Ele me encarava nitidamente com raiva e aquilo não estava me intimidando, nenhum pouco. Obviamente, eu não estava nenhum pouco a fim de contar sobre a gravidez naquele momento a Jimin, só queria realmente saber onde Jeon chegaria com tudo aquilo. Afinal eu não estava entendendo nada, seria ciúmes? Talvez, mas não espero nada vindo de Jeongguk. O cara é mais parado que uma porta e aquilo não estava me interessando mais.
— O gato comeu sua língua? — Coloquei as mãos na cintura e arqueei uma sobrancelha, tudo sem deixar de encará-lo. Estava mesmo a fim de o enfrentar.
— Não quero brigar. — Solto um suspiro, ele começou e agora diz isso. Eu definitivamente estava perdendo o pouco de paciência que me restava.
— Muito tarde para dizer isso. — Respondi séria demais. Jeon fechou os olhos e deu um longo suspiro.
— Emilly Evans…
— Jeon Jungkook…
— A gente vai mesmo brigar por ele?
— Eu não sei. Me diga você, afinal foi você quem começou tudo isso, certo? — Ele bufou revirando os olhos como um adolescente birrento e eu contenho o risinho.
— Certo, me desculpa então.
— Olhe para si mesmo. Acabou de começar uma discussão e pede desculpas e eu ainda tenho que aceitar igual uma idiota? — Questionei irritada, jogando as merdas toda no ventilador. — Jeon, eu não sou mais uma bobinha, aquela bobinha que tinha medo, caso meu pai descobrisse um vibrador no fundo da minha gaveta. Não pode parecer, mas eu amadureci. E ouse falar mais da minha gravidez, como se isso fosse uma coisa boba, certo? Deixa a minha criança fora disso tudo. — Gesticulo com as mãos, pelo apartamento todo, mostrando minha raiva. Ele poderia falar de mim, mas não do meu filho. — Eu não preciso contar ao pai dele. Eu não preciso que homem nenhum aumente a voz pra mim, pra eu saber se estou fazendo merda.
— Eu não duvido, disso. — Ele disse depois de algum tempo em silêncio, enquanto ambos se encaravam.
— Duvida! Você duvida, todos os dias. Caso contrário não estaríamos brigando agora. Tudo começou com você duvidando da minha palavra, ou já esqueceu? — Ele negou apenas com a cabeça e eu suspiro, molhando os lábios. — Ótimo. Estou indo embora…
— Está indo para casa? Pensei que fôssemos ficar aqui tranquilos.
— Depois do que aconteceu acho que eu preciso ficar um pouquinho sozinha. — Vou ao seu quarto para me vestir. Tirei sua blusa e comecei a vestir-me quando ele entrou no quarto.
— Fica aqui. — Sentou-se na beira da minha me olhando.
— Eu acho melhor não. — Vesti a blusa e passei a mão no cabelo rapidamente. Peguei minha bolsa que estava na poltrona do lado do espelho e suspirei olhando pra ele.
— Emilly. — Pegou em minha mão, querendo que eu ficasse com ele. Mas realmente não havia clima algum.
— A gente se fala depois. — Me solto dele e sai do quarto. Minutos depois já estava entrando dentro de um táxi e partindo para a minha casa.
Quando cheguei, tomei um banho e me sentei na cama. Minha cabeça estava a mil naquela noite, pensamentos de coisas que eu deveria fazer, na verdade mais um questionamento sobre a minha vida.
[...]
Sobre a mesa do café da manhã, eu devorava tudo que eu via pela frente. Comendo compulsivamente, numa tentativa de esconder meus medos, ansiedade e afins. Passei toda a noite pensando, foi difícil pregar os olhos essa madrugada.
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Garotos como Jeongguk
RomantizmDeveria ser um presente inusitado de dezoito anos se Emilly não fosse certinha demais. Mas ao tentar devolver aquele presente não passou pela sua cabeça a hipótese de uma amizade com aquele vendedor bonito do sex shop. Tatuagens nunca lhe chamaram a...