Observo algumas crianças brincando, no pequeno playground do shopping. E por um momento me imaginei, do lado de fora, segurando a barra vendo o meu bebê brincando com um sorriso enorme no rosto, aquele sorrisinho banguela que derrete qualquer mãe.
Eu estava fazendo todos os meus exames perfeitamente, sem atrasar nenhum, e o meu filho está perfeitamente bem, ainda em processo de criação de seus membros.
— Daqui a um tempo é você quem vai estar lá, babando pelo seu filhote. — Darlla disse com um sorriso bobo e eu acompanhei a mesma. Mal podia esperar, estava tão ansiosa e ao mesmo tempo querendo que não passe. — Amiga. — Nos sentamos num dos bancos que tinham ali próximo.
— Fala.
— Estou viajando semana que vem. Por que você não vem comigo? — Segurou minha mão.
— Não queria deixar minhas coisas…— Forcei um sorriso, e ela suspirou me olhando com sutileza.
— Está falando daquele carinha, não é?
— Não. — Falo, cheia de dúvidas. Talvez fosse, talvez não, eu nunca iria saber. — Sim, eu acho... — Mordo os lábios. Não queria deixá-lo, não mesmo.
— Amiga. Vocês não tem nada. Você precisa viajar, relaxar, sair daqui.
— Eu estou grávida, preciso de uma estabilidade. Arranjar um emprego, uma casa. Afinal, não posso mais depender do meu pai.
— Sozinha? Fazendo tudo isso sozinha, Emilly?
— Eu sou forte. Eu consigo.
— Eu sei amiga e não duvido disso. — Suspira. — Mas, você…
— Eu sei. Estou grávida, vulnerável e sozinha. — Ri fraco, aqueles eram os rótulos que eu estava ouvindo ultimamente. — Mas eu me sinto forte com o meu bebê.
— Eu fico muito feliz, muito mesmo. Mas acho que você deveria viajar, espairecer um pouco. Seria muito bom, esse ano foi muito conturbado para todo mundo.
— Eu sei e eu prometo pensar nisso. — Ela sorri animada. Voltei minha atenção para as crianças, ficando em silêncio.
— Jimin, não vai mesmo saber da existência do bebê? — Pergunta quebrando nosso silêncio e eu suspiro voltando a olhá-la.
— Não tenho coragem, eu tenho medo.
— Essa criança poderia mudá-lo. Mudar esse comportamento infantil e você sabe… um filho é um amadurecimento. Você mesma, virou super responsável.
— E você acha que com ele seria a mesma coisa, porquê?
— Conhecemos ele… E-eu só acho que sim, você tem que dizer a ele sobre. Não carregar toda a responsabilidade nas costas, e mostrar a ele que você consegue e que não é a bobinha do mundo cor de rosa, que todo mundo conhece. — Diz sem tirar os olhos de mim, passando-me confiança. — Ou melhor, acha que conhece. — Se auto corrige e eu fico em silêncio. Talvez ela tinha razão, colocá-lo nessa responsabilidade poderia ajudá-lo a enxergar que o mundo não é só uma brincadeira de adolescentes.
[...]
— Vou levar apenas uma mala, lá compro coisas. — Kayla diz, suspirando boba. Ela estava indo para o Brasil com alguns amigos, ela seria a primeira a sair de casa. Papai não tinha uma das melhores feições, parecia que tinha se arrependido e a sua cara era hilária. — Passaporte, celular, carregador, fones… — Ela sai conferindo e anotando tudo em seu caderno. Kayla era super organizada e gostava de tudo no seu devido lugar e na ordem certa.
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Garotos como Jeongguk
RomanceDeveria ser um presente inusitado de dezoito anos se Emilly não fosse certinha demais. Mas ao tentar devolver aquele presente não passou pela sua cabeça a hipótese de uma amizade com aquele vendedor bonito do sex shop. Tatuagens nunca lhe chamaram a...