Triunfo.

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Nossa viagem a caminho de Busan foi longa, fiquei quase todo o tempo ocupado na parte de trás do avião pensando em diversas possibilidades de contra-ataque. Não sabia onde pisar, sendo que a Itália é uma das maiores regiões mais protegidas pelas imensas famílias mafiosas de lá, o que não seria um enorme problema. Sendo sincero, trabalhar em meu contra ataque enquanto eles acham que estou morto é tão prazeroso, sabe que eles não terão como se defender ou até mesmo tempo pra pensar me faz querer ir mais adiante. Eu nunca quis a cabeça de alguém como almejo a daqueles dois.

Eu já morri uma vez; meus medos se foram, e agora eu apenas triunfo sobre minha futura glória.

Descemos as escadas do jatinho, Cassy parecia estar triste, eu realmente entendendo-a. Sendo jogada de lugar em lugar, sozinha sendo apunhalada pela própria família não deve ser nenhum pouco fácil, e é justamente por isso que não quero envolvê-la em nada disso, o quanto mais distante dessa sujeira toda melhor pra Cassandra.

— Senhor.  — Meu motorista comprou-me antes de eu adentrar na Range Rover preta blindada, apenas aceno com a cabeça comprimentando-o.  Abri a porta e a mulher na minha frente ainda silenciosa entrou sem questionar nada, fiz o mesmo em seguida. O silêncio extrapola naquele carro, nada era dito. Meus olhos estavam vidrados na tela do meu celular, as mensagens não paravam de chegar.

Eu finalmente estava de volta, senti aquela brisa e o cheiro de casa era no mínimo: confortante. Estava mais confiante que nunca, estar de volta me lembrava meu pai e o quão firme ele era em suas decisões, eu poderia fingir que morri e nunca mais aparecer, entretanto a sede de vingança havia sido passada de pai para filho. Não era uma rixa nova sem sentido, estavam enraizadas no passado.

— Estamos indo para casa, babe. — Tomei a iniciativa chamando-a. Descruzou os braços e suspirou girando o pescoço virando-se para mim.

— Aqui não é minha casa. Massachusetts é o meu lugar.

— Boston era sua casa.  Não quero ser indelicado, entretanto eu preciso que você entenda isso para colocarmos de vez uma pedra nisso.

— Colocar ? Eu não tenho nada contra a cidade, eu nem queria vir até essa merda de cidade. Você por acaso perguntou-me isso ? — Eu não queria discutir com ela, não hoje. Talvez eu devesse entender ao menos as coisas que eu faço por ela.

— Estou fazendo tudo pelo seu bem, Baldwin. De nada. — Volto minha atenção ao celular desviando dela e de sua cara emburrada. — Quando tudo estiver resolvido, talvez eu traga suas irmãs para perto.

— Jura ? — Praticamente subiu em cima de mim, olhando no fundo dos meus olhos buscando sinceridade. Suspiro segurando-a pela cintura concordando com a cabeça. — Por favor, não minta para mim. É tudo o que eu mais quero, encontrar minhas irmãs novamente, saber se ela está bem.

— Tem um plano para lhe manter informada sobre suas irmãs, está tudo bem, babe. Confie em mim, hum? — Alisei a ponta do meu nariz no dela fazendo-a sorrir com aquele gesto de carinho. Era incrível as coisas que eu sentia quando ela sorria pra mim, nem parecia a fera que estava brigando comigo a segundos atrás. Passei a mão em seus cabelos afastando do pescoço onde depositei um beijo molhado, seus pêlos eriçam.

— Eu odeio você. — Sussurrou contra meu pescoço. Não falei nada, apenas continuei descendo meus dedos pelo seu braço em forma de carinho, enquanto minha mente viajava para longe.

[...]

Olhei a entrada da minha antiga casa (Lê-se mansão) havia alguma coisa diferente. Mesmo que os seguranças insistissem em falar que ninguém tinha pisado naquele lugar além deles mesmo ou dos empregados nas últimas semanas para fazer a limpeza do lugar.

Meu ( não) amado marido - JeonggukOnde histórias criam vida. Descubra agora