Suspirei olhando pela janela do avião, tudo ficar pequeno. Apenas os pontinhos pretos do alto. Acariciei minha barriga com um sorriso fraco no rosto. Estava a caminho de Londres, com as malas quase todas prontas. Menos aquela que estava na minha cabeça, uma grande bagunça estava naquela. Deixei ainda tanta coisa para trás que nem me dei conta de fechar a minha mala. O item que falta ficou, o item mais precioso da minha mala. E agora, não tinha mais volta. Já conseguia sentir falta de tudo, mas minha decisão havia sido feita por mim mesmo. Foi o melhor.
— Aceita um lanche, senhora? — A aeromoça me chamou, despertando-me de meus devaneios sem fim. Ela empurrava aquele carrinho e tinha um sorriso simpático no rosto.
— Claro.
[...]
Deixei as malas na sala e parti para o banheiro. Já estava acomodada no pequeno apartamento de londres do meu pai, ele cedeu-me para que eu pudesse passar as férias confortável em um lugar apenas meu, ficando ali o tempo que eu quisesse. O que seria perfeito, assim teria tempo o suficiente para colocar tudo em ordem e talvez, fazer minha vida por aqui agora. Talvez, longe de tudo eu poderia colocar minha cabeça em ordem.
Helena Evans
Malibu, Califórnia, Eua
Concentrada em meu livro, sentada no sofá, degustando do silêncio da casa. Nem dou conta de madalena entrando em passos ligeiros pela sala, mas sua voz suave e ligeiramente ofegante me chamou.
— Senhora Helena. — Chamou-me. — Tem um rapaz no jardim, pedindo para falar com a Senhorita Emilly. — Deixei meu livro em cima do sofá e soltei um breve suspiro e mando-a sair. Vou até o jardim, para ver de quem se tratava. O rapaz estava de costas, usando roupas largas e pretas, e uma Triumph Rocket III estacionada no jardim. Uma vez namorei um mecânico, ele era fissurado em motos nesse estilo, então digamos que eu aprendi algumas coisas sobre.
— Posso te ajudar? — Cruzei os braços e ele virou-se. Bonito, assim como minha irmã tinha dito. Ele ficou aqui em casa por um bom tempo, mas confesso que nunca prestei tanta atenção nele como agora. O jardineiro, ou ex-namoradinho da minha irmã. Mesmo depois da nossa longa conversa, sobre ser ou não o certo, ela ir para Londres e acabar com ele. Eu sabia perfeitamente que ele viria atrás dela, sem demora.
— Bem, eu queria falar com ela… ?
— Eu sinto muito. — Mordo os lábios, nervosa. Sinceramente, aquela situação era cortante, eu definitivamente não queria está no meio disso. — Emy, ela não está.
— Tudo bem. Eu espero ela não importa. — Negou com a cabeça, sorrindo sem ânimo. Realmente, eu não queria está no meio disso tudo.
— Você não entendeu. Ela realmente não está. Emy, viajou essa manhã. — Fiquei com medo do peso das minhas palavras sobre ele. Mas eu também, não podia mentir. Ele me olha com um olhar perdido, enquanto negava algumas vezes. — Eu sinto muito.
— Eu fiz alguma coisa? — Ele começa a andar meio que cambaleando, pareceu perdido. Ele estava detonado. — Eu deixei de fazer alguma coisa? — Neguei várias vezes. Por que definitivamente não era isso, ela me contou o quão gentil ele foi com ela e isso me quebra por dentro. — Então o que?
— Emilly não quer que você se sinta na responsabilidade de cuidar do bebe. Te arrastar pra uma coisa que não é sua, ela quer que você seja livre, Jeongguk. — Falei o nome dele, assim como Emilly tinha me dito e ouvi meu pai comentando. Por que até então, só ouvia as meninas chamando ele de jardineiro gostosão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Garotos como Jeongguk
RomanceDeveria ser um presente inusitado de dezoito anos se Emilly não fosse certinha demais. Mas ao tentar devolver aquele presente não passou pela sua cabeça a hipótese de uma amizade com aquele vendedor bonito do sex shop. Tatuagens nunca lhe chamaram a...