Dinastia Jeon.

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— Eu não sou obrigada a falar absolutamente nada! — Ela berrou como um animal feroz quase avançando em mim com seus dentes afiados e salivantes. — Minha irmã fez bem em fugir dessa merda. 

— Cala a boca menina. — Yoongi estremece. 

— Eu já disse que não sei onde ela está! Ela fugiu! Vocês são idiotas? 

— Mas ninguém perguntou dela. — Me aproximo dela. — Perguntei o que você a disse para deixá-la tão raivosa, ao ponto de fazê-la sumir do mapa. 

— Nada. Não tinha visto minha irmã a festa toda, a não ser com você mesmo. O que será que você fez? — Ela sorri provocando. — Ein, Jeongguk? Por que ao invés de tentar colocar a culpa nos outros você não olha pra si mesmo. — Ela ri alto. Meu corpo fica tenso e eu tento me acalmar mentalmente. Ela me chama com o dedo, um pouco retraído me aproximo. — Talvez eu tenha falado alguma coisa. Mas… quem seria o errado na história? 

Ela sussurra bem ao pé do meu ouvido. Quando ergo-me para encará-la, lá estava o sorriso estampado no seu rosto. Do mesmo jeito que Frank ficava quando vestia sua pele de demônio e cravava seu ódio em alheios. Não era Cassandra que tinha herdado a personalidade do pai, mas sim ela. E se formos analisar bem essa situação, é muito provável que Frank saiba onde estamos. 

— Eu só não te mato agora, porque preciso de você. Entretanto, na primeira oportunidade te arranco até os dentes. Não vai sobrar nenhum fio de cabelo seu querida. — Ameaço. Mas não era uma simples ameaça, o ódio que eu sentia por Frank era quase que o mesmo que eu estava sentindo por ela naquele momento. Eles eram idênticos. Personalidades e aparência, simplesmente a cópia mais bem feita. 

— Vai ser um prazer te encontrar no inferno, Jeongguk. — Ela anuncia depois dá uma longa risada estérica. 

— Some com essa ninfeta da minha frente. — Rosno sem tirar os olhos dela, que parecia se divertir com aquela situação. — E vocês… — Chamo os seguranças e início o dialeto em coreano. — Quero todos de olhos bem abertos por toda essa cidade, não sabemos o que Camila pode ter feito nessas últimas horas. Provavelmente ligou para o arrombado do Frank, então… fiquem de olho! 

— Acha mesmo que ele se atreveria? — Questiona Yoongi. 

— Estamos falando do Frank. Se ele matou um Jeon o que impede de matar outro? 

— Aish! Não diga isso. — Repreende Hoseok. 

— Agradeço pelo sentimentalismo, mas acontece que estamos na vida real e aqui tudo é possível. Agora vão. — Eles saem. Eu precisava ser realista, era a mais pura verdade aquilo. Nada impedia Frank de me matar, ele era poderoso, conhecia muitas pessoas nada era inalcançável para o mesmo. 

Minha cabeça ta na mira dele a muito tempo. Levando em consideração que ele me teve na sua casa e não fez absolutamente nada, significa dizer que ele foi desleixado a esse ponto. Me teve nas mãos e agora entrou na brincadeira de Gato e Rato. 

Acho que só posso agradecê-lo pela Cassie. Não achei que pudesse encontrar alguém tão incrível quanto ela. Eu não sabia que estava apaixonado até admitir, era confuso e incerto. Quer dizer, como eu poderia amar sendo que nunca fui amado? Nunca tive traços de amor verdadeiro. 

Meu namoro com Lisa? Um efeito dos meus hormônios, nada era realmente real. Com ela foi tudo diferente, nos conhecemos, aprendemos a respeitar o lado um do outro, os gostos as manias e até conquistar confiança. Meu coração bombeia tão forte quando penso que ela pode estar correndo perigo ou algo do tipo. 

Por que eu… nunca amei ninguém como ela. E isso é tão forte, que está me machucando. 

— Cadê você Cassie? 











Meu ( não) amado marido - JeonggukOnde histórias criam vida. Descubra agora