Brinquedinho

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Minha cabeça buscava milhões de desculpas e nenhuma era boa o bastante para enrolar meu pai. — Ele ainda me encarava sério e nada amigável. Tinha medo de falar alguma coisa e acabar não tendo o que quero. Meu pai nunca levantou a mão para nos mas também não gostaria de passar dos limites, mas dessa vez era diferente. Estava irada com ele soltando fogo pelas narinas, minha boca estava incontrolável.

— Por favor, privacidade? - Peço-lhe.

— Privacidade? Você parece que não tem jeito mesmo, né?

— Está querendo dizer agora que sou uma sem causa? Do mesmo jeito que você fala da minha mãe, por ai?

— Emilly mais respeito comigo, ainda sou seu pai. Não é por que você tem dezoito anos que agora pode fazer o que bem entende, mocinha.

— Isso é piada pra mim. Nem a Helena que é mais velha pode fazer o que quiser. Nem sai! - Suspiro.

— Assunto meu…

— Meu também. Eu moro aqui você é meu pai e me…

— Eu não te devo nada. Ao contrário, Emilly. Você me deve muito… - Não acredito que meu pai estava jogando na minha cara tudo que me fez durante todos esses anos. — Este assunto está encerrado se você fizer isso novamente, eu perco a noção e te loco num internato na Suíça.

Não tinha mais forças para falar nada. Minha pequena alegria de alguns segundos atrás tinha sumido e agora era apenas aquele decepção por ter que ouvir tudo isso do meu pai. Não estava acreditando naquilo não mesmo. — A porta bateu e eu caí na cama.











Jeongguk — Malibu 16:30 PM

— É grande demais, puta merda. - Yoongi dizia pegando um pênis de borracha. — Eu vou tirar uma foto e mandar pro Jimin falando que esse vai ser o presente dele. - Riu e eu acompanhei. — Como alguém consegue usar isso, misericórdia.

— Sei lá… - Dou de ombros.

— Ué…Pensei que você usasse antes para vender depois. - Zomba.

— Vai pro caralho, vai. - Ri. Era um inferno trabalhar naquela loja, todo mundo me zoando fora que as pessoas querem regalias por me conhecer, como usar na sala teste e ir embora.



— Cheguei na cidade hoje Jeongguk e a única coisa que eu fiz, foi vê pênis de diferentes cores, tamanhos e formatos. - Diz. — Tô de férias quero curtição.

— Você tá de férias eu não. Arranja um desocupado pra curtir com você. - Falei rindo e ele revirou os olhos.

— A festa do Jiminie é quando mesmo?

— Nesta quinta feira. Não sei se vou estar lá não…Ele convidou metade daquela faculdade. - Umedeço os lábios.

— E o que tem?

— Muita patricinha e mauricinho. Faculdade de riquinho mimado, não suporto essa gente. - Reviro os olhos e me apóio no balcão com os dois cotovelos.

— Faculdade de que?

— Design. - Respondo sem muito interesse.

— Gente da grana, não sabia que os pais do Jimin tinha tanto assim. - Vejo a malícia em seus olhos. Aquilo não ia dá bom.

— Eles são advogados, provavelmente defendem os traficantes ou sei lá. Mas isso não me importa, a festa era nosso ponto alto então…

— Vamos nessa festa. - Diz com convicção me olhando. Ele ia aprontar alguma coisa, yoongi não brincava em serviço disso eu tenho certeza e falo com maior convicção do mundo.

— Não, eu não vou. - Corrigi sua frase.

— Isso é o que vamos ver…

                        ✤



— Desculpa Jimin mas acho que não dá pra mim. - Falei com tristeza. — To manchada com meu pai e fugir de casa essa semana não é uma boa. - Entrego o convite com um sorriso torto.

— Poxa Emilly! Queria que você estivesse lá… Somos amigos e sem você não vai ser a mesma coisa. - Fez manha me abraçando de lado.

— Mas meu pai…

— Você vai viver naquela prisão máxima, até quando? Hello! Você tem dezoito anos. - Darlla diz e me dá um tapinha nas costas.

— Até quando eu tiver meu próprio teto, Darlla! - Bufo.

— Só se a gente mentir… - Ela sugere e olhei interessada junto com Jimin. — Meu pai e seu pai são amigos, não custa nada eu pedir para você dormir lá em casa nesta quinta feira.

— Ele não vai… disse perfeitamente essa manhã que eu estava de castigo e era da faculdade para casa e nada mais. Até a piscina ele colocou na lista do castigo. - Reviro os olhos.

— Veremos minha cara…

Cheguei em casa e estavam todos almoçando. Já fiquei irritada pela falta de consideração por não me esperar. — Coisa que todo mundo sempre faz, esperar até que todos estejam na mesma. Então me recusei a comer e fui para meu quarto, me deitei na cama e suspirei.

— Não vai comer? - Jéssica entra no meu quarto sem nem bater na porta.

— Educação mandou lembranças. E não, eu não tô afim. - Sou curta e grossa. Sem falar mais nada vou para o banheiro fechando a porta. Segundos depois escuto a porta do quarto bater e aí comecei a me despir. Me abaixei para pegar uma toalha e me assusto vendo aquele vibrador maldito na gaveta.

Um breve pensamento passou pela minha cabeça. — E se eu usasse? Mordi meus lábios e apertei o botãozinho preto que tinha ao lado e aquilo começou a vibrar e rodar me assustando. Talvez se eu usasse pra relaxar antes do banho… - Mordi meus lábios mais ainda quando vou aproximando aquilo da minha calcinha. Abri um pouco das minhas pernas e coloquei em cima do meu clitóris. Aquilo havia me causado uma boa sensação, que arrepiou meu corpo todo.

Nunca tinha me tocado e sinceramente, não sei como estou tendo coragem para fazer agora isso.



— Humm… - Soltei um resmungo quando pressionei o vibrador sobre meu pontinho sensível. Queria ver aquela sensação agora sem minha calcinha. Tirei minha calcinha rosa e vejo uma babinha transparente esticar e depois estourar voltando para o tecido branco da minha calcinha. Corrimento?

Estava com minha respiração ofegante e sem noção absolutamente do que estava fazendo. Quando voltei a pressionar o vibrador rosa em mim uma voz soa tão distante que só me dei conta quando soltei um gemido baixo e abri meus olhos.

— Emilly! Morreu aí dentro? - Era Helena. Ela batia na porta frequentemente.

— Não! - Irrito-me e jogo o vibrador dentro da gaveta. — Não pode mais tomar banho? É uma das coisas que está na lista do castigo? - Gritei colocando a toalha.

— Não sua doida! - Riu. — Só estou chamando pra avisar que seu almoço está na geladeira, vou sair com as meninas e papai vai também.

Minha vontade era de gritar um "dane-se" mas apenas falei um "ok" e ela não diz mais nada. Logo depois escuto a porta bater e me voltou a frustração e culpa por ter me tocado intimamente. — Droga eu preciso me livrar disso antes que eu acabe fazendo alguma besteira…

Garotos como JeonggukOnde histórias criam vida. Descubra agora