13. Plenitude

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Feliz 2021, povo! E vamos de novo capítulo pra começar bem o ano ;)

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Dan não parecia trazer boas notícias quando retornou ao apartamento que dividia com Elena naquela tarde. Pelo contrário. Ao entrar, passou a mão pelo cabelo, com uma expressão derrotada no rosto. Então se deu conta da presença da namorada na porta da cozinha, terminando de tomar um copo d'água. Ela não demonstrava, mas ele sabia que ela aguardava seu retorno com certa expectativa.

- Tudo bem? – ela perguntou simplesmente, com uma expressão apática no rosto, largando o copo em uma mesinha de canto ao lado da porta.

Dan suspirou, soltando os ombros.

- Eu... Fui falar com Kevin. – disse, aproximando-se da namorada – Eu acho que você deu a ele a impressão de que não sentia o mesmo.

Elena pensou em todas as vezes em que disse a Kevin que não sentia nada. Do quanto repetiu essa mentira para ele e para ela mesma na esperança de que conseguisse convencer a si própria; de que a mentira se tornasse verdade.

Agora Dan estava suficientemente perto, de modo que ela podia olhar dentro de seus olhos.

- Sei que a sua intenção era não me machucar, que você dizia que não sentia nada por ele porque me ama... Mas acho que não deveria ter anulado seus próprios sentimentos, Elena. Isso a fez sofrer em silêncio... Você podia ter conversado comigo antes.

- Eu não tinha como saber... Eu já disse... Tive medo de perder você – explicou, encolhendo os ombros.

- Meu amor, eu sinto muito... Eu acho que, no fim de tudo, a culpa é minha...

- Não, Dan. Fui eu quem sugeri que começássemos com isso.

- Mas eu concordei.

- Não! – ela contrapôs novamente – Não tem por que assumir uma culpa que não é sua. Eu estraguei tudo.

- Não fale assim. – disse, a abraçando, ao mesmo tempo em que um sorriso compreensivo surgia em seu rosto.

- Espero que isso não arruine sua amizade com ele. Eu me sentiria muito mal em saber que estraguei isso também. – declarou, sincera, escondendo o rosto no pescoço do namorado, aspirando o perfume que a pele dele exalava.

- Não se preocupe com isso.

- Então, a partir de agora, o tratarei como um mero conhecido quando encontrá-lo – concluiu, afastando-se um pouco de modo a encarar o namorado nos olhos, fazendo esforço para não demonstrar o quanto estava arrasada.

Ele levou uma mão ao rosto dela, acariciando sua bochecha.

- Juro que farei o possível para evitar essas situações... Em que tenham de se encontrar.

Elena assentiu simplesmente.

- Com o tempo, isso irá passar. – ela declarou com um sorriso triste, procurando disfarçar sua decepção e tentando convencer Dan e a si mesma. Sem sucesso.

*

Meia hora depois, quando ela saiu do banho, estacionou na porta do quarto, enrolada em uma toalha e secando o cabelo com outra. Espiou o namorado, sentado aos pés da cama, de olhos fechados, massageando a nuca. Ela mordeu os lábios, pensando no quanto ele estava gostoso com aquela camiseta branca marcando a espessura de seus braços e deixando evidente o quão bem delineado era o seu peitoral.

Dan abriu os olhos, dando-se conta de que a namorada o observava. Estendeu os braços para frente.

- Vem! – exclamou de modo convidativo.

Prazer a Três - Ménage à TroisOnde histórias criam vida. Descubra agora