Meu ( não) amado marido - Jeongguk

Expor mentiras.

Mas há um lado seu
Que eu nunca conheci, nunca conheci
Todas as coisas que você disse
Nunca foram verdade, nunca foram verdade
E os jogos que você jogava
Você sempre ganharia. — Adele ( Set fire to the rain)

— Ainda não obtivemos nenhuma informação. O filho da puta, tá todo fodido e mesmo assim não abre a boca. — Yoongi diz do outro lado da linha, e eu posso imaginar que ele está trincando os dentes com toda sua força. — Talvez ele não saiba de nada mesmo. E seja só um ladrão de merda.

— Não seja ingênuo. Esses filhos da puta são treinados pra isso mesmo, e nós dois sabemos disso. — Suspiro.

— Isso é loucura! Envolvemos até a família desse arrombado, e ele mesmo assim negou-se a falar. É sério, estou perdendo a paciência. — Talvez estejamos andando em círculos. Não faz o menor sentido isso, ninguém da postura dele ia permanecer em silêncio por tanto tempo. Ele é um viciado que tava me roubando pra conseguir uma mixaria pra ter como manter seu vício. Ah não ser que...

— Estamos em território desconhecido. Precisamos chamar atenção, aonde seria o momento perfeito para contra atacar sem que ninguém desconfiasse? — Questiono-o na intenção de ver se ele estava acompanhando meu raciocínio.

— Num jantar de mafiosos italianos, um vinho adulterado e BUM! Alvo pego com sucesso, mas quem matou? — É, foi quase isso o que eu havia pensado.

— Hum, quase isso. Vamos dar uma festa. Vamos chamar atenção, atrair a cobra para o ninho delas. É o momento perfeito, a pessoa estará aqui, ela não perderá a chance.

— Isso é chamar atenção demais. Vai ter muitas pessoas, como vamos saber quem é quem? O Ming que é o cego com visões sensitivas. — Brinca.

— Obviamente é humanamente impossível sabermos quem é a pessoa, mas é óbvio que ela irá se manifestar de alguma forma ou de outra. E essa festa nos dará grandes oportunidades de sabermos ao menos como nosso contra-ataque pensa. — Eu sorrio de forma maliciosa. — Ele até pode desconfiar. Claro, se for bom o suficiente, o que acho bem dificil. — Sou presunçoso. — Venhamos e concordamos, é uma puta ideia foda.

— Se você diz.

— Não porra! Eu quero sua opnião.

— Pensei que essa fosse a função do Ming. — Brinca e eu reviro os olhos.— Certo. É uma ideia boa. Podemos nos beneficiar disso, conhecendo o território de uma forma menos invasiva e mais social. Só não acho que ele ira aparecer, seria uma grande afronta e se fosse aparecer não seria sozinho, o que claramente chamaria atenção.

— Sozinho ou não ele vai aprontar. Certo, providencie tudo para amanhã, espalhe por toda a cidade.

— E quanto ao cara.

— Para ele eu tenho um outro plano. Mas isso eu te falo amanhã. Vamos deixar o pobrezinho descansar, acredito que ele esteja profundamente exausto. — Sorrio maldoso e Min do outro lado me acompanha. — Até mais.

Era a primeira vez que eu estava sozinho naquela casa sem nada pra fazer. Então por livre e espontânea vontade decidi entrar no mar, a água gelada e cristalina cobre pelo menos metade do meu abdômen. Decidi sair, pois já estava com os olhos levemente irritados com a intensa quantidade de sal. Caminhei descalço até minha casa e foi quando notei os chinelos no lado de fora, a bolsa no sofá e o corpo curioso vasculhando as coisas no meu quarto.

— Então quer dizer que agora você virou a Dora Aventureira. — Ela dá um pulinho e vira-se com a mão no peito e os olhos arregalados. Sorri me divertindo com aquilo. Lentamente caminhei até ela. Tirei sua mão do peito enquanto mantenho contato visual fixo. — Não seja tão curiosa assim, honey.