Meu ( não) amado marido - Jeongguk

Desejos oculto.

Meu movimento é único. Não é nada comum. 1, 2, 5 até o 7, sou uma dançarina no escuro. Estalo todas as articulações do meu corpo. E me aproximo da sua cama, de modo terrível. Vou roubar seu coração e controlá-lo. — Red Velvet ( Irene e Seulgi - Monster)

Enquanto meus olhos corriam ligeiramente pela mala, eu tentava negociar comigo mesma internamente. Olhar o moreno tomando café quase que nu — ou prestar atenção na minha mala, embora eu achei que a segunda opção esteja ganhando em disparada —; usando unicamente uma cueca box branca. Os cabelos longos caídos no rosto, e eu consigo ver melhor seus músculos, tatuagens e seu abdômen. Nunca pensei que o veria daquele jeito em toda minha vida, mesmo estando "casada" transar com ele não passou por minha cabeça em nenhum momento, mas a questão é que o moreno, é extremamente excitante. Seus olhos escuros me encaravam, xingando-me mentalmente desvio a atenção, entretanto sou capaz de ouvir sua risadinha vagabunda.

— Como passou a noite aqui, sozinha? — Questionou soltando o aparelho celular sobre a mesa de vidro, agora olhando-me enquanto soprava a borda da xícara, a fim de suavizar o quente de seu café.

— Melhor impossível. Afinal qualquer coisa que seja longe de você é ótimo.— Respondo sem muito ânimo. Uma mentira lavada, apenas jantei sozinha e fiquei assistindo tudo o que passava nos canais até pegar no sono.

— Não precisa mentir, pasión. — Mostrando seu espanhol vagabundo após chamar-me de paixão eu solto uma risada erguendo-me para trás e quando eu volto, noto que foi a primeira vez que vejo seu sorriso, sem ser o irônico.

— Diga-me meu bem, está estudando espanhol esse tempo todo? — Ele negou a cabeça rindo fraco, ficando de pé logo depois. Não queria, eu realmente não queria, mas era impossível não olhar para o volume formado em sua única roupa.

— A visão é boa querida? — Novamente sendo um canalha, eu reviro os olhos e ele já estava em frente a cama próximo a mim. — Odeio quando reviram os olhos para mim. — Arqueio uma sobrancelha olhando-o com ironia e ele me surpreende atacando-me num ato rápido demais, ficando em cima de mim, respirando contra a extensão do meu pescoço. — Guarde suas gracinhas, para você mesma, Baldwin.

Ele sussurrou arrastado no meu ouvido, e eu prendo a respiração engolindo em seco. Porém eu nunca me calaria diante de ninguém, principalmente dele.

— É uma pena, mas eu não obedeço homens. — Giro meu pescoço e nossos lábios grudaram, mas nada foi feito. Nós encaramos, ele em cima de mim sem colocar seu peso, eu senti naquele momento vontade de abrir minhas pernas e ir contra todas as minhas palavras. — Então, lide comigo, paisón.

[...]

Vesti a canga e me arrastei até um quiosque que havia no meio da praia, disponibilizado pelo próprio hotel para os clientes do mesmo. Meu marido estava lá, tomando um drink sozinho. Claro que eu não perderia a oportunidade de provocá-lo. Usando um biquíni azul, de calcinha cavada e um tope da mesma cor, eu retiro a canga e sigo até ele. Passei meus braços em torno de seus ombros para chamar sua atenção.

— Sozinho, gato? — Brinquei chamando sua atenção. Seus olhos rolaram por todo meu corpo e ele soltou um longo suspiro, voltando a olhar para a outra direção.

— Sozinho nunca. — Mordeu o lábio e me olhou provocativo. — Acho esses seus biquíni muito provocativos, Baldwin. — Finalmente confessou e eu seguro o risinho.

— Estou num lugar maravilhoso, onde a maioria das pessoas estão praticamente seminuas. Acha que eu deveria está vestida como? Como uma vendedora de enciclopédia? — Cruzei os braços após me sentar em um banco que tinha ao seu lado.