Subconsciente.

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Olhei brevemente para a minha frente e suspirei abraçando, meus próprios joelhos. Estávamos num silêncio, de certa forma, confortável. Sem ninguém passar pela privacidade do outro. Jeongguk estava com os braços apoiados na areia olhando fixamente para o mar. As ondas fortes produziam um som maravilhoso, relaxante.

Não queria sair dali nunca.

Tínhamos ido comer numa pequena e simples lanchonete e depois sugeri virmos aqui, passar um tempo tranquilos, antes que eu volte para toda a confusão que eu causei.

— Não sei porque, sou tão apaixonado, no mar. Mesmo não sabendo muito nadar. — Jeongguk, comentou um pouco sem graça e eu o olhei espantada.

— Não sabe? — Perguntei e ele negou rindo. — Mas eu também tenho uma grande paixão, pelo mar. Na verdade qualquer lugar que tenha água, me traz sensação de liberdade. — Sorri e fixei nele olhando-o brevemente.

— Combinação perfeita, água e eu. — Zombou irônico, fazendo-me rir voltei a olhar o mar. Estava dando-me uma súbita vontade de entrar no mar, mesmo não tendo roupa ali ou qualquer coisa para usar depois. Esqueço esses mínimos problemas e então sem nenhum pingo de vergonha, comecei a tirar minhas roupas, ficando apenas de calcinha e sutiã.

— A água está indo uma delícia. — Pronuncio e logo em seguida corri para o mar. Afundei naquela água, fechando os olhos e logo voltando a superfície. A água fria fez contato com minha pele novamente, e eu respiro aliviada.

Tive uma surpresa quando vejo Jeongguk correndo na minha direção, só de cueca. Sorri quando ele pulou sumindo no meio da água. Olhei ao redor e não o encontro mais, até sentir sua mão encostar na minha cintura e logo ele subir na superfície, jogando seus cabelos grandes para trás.

— Realmente. Você fica linda, no mar. — Ele diz ofegante, respirando com dificuldade, olhando nos meus olhos. Fiquei sem saber o que falar, estava olhando em seus olhos com total emoção e respiração falha. Além de estar ficando sem graça.

— Para! — Sem graça, joguei água no rosto dele e me afasto rindo.

— A verdade te incomoda, senhorita Emilly? — Com um sorriso de canto, ele veio até mim. Eu toda sem graça ia me afastando, cada vez mais indo pro fundo.

— Quem disse que é verdade, o que você disse?

— Eu não sou de mentir.

— Mas está. E eu não vou acreditar nas suas palavras. — Falei num tom debochada, com um sorriso bobo nos lábios.

— Por que, não?

— Porque, você não sabe nadar. E não é capaz de vir, me pegar. — Afundo-me novamente na água e dou a volta nele, fingindo que tinha indo mais pro fundo. Vamos brincar com o garoto. Levantei a cabeça e ele me procurava, segurei o risinho.

— Me procurando, baby? — Ele se virou e me olhou com os olhos semi fechados.

— Eu vou te pegar, garota! — Vem até mim rápido, meio cambaleando pela pressão do mar. Me levantei correndo, mas quando pisei na areia suas mãos agarra-me minha cintura e nós caímos no na areia rindo. Sua mão ainda me segura e eu estava praticamente em cima dele. — Eu posso ser um péssimo nadador, mas eu sou bom atacante. — Seu trocadilho me fez rir e parar um pouco olhando o rosto dele. Cada detalhe, observo as delicadas pintinhas em seu rosto, era tudo tão sutil. — Vai ficar me encarando mesmo? — Questionou com um sorrisinho provocativo.

— Idiota. — Tento me levantar, mas ele me segura, impedindo-os. — O que foi? Vai ficar me agarrando? — retruquei arqueando uma sobrancelha.

Garotos como JeonggukOnde histórias criam vida. Descubra agora