Você...

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Terceiro dia nesse acampamento e posso enfim dizer que estou começando a curtir.

Muitos alunos reuniram-se para brincar em volta da fogueira mas depois da metade das garotas se voltarem contra mim, prefiro ficar na minha.

SA: Sehun... está ocupado agora?

Sana, que ficou com ele no dia que nos exaltamos, vem até nós.

SN: Sim, estou.

Esse jeito arrogante do Sehun me faz gargalhar por dentro sempre.

SA: Você não quer ir naquele local?

SN: Não estou afim agora.

O olho curiosa sobre esse tal local.

A garota sai furiosa indo de encontro as outras.

— Elas se juntaram mesmo contra mim.

SN: Não liga pra elas, nunca gostei de nenhuma. — Joga uma pedrinha que vai parar bem longe no rio.

— E por que ficou com todas elas?

SN: Por causa de você...

— Não te forcei a nada, não me coloque a culpa.

SN: Quase me forçou, dizendo que elas seriam "perfeitas" pra mim, e veja, nenhuma foi.

— Prometo não arrumar nenhuma amiga pra você, que arrume sozinho agora.

SN: E nem precisa, não quero ninguém no momento.

— Eu também não.

Jogo outra pedrinha tentando ultrapassar a sua, mas é quase impossível.

              «   Dias depois...  »

Hoje é o último dia nesse lugar, voltar para realidade do colégio não vai ser nada fácil, mas sinto falta da internet.

As coisas com Sehun estão um pouco... tensas... Dormir na mesma tenda que ele está ficando estranho.

Acho que todo esse contato entre homem e mulher durante tantos dias é difícil mesmo.

Talvez seja coisa da minha mente.

Como é nosso último dia aqui podemos curti o dia inteiro.

Todos se reuniram para ir ao lago.

Arrumaram até som para pôr.

Visto um biquíni, mas coloco um short, toda essa gente aqui... é meio desconfortável.

Sehun sempre comigo, pois eu não tenho muitos amigos ali, porém, conheci melhor alguns dos seus.

A noite é a mesma coisa de sempre e os casais parecem querer aproveitar um pouco mais daquela última noite ao ar livre.

Estou praticamente segurando vela, até que quem eu menos espero vem até mim e senta ao meu lado.

CH: Oi...

O garoto mais alto que o Sehun se dirige à mim.

— Oi.

Não estou afim de falar com ele, afinal sabia dos meus sentimentos. Sehun descobriu não imagino como, já que não sabe guarda segredo, contou a esse... cara. Que mesmo sabendo foi um babaca.

Sei que não tenho o direito de exigir nada, mas bom senso é tudo hoje em dia.

CH: Sinto muito pelo o que aconteceu com a minha irmã.

— Tudo bem, você não tem nada haver com isso.

CH: Você não quer caminhar um pouco? Conversar? — diz chegando mais perto de mim.

Se eu não soubesse tudo que sei, claro que iria aceitar ficar com ele e ser só mais uma.

— Não obrigada.

Sehun percebe meu desconforto e vem até mim.

SN: Tudo bem?

— Não muito, que tal sairmos um pouco?

Ele me dá sua mão e saímos deixando aquele babaca sozinho.

SN: Estou orgulhoso. — Põe sua mão em minha cintura e vamos até a cachoeira.

Nos sentamos sobre uma pedra com os pés na água, está bem morna, dando muita vontade de entrar. Ficamos calados aproveitando todo aquele silêncio da natureza.

SN: Você ainda gosta dele, tampinha? — Me encara.

— Não mais, eu só crushava ele, já passou.

Não totalmente, mas depois do que aconteceu eu quero apenas esquecer.

SN: Hm...

Ficamos uns segundos nos encarando. Ele coloca uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha. Passa seu polegar na minha bochecha, depois põe sua mão na minha nuca e faz carinho no local.

Fecho os olhos sentindo seus toques. Até que sinto seus lábios colarem nos meus. Demos um selar demorado e nos afastamos.
O olho sem entender bem o que acabou de acontecer.

Sehun segura em meu queixo me dando dessa vez um beijo. Lento e cauteloso, sem demorar muito, sua língua pede passagem e eu concedo. Não sei por que estou permitindo que isso aconteça.

Minha mão parece ter vida própria, quando a coloco em seus cabelos apertando e afagando os mesmos. Para finalizar o beijo, morde meu lábio. Encosta sua testa na minha, aparentemente processando o que acabou de fazer.

SN: Me desculpe, S|n...

Levanta indo embora, e ao menos consigo ir atrás dele.

Nunca aconteceu algo parecido antes, não sei bem como agir, se deveria ir atrás ou simplesmente fingir que nada aconteceu.

Como está escuro, resolvo voltar para o acampamento. Sehun está sentado, e já tem uma garota por perto criando coragem para falar com ele.

Estou prestes a entrar na nossa barraca, quando resolvo da uma última olhada. Mina senta ao seu lado, ele parece não ligar.

Respiro fundo e espero não me arrepender de nada amanhã. Vou em direção a eles, e fico de frente para o mais velho.

— Vamos entrar...

SN: Pra que?

— Não faz perguntas, vamos... — Pego em sua mão.

SN: Já sei o que vai falar, e não quero ouvir.

— Você não sabe, Sehun, vem... Por favor. — Seguro seu rosto sem me importar se a garota ao lado está se incomodando com isso ou não.

SN: Já pedi desculpa... Não precisamos conversar.

— Não quero suas desculpas, eu quero você.

Mina me olha espantada pelo que acabou de ouvir, nem eu mesmo reconheço-me. Sehun que antes tinha a cabeça baixa, me encara, seus olhos até parecem brilhar.

SN: Você...

— Sim, eu quero, vem?


𝐌𝐞𝐮 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 𝐀𝐦𝐢𝐠𝐨 - 𝐎𝐡 𝐒𝐞𝐡𝐮𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora