Um trabalho arriscado.

1.8K 227 17
                                    

EUROPA, ITÁLIA

MILÃO - 00: 55 AM 

Meu corpo parecia flutuar, a música ensurdecedora fazia um alto zumbido em meus ouvidos, meus pés saíam do chão e o sorriso largo não saia do meu rosto. Pulando energicamente com a ajuda da música eletrônica, eu sinto como se nada pudesse me parar. Enérgica! 

Já havia pedido não sei quantos drinks malucos desses Europeus. Tínhamos chegado apenas a três dias  no norte da Itália e eu tenho me divertido mais que no litoral. Mesmo dançando no meio daquelas pessoas, eu desviava minha atenção para Jeongguk que conversava com alguns homens de preto no andar de cima.

"Suba aqui apenas se for caso de emergência." Essas foram suas exigências, e sinceramente não tive o menor interesse em afronta-lo, estava me divertindo bastante que tenho certeza que nos próximos goles vou esquecer meu nome. 

Pessoas bêbadas, drogadas, prostitutas, mafiosos, gente transando em cada lugar daquela boate sem escrúpulos nenhum. Eu gostava mesmo de ficar na pista, literalmente. Já recebi diversas cantadas em italiano, e eu só conseguia responder um: "No Grazie!" Palavra que Jeongguk fez questão de me ensinar, caso qualquer pessoa venha me oferecer alguma droga ou um tarado, não sei. 

Sinto uma mão forte agarrar meu antebraço, não sou nem capaz de falar nada pois a voz que fala no meu ouvido é tão suave que eu amoleço. 

— Vamos embora, Cassy. 

— Não! Eu estou gostando, Uu! — Puxei Jeongguk pelo colarinho do seu termo dançando. Revirou os olhos e tirou minhas mãos dele. — Vamos dançar, gostoso. 

— Cassy, não tô com cabeça pra isso. — Percebo que ele tentava manter uma paciência, o que era engraçado, porque ele nunca precisou manter paciência comigo nenhum, sempre fomos pavio curto um com o outro. — Vamos. — Segura meu braço novamente. 

— No grazie— Falei alto e seria. 

— A gente vai embora agora! Não têm porque você ficar aqui sozinha. — Suspirou me segurando com certa cautela pois a forma como ele segurava-me não doía. 

— Não, me deixa em paz. — Bebada, muito bêbada, eu estou doidinha. 

Lasciala andare! ( Larga ela!) — Um Europeu interviu empurrando Jeongguk o afastando de perto de mim. Eu não entendi nada mais, as luzes piscantes me deixavam tonta, e o álcool que corria por minhas veias não ajudava muito. 

— Sai caralho. — Jeongguk fez cara feia e olhou-me por cima do ombro do Homem alto. Não sabia o que fazer então comecei a rir apoiando-me nas costas do Homem. — Porra, vamos embora Baldwin! — Jeongguk tenta pegar-me novamente mas acaba recebendo um soco no maxilar. 

Eu gritei assustada, as pessoas ao nosso redor encaravam aquela situação e quando eu pisco novamente homens grandes que eu supus ser os seguranças de Jeongguk avançavam no homem a minha frente. Jeongguk levantou e acertou um soco no homem que cambaleou para trás me empurrando, e como eu estava doidona acabei escorregando e caindo de cara no chão. A música já havia parado e alguém ajudou-me a levantar. 

Meu ( não) amado marido - JeonggukOnde histórias criam vida. Descubra agora