Cassandra Baldwin
Boston, Massachusetts, EUAEnquanto minhas irmãs surtava com o casamento chegando, eu me perguntava onde foi que eu errei. Nunca fui uma mocinha, uma filhinha do papai que obedecia sem contestar, e isso me fez questionar. Será que é um castigo dele por todas as estupidez e imprudências minhas? Nunca teria resposta, obviamente era só um caso ou até mesmo ironia do destino. Com um dia faltando para aquele maldito casamento, meus nervos estavam a flor da pele.
Fui contra todos os conselhos do meu pai e resolvi casar-me no Civil, sem festa e sem duzentas mil pessoas da qual eu não conheço, apenas um fotógrafo e um jornalista, afinal as pessoas precisavam saber que nós nos casamos e estávamos indo para a lua de mel.
— Pense pelo lado positivo. — Camila diz sutilmente tocando em meus ombros, fazendo-me encará-la.
— Tem lado positivo nisso? — Não foi nem preciso ela responder, pois Elisa do canto do quarto deu um pulo se levantando vindo até nós enquanto ditava.
— Mas é claro que tem, minha irmãzinha. Aquele puta homem gostoso com você, viajando por todo o mundo. — Maliciosa ela diz me fazendo rir. — Porra, aquele homem tem cara de foder até a alma.
— Não vou dar para ele, Elisa. Sem chance! — Elas me olharam de soslaio e caíram numa risada, o que me fez estranhar. — O que?
Deram de ombros e não me responderam. As horas se passavam, o dia acabou, a noite surgiu, não consegui dormi pensando naquele maldito dia. Chegou o maldito dia do casamento, com meu peito explodindo de felicidade — Para não dizer o contrário — me aprontei com a juda de um profissional. Havia escolhido um vestido curto e justo, branco, com alguns detalhes de pedras de brilhante. Algo bem sofisticado.
Suspiro descansando os ombros quando vejo minhas malas no canto do quarto. Deixar todo o conforto do meu quarto, para conviver alguns meses com um filho da puta do qual nem conheço. Odiava mais do que tudo aquela situação, era tão nítido, eu não sabia esconder aquilo. Até mesmo o maquiador perguntou se eu estava bem. Dei uma resposta chula e não trocamos mais nenhuma palavras. Meu cabelo ficou preso em um arranjo muito bonito, e meus olhos claro, foram bem ressaltados com a maquiagem.
— Você está linda, me lembra a mamãe. — Elisa disse sorrindo boba.
— Gostaria que ela pudesse ir conosco. Mesmo isso tudo sendo uma farsa, ao menos a presença dela seria muito tranquilizadora. — Falei enquanto olhava-a pelo reflexo limpo do espelho.
— Talvez quando você se casar de verdade. — Nós rimos. — Vamos? Papai está apressado, acho bom descemos de uma vez. — Relutante eu saio do meu quarto em passos brutos. Descemos as escadas sem falas nenhuma, e nem dou liberdade para meu pai falar. Passo por todos saindo de casa, segurando a vontade de chorar por estar me submetendo a essa espetáculo ridículo.
Entrei no carro e meus irmãos entraram logo em seguida, nenhuma palavras foi dita, o caminho foi silencioso. Quando vejo a fachada do cartório Civil, sinto meu coração acelerar, minhas mãos suarem e eu fico mais inquieta que o normal. Meu pai abriu a porta e eu sou a última a descer.
— Espero que me perdoe um dia. — Disse quase num sussurro, o encarei por um tempo em silêncio. Apenas Deus sabe o quanto eu queria xingá-lo e mandá-lo ir a merda, mas me contive, não falei nada apenas segui meu caminho.
Assim que entramos no longo e espaçoso estabelecimento, meu pai vai até a recepção entregando os papéis a mulher do balcão que me desejou felicidades e nos guiou até a sala reservada, para acontecer apenas o nosso casamento, sem platéia.
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Meu ( não) amado marido - Jeongguk
Hayran KurguCasar-se definitivamente nunca esteve nos planos da morena. Completamente desimpedida e sem escrúpulos nenhum, nunca quis ser presa a nada. Porém, de uma hora para outra sua vida mudou, casada com um homem desconhecido apenas para se submeter aos ca...