𝐌𝐞𝐮 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 𝐀𝐦𝐢𝐠𝐨 - 𝐎𝐡 𝐒𝐞𝐡𝐮𝐧

Sem permissão

— Opa... Eu juro que não vi nada. — o irmão de Sehun, cobre os olhos.

— O que você quer Young? — Sehun pergunta frustrado por ele ter estragado o seu momento. 

— Queria conversar com você, poderia nos dá licença, Yunna? — Ele diz ainda com os olhos cobertos.

— É pra já. 

Ela sai do quarto mandando um beijo para o Sehun, que ainda não acredita que ele fez isso.

— Não podia ser outra hora? — Ele põe o travesseiro cobrindo seu membro.

— Você vai ter alta ainda hoje, e eu sei que você não me daria outra oportunidade pra conversar.

Young senta na beirada da cama perto do irmão.

— O que quer falar? — O mais novo indaga sem paciência. 

— Faz tempo que venho adiando essa conversa, mas a gente precisa acertar nossas diferenças. Eu não quero que você fique sem falar comigo pro resto da vida.

— Não tenho nada pra resolver com você.

— Sim, temos. O papai pega no seu pé por minha causa, mesmo não sendo a minha intenção. Quero que entenda, que eu nunca fiz nada de propósito, você sempre vai ser meu irmão caçula.

— Você diz isso, por que não viveu a vida toda, ouvindo que o seu irmão é melhor que você. Não venha com esse papo agora. — Sehun, põe as mãos atrás da cabeça.

— Mas eu sempre te defendi do nosso pai, eu nunca concordei com que ele falava de você. Se você não quiser herdar a empresa dele, pode contar comigo. 

— Não preciso que ninguém me defenda. E não, eu não vou herdar aquela droga de empresa. Que ele coloque você como sucessor.

— Eu também não quero maninho, eu tô bem trabalhando aqui no hospital. Siga seus sonhos, não deixe a opinião do nosso pai atrapalhar nada. Mesmo que você não goste de mim, eu sempre vou gostar de você e apoiar. 

Sehun fica calado ao ouvir isso do irmão. Young saiu de casa muito cedo, quando começou a trabalhar, e Sehun não tinha alguém para lhe proteger das palavras duras do pai. Ele sempre aguentou calado, sempre desabafando com Yunna, então tinha uma visão completamente diferente do irmão, sempre o evitando achando que as coisas que passava, era por culpa dele. Mas nunca foi.

Young, respeitando o silêncio de Sehun decidiu que era hora de ir. 

— Obrigado... irmão. — Sehun diz antes que o mais velho possa ir embora.

Comovido com a gratidão do mais novo, Young, vai até ele e o abraça. Não por muito tempo já que Sehun não gosta tanto de demonstração de afeto sem ser com quem ele realmente tem intimidade.

— Tá, chega, vai cuidar dos doentes.

— Você não mudou nada. 

Young, deu alguns tapinhas leves na cabeça do irmão e foi atender os outros pacientes.

Sehun, levantou da cama com esperança de que Yunna ainda estivesse ali, mas também tinha ido embora.

— Porque você me deixou aqui e foi pra casa? 

— Minha mãe ligou mandando eu ir porque ela tinha que sair e me daria a chave de casa. Desculpa, achei que iria demorar sua conversa com seu irmão.

— Tudo bem. Foi bom ter conversando com ele, e entender de uma vez que o único culpado de tudo é o meu pai.

— Ah, amor. Não pensa nele, não faz bem pra sua recuperação. Pensa em coisas boas. Tipo eu!

— Você me deixou duro e foi embora. Acho que pensei demais em você hoje. 

— Sehun! Você... 

— Eu o que?

— Minha mãe tá me chamando... Tchau!! Te amo.

— Yunna, não vai.

— Yunna?? 

— Garota quando, eu tive melhor eu vou te deixar cadeirante. 

° ° ° 

Sehun foi liberado para ir embora para sua casa durante a noite. Sua mãe fez questão de busca-lo de carro. 

Ele precisa de repouso, e ficar por umas duas semanas trocando os curativos e por último retirar os pontos. O corte foi grande e precisa de muito cuidado para não infeccionar.

Mas como a maioria dos jovens Sehun e Yunna estavam ansiosos para terem a permissão dos pais sobre o relacionamento deles.

A menina reuniu os pais na sala, para conversar sobre o seu namoro. Ela estava enrolando até o Sehun ter alta para que ele possa estar presente também. Mas ela decidiu conversar primeiro sem ele. 

— Como os senhores sabem. Eu e Sehun estamos namorando. Sei que pode parecer uma loucura, por que nós sempre fomos amigos, mas eu o amo muito e sei que é recíproco. Eu não quero fazer nada escondido de vocês, mas quero que pelo menos nos de a permissão. — ela disse de frente aos seus genitores.

— Eu não concordo com essa ideia. — disse sua mãe.

— Porquê? 

— Você conhece o pai dele, tudo que a mãe daquele menino sofreu na mão daquele homem... Eu não quero o mesmo pra você. 

— Mas não é por que o pai dele errou, que ele vai fazer a mesma coisa. Sehun não suporta o pai por tudo que ele fez, seria muita hipócrita se ele seguisse os mesmos passos. — ela tenta se manter calma, mas estava nervosa apenas por pensar que eles não aceitam a ideia.

— Eu concordo com a sua mãe. Aquele moleque não pensa no futuro, só pensa em jogar basquete, o que de bom ele vai te oferecer? Amor não enche barriga. — seu pai diz sério.

— Não sei o que ele quer de seu futuro, mas eu irei apoia-lo. Se ele quiser ser um jogador profissional, eu irei estar com ele, se ele quiser ser um professor eu estarei com ele. Em qualquer decisão que ele tomar eu vou tá com ele, por que é do futuro dele que estamos falando, e é o Sehun quem vai decidir.

— Você vai mesmo passar por cima de nossas ordens? Nós queremos o melhor pra você. — diz sua mãe um pouco exaltada. Yunna estava espantada, ela seria a última pessoa que poderia ficar contra.

— Eu decido o que é melhor pra minha vida. Já sou de maior e posso decidir por mim.

Ela sobe para o seu quarto, com seus olhos ardendo, mas não cederia a vontade de chorar de raiva. Então ela decide mandar mensagem ao namorado.

— É melhor você não vim conversar com eles. Parece que não vão da o braço a torcer.

— Que pena, mas se forem contra você vai seguir o meu plano não é?

— Claro que vou, se eles não escultam a gente por bem, que seja por mal... Eu vou te ajudar a conversar com a sua mãe, você ainda não está muito bem e eu preciso te apoiar.

— Você tem certeza? Não quero que você tenha que ouvir baboseira da minha mãe.

— Eu não me importo. Será nossa última tentativa. 

— Ok, vem que eu vou tá te esperando.