Acordei mais cedo que de costume. Olhei para o lado e incrivelmente ela dormia serena, entre suspiros e um sorriso angelical. Fiquei longos minutos olhando-a, observando cada linha, cada sinal que tinha em seu rosto. Alguns fios caíram sobre seu rosto, e suavemente os tirei. Cassie emanava um suave cheiro de baunilha e uma tranquilidade de outro mundo. Às vezes sinto demais e às vezes quase nada. A necessidade que sinto em proteger ela, as vezes me sufoca, a minha boca fica seca e ferozmente meu coração acelera.
Queria beijá-la.
Queria estar conectado a ela.Não sei explicar isso, muito menos entender tudo isso. Esse sentimento me sufoca e me martiriza. Eu preciso me afastar, manter-me longe das minhas fraquezas.
— Podiamos ser diferentes... — Sussurrei, alisando seus braços sutilmente. Ela remexe-se um pouco na cama e se cobre um pouco mais. Olhei para o teto e soltei um longo suspiro. Esses pensamentos me sufocam cada dia mais, e eu não faço ideia de como parar isso.
— Confessando! — Yoongi diz alto. — Confessa de uma vez porra! — Dá uma coronhada na cabeça do homem que estava sentado com as pernas e braços amarrados a cadeira. O sangue grosso e de tonalidade vibrante escorria de seu nariz e de sua boca, de forma lenta e de certa forma torturante, para a visão de alguns. O homem de cabelo grande, permaneceu calado. Seu corpo todo tremia, os cabelos estavam grudados sobre sua bochecha e a feição séria demais para alguém que estava sendo torturado.
Noite passada encontramos uns caras rondando nosso galpão, eles carregavam consigo armamentos pesados e não pareciam estar ali para simplesmente comprar drogas. Eles queriam foder meus negócios. O que me fez chegar a conclusão de que alguém nesse maldito lugar sabe da existência do meu plano e sobre o que pretendo fazer.
Mas quem diabos?
— Vamo' caralho! — Outra coronhada. Yoongi estava no limite de sua paciência, se muito eu o conheço, sua vontade agora é de estraçalhar a cara dele da pior forma possível. Eu não queria colocar minhas mãos nisso, me estressar atoa, não seria tão conveniente no momento. Agora estou mais preocupado em carregar metade dos meus problemas particulares nos ombros.
— Deixa ele de molho por um tempo. Faça o que quiser, eu não me importo. Apenas descubra o que esses desgraçados estavam afim de fazer. — Ordeno em coreano, atraindo um olhar assustado do homem preso. Finalmente uma expressão. — Preciso resolver algumas coisas. — E saí sem nem ao menos olhar para trás. Não estava nenhum pouco preocupado com aquilo, sinceramente.
Na verdade, eu não estava conseguindo lidar com absolutamente nada. Minha cabeça pesa na maioria das vezes.
— Está tudo bem? — Conheço aquela voz. Sonsa e ao mesmo tempo forçada.
— Achei que tinha pedido para me esperar no carro. — Sou tudo e não ligo. Não tinha ido muito com a cara dessa Camila, ela me lembra muito aquele maldito e a repulsa que sinto é gigante.
— Ok, mas eu fiz uma pergunta. — Rebate. Olhei na direção do carro, a porta de trás estava aberta. Suspiro sem paciência. Não estava nos meus planos ser babá dessa pirralha, mas era o jeito. Comigo ela não iria aprontar nada, caso pensasse nisso. Então, estou trazendo-a comigo.
— E eu dei uma ordem. E quando eu dou uma ordem, espero que ela seja atendida. — Falei entre-dentes, me segurando para não pegá-la pelo braço e jogá-la dentro daquele carro.
— Apenas queria saber o que está acontecendo. Te vi saindo um pouco pálido e ofegante, achei que algo havia acontecido. — Explicou com o tom baixo, me olhando um pouco arredia. Eu realmente não estou conseguindo lidar com absolutamente nada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu ( não) amado marido - Jeongguk
أدب الهواةCasar-se definitivamente nunca esteve nos planos da morena. Completamente desimpedida e sem escrúpulos nenhum, nunca quis ser presa a nada. Porém, de uma hora para outra sua vida mudou, casada com um homem desconhecido apenas para se submeter aos ca...