Desventura.

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 Não vai ser arriscado trazer todos os irmãos e a droga? Mesmo se empurrássemos toda a merda para baixo do avião, isso não seria o suficiente.  — Ouço Yoongi argumentar do outro lado. Ele estava cuidando de toda a transformação do meu narco para que elas chegassem a salvo até mim. — Quero dizer, eu sei que é uma puta grana, trazer os bastardos de Massachusetts para Coreia e ainda bancar cerca de dois aviões, mas…

— Eu nunca disse que esses aviões iriam sair da Coreia. Você meu caro Yoongi, irá até Massachusetts hoje mesmo cuidar disso, não quero dar bandeira com esses filhos da puta por aí. Então fazemos o “resgate” e levamos eles para o avião já pronto e todo mundo fica feliz. — Dou uma risada rouca. Olhei de longe o pôr do sol que escondia-se atrás do mar aos poucos, a brisa fria já se aproximava da costa de onde estávamos deixando a visão à minha frente ainda mais incrível, Cassandra parada centímetros longe do mar completamente imóvel, seus cabelos estavam esvoaçantes, parecia mais uma obra de arte. 

 Isso é arriscado! Qual a chance de dar certo ?  — Sorri ao ouvir seu desespero.

— Eu não trabalho adivinhando o futuro, a parte de dar certo é com vocês. Mas não se preocupe, vou expandir meus negócios por aqui também, não são os únicos que estão trabalhando.  Buena suerte.











As portas do estabelecimento de quinta categoria se abrem num único chute de um dos meus seguranças, que logo invadem o local. De início os gritos assustados preencheram o local, me perguntei se foi devido ao armamento dos meus homens ou pelo susto da porta quebrado em dois pedaços que cairá no chão. Havia um sorrisinho sarcástico no meu rosto, passei pela porta quebrada no chão ficando entre meus dois seguranças. As pessoas estavam agachadas no chão, com olhos arregalados, trêmulas e completamente invulneráveis. As prostitutas que dançavam em um palco no canto do estabelecimento estavam imóveis com as mãos para cima e olhos assustados.

— Boa noite senhoras e senhores, atrapalhamos alguma coisa por aqui ?  — Sou irônico e recebo apenas o silêncio e choros baixos. — Eu espero que não, seria uma pena. — Sorri falso e não tenho reposta alguma, visto isso continuei. —  É o seguinte, eu posso ser bastante filho da puta e meus homens podem acabar com a festinha de vocês. Ou vocês me dizem onde está o dono dessa ratoeira.

Houve mais silêncio. E, eu odiava aquilo. Olhei para um dos meus homem lhe dando um sinal com a cabeça e o mesmo instantaneamente dispara contra o teto três vezes  causando mais desespero nas pessoas.
 

— Tudo bem, vocês que quiseram assim. — Assim que dei indícios que iria embora, virando de costas uma voz masculina soa dentre todo o silêncio. Uma voz masculina, baixa como a de um velho de seus cinquenta e poucos anos, automaticamente sorri e me virei.

— Procurando pelo dono dessa ratoeira? Pois bem, você achou. — Eu realmente tinha razão, ele era um velho. A cabeça rodeada por cabelos brancos e rosto cheio de marcas de expressão daquelas que conseguimos apenas com muita idade ou decepções durante a vida. Ele tinha um sorriso linha e parecia ser um daqueles avós legais, usava uma calça branca e uma blusa azul social. Em menos de três minutos estou andando no corredor estreito sendo seguido por seguranças, incluindo os meus. Mas nenhuma palavra foi dada desde então, ele pediu para que a festa continuasse e subimos. — Vocês ficam.  — Assim que paramos em frente a uma porta marrom grande ele virou para meus seguranças alertando-os.

Meu ( não) amado marido - JeonggukOnde histórias criam vida. Descubra agora