A Patricinha Do Morro Do Alemão ♡

Capítulo 28

Gustavo me puxou pelo braço e me abraçou, eu não sei o que me deu. Eu empurrei ele pra longe e corri, corri muito.

*Igor narrando on*

Eu estava bem triste por ver a minha Anna triste, e depois fiquei com raiva quando Camilly apareceu. Gente, se ela não fosse mulher, eu teria dado na cara dela. Não sei como a Anna não fez isso, ela realmente estava frágil.
Eu sai correndo atrás da Anna, mas acabei perdendo ela de vista. Quando achei ela, um caminhão estava quase batendo nela, me ajoelhei na calçada com a mão no rosto até que ouvi umas mulheres dizendo.

XXXX: - Nossa! Que garota arrogante e mal agradecida.
XXXX: - Ele salvou ela e ela nem agradeceu.

Olhei para frente e Gustavo estava lá, todo confuso.

Igor: - Pra onde que ela foi cara?
Guh: - Não sei, você estava com ela né ?
Assenti com a cabeça.
Guh: - Me conta o que aconteceu.
Expliquei tudo para ele e com detalhes.
Guh: - Depois de tudo que você me contou, ela só deve estar indo a um lugar.
Igor: - A casa dos pais dela, eu tô de carro.
Guh: - Então, vamos.

Fomos até o carro e seguimos para a casa dos pais de Anna.

*Igor narrando of*

Pensamento de Anna: Meu Deus, não sei o que está acontecendo comigo, quase fui atropelada por um caminhão e ainda empurrei Gustavo para longe de mim, sendo que eu preciso muito de um abraço no momento. Eu vou ir pra casa dos meus pais, preciso saber o outro lado dessa história. Mesmo não acreditando em Camilly, eu sinto que tem alguma coisa errada. Eu quero me sentir perto dos meus pais, eu sinto tanta falta deles.

Cheguei lá em 15 min, uma mulher estava saindo da casa e eu senti que conhecia ela de algum lugar.

XXXX: - Anna! Que surpresa!

É e pelo jeito ela me conhece, mas eu não consigo me lembrar de onde ela é.

Anna: - Oie, como vai? O que faz aqui?
XXXX: - Estou bem! Seus pais me contratou para ser empregada daqui.
Anna: - Como foi isso? Eles não moram mais aqui.
XXXX: - ... Foi através de Vitor.

Eu percebi que tinha algo errado, o semblante dela ficou estranho depois da minha pergunta e começou a gaguejar.

Anna: - Poderia abrir o portão, por gentileza?
XXXX: - Acho melhor não. Eu acabei de limpar o chão ainda deve estar molhado.
Anna: - Prometo não sujar nada, eu só quero me sentir próxima dos meus pais.

Comecei a apelar para o drama e deu super certo.

XXXX: - Tá bom Anna! Quando sair me liga e eu venho fechar. Anota o meu número.
Anna: - Então, temos um problema.
XXXX: - Qual seria?
Anna: - Tô sem meu celular, deixei minha bolsa na praia.
Fiz cara de surpresa ao falar isso, nem lembrava que tinha levado a droga da bolsa.
XXXX: - Então, me chama na portaria daquele prédio.
Disse apontando para o mesmo.
Anna: - Tá bom.

Entrei e senti o cheiro do sanduíche que só a minha mãe sabe fazer, achei estranho, mas continuei seguindo neutra. Até que ouvi um barulho de panela, passei pela sala e fui para a porta da cozinha e avistei a minha mãe.

Anna: - Mãe? Então é verdade? Até a Camilly tá sabendo da verdade. Gente, não é possível!

Já estava toda vermelha com ódio, tentando não gritar.

Rafa: - Calma Anna, deixa eu te explicar...
Anna: - FALA LOGO ENTÃO, SEM ENROLAÇÃO.
XXXX: - O que está acontecendo aqui?
Anna: - Não meu Deus, não está acontecendo isso. Que diabos você está fazendo aqui Vitor Hugo?
Vitor: - Eu que deveria te perguntar isso.
Anna: - Cala a droga da boca Vitor. Você tá falando merda, seu babaca!
Rafa: - Senta aqui filha, vamos conversar.
Anna: - Conversar merda nenhuma. Eu não tenho nada pra falar com nenhum de vocês. Eu só quero a droga de uma explicação, e é melhor dizer logo. Por que se eu sair por aquela porta vocês não vão mais ouvir falar de mim.