Depois de uma longa conversa com Ming, a primeira coisa que fiz foi verificar se Cassy estava bem. Por volta das dez da manhã, a casa estava completamente silenciosa, exceto pelos latidos ásperos de Butler. Eu andei pela casa. Infelizmente, quando avistei Jeon no corredor, meu plano caiu em um atoleiro e meu ritmo ficou lento. Minha primeira ação é verificar como ele está. Ele usa as típicas roupas escuras e botas. Uma das mãos é colocada no bolso da calça, a outra segura o telefone e os olhos ficam fixos na tela do telefone.
No entanto, estávamos nos referindo a Jeon, e ele me notou logo depois.
— Você está pronto? — Ele colocou o telefone no bolso, olhou para mim, parou no meio do corredor, sem me dar brechas. — Vou mandar alguém para te levar ao centro imediatamente, sabe, não podemos deixar rastros.
— Claro. Eu estava vindo buscar minhas coisas. — Olhamos um para o outro em silêncio. Eu queria poder perguntar sobre a Cassy, mas tinha receio da sua reação e não queria quebrar o acordo que fiz com Ming. Todavia, eu precisava muito ir embora sabendo que ao menos ela ficaria em bom estado. — Jeon...
— Isso não é da sua conta. — Ele é direto como uma bala. Parecia até mesmo que estava lendo minha mente. — Cuide do seu trabalho em Boston que eu cuidarei do resto.
— Jeon, você precisa entender e reavaliar a situação!
— Reavaliar é o cacete. — Ele deu um longo passo em minha direção. Depois de chegar perto o suficiente, ele parou e continuou. — Eu sou o chefe por aqui. Dou as ordens, e quem pisa fora da linha não tem muito tempo para se justificar. E, é exatamente isso o que eu faço com rebeldes. — Eleva um pouco o corpo e expire com o ar superior. — Mas eu agradeço que isso tenha acontecido. — Jeon começou a me cercar como uma presa. — Eu estava um pouco amolecido, sabe como é… garotas são uma boa distração. Mas meu desejo de vingança é mais importante do que qualquer outra coisa.
Deu duas batidas com força no meu ombro e riu. Deu mais dois passos se afastando de mim, após me ameaçar indiretamente. Fechei os olhos suspirando, me acalmando mentalmente, mas acontece que eu não ouviria aquele pivete falar as coisas no meu ouvido e atendê-lo como seu cão de guarda. Eu sou Kim Namjoon, não um fantoche que ele manda e desmanda.
— Sede de vingança ou o fato de ter sido rejeitado ? — Girei meus calcanhar para encará-lo. Ele estava parado de costas para mim, seus ombros subiam e desciam num ritmo frequentemente acelerado. Ele virou lentamente com os olhos semi-cerrados e os punhos cerrados.
— Tá falando de que porra?
— Dessa sua paixonite desenfreada pela Cassandra. — Aumentei o tom de voz propositalmente aproveitando estrategicamente que estávamos em frente ao quarto de Baldwin.
— Você só pode estar enlouquecendo. Bateu a porra da cabeça, filho da puta? — Seus olhos estavam escuros e sua respiração alta. Ele odiava ser encurralado e exposto, principalmente por alguém que conhece suas fraquezas. Eu até podia estar jogando sujo, se fosse em prol de futuros dias melhores. — Acho bom ficar calado mesmo. Você não...
— Não precisa me ameaçar. Não é problema nenhum amar alguém, Jeon.
— Não me provoque, Kim Namjoon. — Trincou o maxilar me olhando mortal. Sua cabeça remexe um pouco pro lado liberado aquela descarga de mil sentimentos disparados de uma vez só em seu organismo, sofrendo maior intensidade naquilo que podemos considerar perigo total; que seria seu cérebro. — Eu não faço ameaças! Antes mesmo que pense eu posso ser a última pessoa que você veria. Eu faço o que eu quiser com essa garota, tá me ouvindo?
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Meu ( não) amado marido - Jeongguk
FanficCasar-se definitivamente nunca esteve nos planos da morena. Completamente desimpedida e sem escrúpulos nenhum, nunca quis ser presa a nada. Porém, de uma hora para outra sua vida mudou, casada com um homem desconhecido apenas para se submeter aos ca...