu pensava que tinha, escaparem entre meus dedos. A cena de vê-lo com outra, machuca mais do que eu poderia imaginar, meu coração dói, minha garganta está seca e meus olhos se enche de água.
Eu preciso sair daqui.
Chun-ja percebe meu desconforto, mas eu peço que me deixe sozinha. Eu preciso de um tempo para mim. Talvez eu não devesse mesmo ter vindo. A pior parte é me sentir assim por alguém que troquei meras palavras, depositei meu amor numa pessoa que nem conheço tanto assim.
Chanyeol não tem culpa de nada, apenas eu pôr ser tão idiota, trouxa, esperar que alguém como ele se apaixone por mim. A piada é que eu esperei mesmo que poderia me apaixonar novamente e ser a melhor experiência de toda a minha vida, já que meu antigo amor apenas me feriu.
Eu não sou a protagonista nem de minha própria vida, eu sou a coadjuvante onde todos vivem por mim, que tomam as decisões por mim, me usam e me abandonam como se eu não fosse nada. Mas eu tenho o Sehun... meu único amigo e causador de tudo.
Tomo mais uma bebida, a mais forte que tem nesse bar, eu quero algo que me faça esquecer quem eu sou, pelo menos por uma noite.
Depois de gritar para a Chun-ja me deixar em paz, finalmente ela atende o meu pedido. Eu sei que não demorará a me trair como todas as outras. É esse meu problema, confiar nas pessoas e achar que elas irão ser tão fiéis como sou com elas.
E mais uma vez, em um lugar cheio de pessoas, ninguém veio me perguntar se eu estava bem, a não ser a Chun-ja. Mesmo que meus olhos estejam vermelhos de tanto chorar. E eu prefiro assim, ninguém nunca irá se aproximar de mim sem segundas intenções.
— Foda-se os homens. — Dou mais um gole de minha bebida, tomando-a toda de uma vez esquecendo o gosto armago que tem.
— Yunna, o que deu em você?! Para com isso. — A pessoa tenta tirar o copo de minhas mãos.
— E você? Quem é? Por que está preocupado comigo?
Não dá para ver direito esse ser que parece ser um homem, minha vista está um pouco embaçada.
— Sou eu, Sehun, está tão bêbada que não me reconhece? — Ele me ajuda a sair do banco que eu estava, minhas pernas até parecem gelatinas, mal consigo ficar de pé.
— Sehun? Ah me deixa em paz também, eu quero ficar aqui. — Tento me soltar de seus braços, mas ele não me larga, muleque chato.
— Você já bebeu demais, vamos embora.
Percebendo que não vai dar muito certo eu ir andando, ele me pega nos braços.
— Você tá mais bêbado que eu? Não posso ir pra casa, minha mãe me ver assim, me mata.
— Então vamos descansar, para passar um pouco do álcool, você está péssima.
— Não lembro de ter te perguntado como eu estava.
Sehun me põe sentada em um banco, ou pedaço de madeira perto onde está sua moto.
— Pelo menos é a mesma tampinha de sempre. — Ele senta ao meu lado. — Vou pedir ao Chen que me traga um café e um remédio para você.
— Quem é Chen? — Repouso minha cabeça em seu ombro, por está meia zonza.
— Um amigo.
Ele faz a ligação e em seguida faz carinho em meu cabelo... algo raro.

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𝐌𝐞𝐮 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 𝐀𝐦𝐢𝐠𝐨 - 𝐎𝐡 𝐒𝐞𝐡𝐮𝐧
FanficOh Sehun é um dos rapazes mais populares e bonito do colégio, mas toda sua fama pesa para o lado da amiga. Que sofre as consequências de ter alguém como ele, como amigo. Cansada de ajudar os outros a terem uma chance com Sehun, Yunna decide abrir se...