Algumas horas antes…
O telefone vibrando em meu bolso estava me incomodando. Eu estava tentando arrumar os meninos nas cadeiras, mas com aquele celular que não parava um segundo sequer, era impossível. Suspirei e chamei a aeromoça para me ajudar. Emilly, não estava, ficou lá fora comprando algumas coisas para os meninos e não voltou até agora. Vou até a cabine fora do avião e atendo aquela porcaria.
— Alô! — Falei irritado.
— Amor? — Eu parei. Não era a voz de Emilly, mas sim de Lunan.
— Lunan?
— Lua. — Corrige. — Então, quando você está voltando? Eu estou com tantas saudades, Jeon.
Meu coração se quebra em mil pedaços ao ouvir isso.
— Estou voltando agora mesmo…— Então, está dentro do avião? Ah, que felicidade! finalmente vou estar com você novamente.
— Pode apostar.
— Bem, então vá. Nos veremos em breve.
— Tá certo. — Finalizei a ligação. Coloquei o celular no bolso e sinto mãos em meus ombros, olhei para trás e era Emilly.
— O que aconteceu? Você tá mais branco que papel. — Riu enquanto seguimos para dentro do avião novamente.
— Nada não. — Sou indiferente.
— Deixou os meninos sozinhos. Ai Jeon, eles têm dois anos.
— Eu estava aqui do lado, corria o mais rápido possível. — Eu falo e me sento na cadeira do outro lado. Ficaram os três num lugar só e eu do outro lado, perto deles. O que eu falaria para Lua?
Atualmente…
Olhei para Emilly e ela veio pegar o Nicolas de mim, enquanto diz entre dentes.— Seu motorista está lá fora, certo? Ele nos leva, vá conversar com ela. — Diz compreensiva. Faz uma reverência e eu faço o mesmo, tudo como se não nos conhecesse. Ela saiu empurrando o carrinho e carregando os dois meninos, até um funcionário do aeroporto aparecer para ajudá-la.
— Amor! — Ela veio correndo até mim, me abraçando. — Muito bonitinho, você ajudar aquela mulher.
— Como sabia que eu estaria aqui agora?
— Eu descobri depois da nossa ligação, né bobinho. — Entrelaça nossos braços e eu puxo o carrinho com as minhas coisas. — Não gostou de me ver? — Um bico se formou em seus lábios.
— Não é isso. Está com seu carro ai? Precisamos conversar. — Questiono nervoso, dando um sorriso amarelo.
— Está sim. Vamos, te levo pra sua casa.
— Não. — Falo rapidamente. Emilly estava lá com os meninos e eu queria evitar um término mais desagradável. — Podemos ir para sua casa?
— Sim… o que você tem para me falar? — Ela me ajudava a colocar as malas no porta-malas com um sorrisinho fofo, era típico dela. Engoli em seco com aquilo, onde eu arrumaria forças para falar alguma coisa? Não tinha nem idéia de como começar aquilo.
— Podemos fazer outra coisa? Pode me levar para um lugar reservado?
— Reservado? Jeon… — Ela riu. — Você não está sendo malicioso um hora dessas, está?

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Garotos como Jeongguk
RomanceDeveria ser um presente inusitado de dezoito anos se Emilly não fosse certinha demais. Mas ao tentar devolver aquele presente não passou pela sua cabeça a hipótese de uma amizade com aquele vendedor bonito do sex shop. Tatuagens nunca lhe chamaram a...