Contaminado.

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Desesperada, sorri trêmula encarando Hanse. Ele era a última pessoa que eu queria ver agora, além da dor infernal que estou sentindo no meu pé — Que eu posso diagnosticar como um contusão —, ter que encarar um dos meus pecados na terra não era bem o que eu tinha planejado para essa bela tarde de "paz e descontração".

— Parece que você se machucou. Vem deixa eu te ajudar. — Ele estende os braços para me pegar no colo e eu contesto negando com a cabeça ligeiramente.

— Não, não. Eu estou bem. — Empino o nariz e tento me levantar apoiando-me no outro pé. Mas não obtenho resultado e caiu de bunda no chão. — Porra! Talvez… eu precise da sua ajuda pra chegar na sala. — Ele cruza os braços e me lança um sorriso sarcástico erguendo as sobrancelhas com a cara de "jura?". Revirei os olhos, começando também a ficar preocupada com uma chegada inesperada de Jeongguk.

— Talvez, pular de uma corda feita de lençóis, usando salto não seja uma das melhores ideias, morena. — Apoio-me nos ombros dele. É sério que eu teria que ouvir os deboches dele ? E que diabos de apelido é esse?

— Eu vou até o inferno, mas do salto nunca desço. — Ele riu e eu também. — Você não veio aqui pra me provocar não, né?

— Do que você está falando?

— Ah, você sabe muito bem. — Ele abriu a porta de entrada e eu engulo em seco temendo a chegada de outra pessoa ou até mesmo Ming, já que todos aqui servem fielmente ao saudoso imperador Jeongguk.

— Se eu não lembro, eu não fiz. — Piscou pra mim. — Precisamos ver a merda que deu no seu pé. — Me ajudou a sentar no sofá e repouso meu pé sobre o centro de vidro que tinha em frente ao sofá. Eu ainda estava usando as minhas botinhas de salto fino pretas. Mentalmente eu já estava me preparando para a dor que eu sentiria quando alguém ousasse tirar as botas.

— Você por acaso sabe fazer um curativo? Não adianta mexer no meu pé se for pra fazer mais merda.

— Você é bem chata, só quero ajudar. E não, nunca precisei, sempre tive tudo a minha disposição… — Então ele parou como se tivesse pensado em algo. — É isso! Vou te levar ao hospital. Espera… Por que você estava pulando a janela? Ficou trancada? — Questiona segurando um risinho.

— Jeongguk ficou sabendo… — Dei de ombros. Vejo a cor de seu rosto sumir por um momento.

— O que ele ficou sabendo?

— O cara tá uma fera comigo. Disse que odiava traição e os caramba. — Continuei sem lhe dar ouvidos.

— Mas… eu nem mesmo vim preparado. E você só me conta isso agora? — Ele se levantou tão depressa que se fosse eu minha pressão teria baixado. — Vamos embora!

— O quê? Onde vamos? — Ele me puxa pelo braço, descolando minha bunda do sofá me deixando confusa. — Você não disse que ele já sabe?

— Você sabe ao menos do que eu estou falando? — Cruzei os braços escondendo um sorriso. Eu já tinha sacado todo o espanto dele. Quando ele balançou a cabeça eu automaticamente reviro os olhos. — Tive uma briga tensa com ele por causa de uma ligação que eu fiz. Você é bem medroso para alguém que não curte muito o Jeon.

Ele ficou em silêncio por um tempo, provavelmente raciocinando minhas palavras. O que foi tempo o suficiente para me lembrar da dor localizada no meu pé. Eu estava perdida, como explicaria a Jeongguk que eu tinha pulado a janela e ferrado meu pé? Então eu precisava agir logo com o Hanse, antes que o cara chegasse.

Meu ( não) amado marido - JeonggukOnde histórias criam vida. Descubra agora