Uma mulher exuberante.

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— Como você pode estar tão tranquilo? — Praticamente gritei enquanto andava de um lado para o outro. Já faz quase quatro horas que Cassandra havia sumido e não tínhamos sinal algum da mesma. Encarar Ming estava me dando nos nervos, aquela expressão de tranquilidade me fazia querer estourar ele. 

— Me responda você essa pergunta. Porque não está gritando e dando ordens pela casa? Prometendo revirar a cidade se não a encontrar. — Ele é tão cuzão, ele me conhecia tão bem que chegava a ser perturbador. Eu me sentia em exposição perto de Ming, invulnerável. Eu não tinha bolado nenhum baseado e de certa forma, mesmo a flor da pele com essa situação estou consideravelmente calmo. No fundo algo me dizia que ela estava bem, de algum jeito ou de outro. Não o respondi, pois nem eu mesmo sabia como fazer. 

Ouço passos vindo dos fundos e já imaginei ser Namjoon, nenhum dos outros homens tinham liberdade como ele para desfilar na minha casa com tanta tranquilidade. Éramos amigos além de tudo, desde muito novo quando seu pai ainda era atirador do meu pai vivíamos no galpão subterrâneo brincando com as armas perigosas como se fossem de brinquedo. 

— Jeongguk. — Mantêm a voz grossa ao me ver sentado. — Não encontramos-a em lugar nenhum, talvez por estar à noite e escuro. Mas não se preocupe, tem duas frotas na cidade procurando por Cassy.

— Onde caralhos ela se meteu? A cidade é enorme, mas ela não poderia ter sumido assim, teríamos a encontrado. 

— Já parou pra pensar que ela tenha fugido por conta própria? — Namjoon olhou para Ming abismado e negando com a cabeça assim como eu. Aquela ideia parecia minuciosamente ridícula. Estávamos bem, não tinha nada de errado por que fugir? — Essa vida é dura demais, ela não está acostumada. 

— Senhor Ming, não acho que seja isso. Frank é desse mesmo mundo e até mesmo pior. 

Levanto-me do sofá rapidamente, procurando a arma que estava no cós da minha calça. Passe entre namjoon e não digo nada pois meus ouvidos logo se enchem com perguntas de Ming. 

— Onde está indo? 

— Indo buscar minha esposa, e se ela não quiser ficar comigo precisa antes dizer na minha cara. — Por fim bati a porta com força atrás de mim. A massa glacial fria beija meu rosto arrepiando-me. A porta atrás de mim abriu-se, Namjoon se pôs a ficar do meu lado e eu entendi que eu tinha o apoio dele. 

Cassandra Baldwin


Quando finalmente o conversível parou em frente a uma casa que ficava bem afastada da cidade: o cheiro forte de pneu queimado subiu me causando uma tosse desenfreada. O tal Jimin me olhou como se eu fosse um monstro de sete cabeças, aproximou-se de mim e num ato rápido ele colocou um saco na minha cabeça deixando para mim tudo escuro.

— O que você vai fazer comigo? Me deixe sair. — Já estava nervosa. A porta bateu e eu imaginei que ele tinha saído, eu queria tirar aquilo da minha cabeça entretanto temia ver alguma coisa e ele ficar puto comigo. Engoli em seco, ficando rígida naquele banco até a porta do meu lado abrir e uma mão nada delicada apertar meu braço me tirando do carro. — Ow

— Cala a boca e anda. — Jimin sussurrou no meu ouvido me deixando mais nervosa ainda. Caminhávamos por cima das pedras, o que me fazia perder muita das vezes o equilíbrio e ele me apertava mais forte. Não sou muito atenta aos movimentos e próximas ações dele, mas pelo cheiro mais caseiro imagino que entramos na casa. — Fique aqui! — Ele é tão firme enquanto fala que eu realmente virei uma estátua rígida seja lá onde eu estivesse. 

Passos se distanciam me deixando finalmente sozinha, eu acho. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, só queria ir embora, porque a essa altura do campeonato Jeongguk estava arrancando os cabelos de raiva pela minha escapada. Vejo que uma simples coisa que eu fiz se tornou uma grande catástrofe. 

Meu ( não) amado marido - JeonggukOnde histórias criam vida. Descubra agora