Respirei fundo olhando aquelas pessoas falsas se aproximar. Papai começou a cumprimentá-las e eu apenas sorria simpática junto das meninas. Percorri meus olhos pelo salão e vejo algumas exposições num canto e algumas pessoas ao redor.
— Com licença. — Falo ao meu pai que me olhou brevemente e fez um singelo sinal com a cabeça em afirmação. Vou até os quadros de cores chamativas e desenhos nórdicos. Peguei uma taça de champanhe e fiquei por ali analisando algumas obras.
— Emilly Evans. — Uma voz masculina me chamou e eu automaticamente viro-me. Lá estava o homem mais velho, usando um terno escuro e uma taça de Wisky na mão.
— David Evans. — Sorri animada, indo comprimentar o mesmo. Meu tio, único irmão do meu pai. O médico da família, vive distante de todos nós e só nos encontramos nesses eventos beneficentes. Vou até ele o abraçando. — Quanto tempo.
— Você está linda. — Diz ele após analisar-me da cabeça aos pés. — Virou uma grande mulher.
— Continuas a mesma coisa. — Sou sincera demais, e fico receosa de aquilo ter soado como uma ofensa.
— Onde está seu pai? Está sozinha? — Pareceu nervoso, além de curioso.
— Está toda a família aqui. Literalmente. — Direcionei as palavras finais a ele que sorrio sem graça. — Venha comigo, vamos vê-los. — Tento segurar sua mão mas ele afasta-se.
— Não querida. Eu falo com ele e as meninas em outro momento, hum? — Ele diz apreensivo. — Eu preciso ir agora. Nós falamos ao fim do evento, combinado?
— Claro… Foi bom muito bom vê-lo novamente!
— Digo o mesmo querida. — Saiu tão depressa, que nem retribuiu um aceno. E lá estava eu novamente sozinha com aquela taça em mãos. Resolvi me encontrar com as meninas, mas no caminho meu champanhe acabou, então vou até o bar, na tentativa de beber mais.
— Droga! — Esbravejo irritada, quando algum idiota esbarrou em mim me molhando. — Presta atenção! — Me viro com uma cara nada boa. Afim de encarar o maldito que me fez tomar um banho de champanhe. Mas nessa hora meu coração parecia que iria sair da minha boca. Estava vendo-o na minha frente novamente, depois de dois anos. Jeongguk estava na minha frente, me encarando friamente, suas íris escuras e seu maxilar travado.
— Emilly ! — Parecia que no mundo só tinha a voz dele, junto das luzes que piscavam fortemente. Eu simplesmente não conseguia pronunciar, a não ser sentir vontade de abraçá-lo ou até mesmo beijá-lo. Estava em estado de puro congelamento. Sua voz rouca arrastada ecoa na minha cabeça. — Não vai dizer nada? — Questionou friamente e eu pareço sair do meu transe.
— Com licença. — Falo baixo e tento sair de perto dele. Mas ele segura meu braço e me vira.
— Vai fugir de mim? De novo? — Me olhou no fundo dos olhos. Meu coração batia tão forte que chegava a doer.
Em um ato inconsequente de sua parte, eu tive iniciativa de beijá-lo. Exatamente, eu não corri eu não troquei farpas com ele eu apenas fiz o que tinha vontade. Ele retribui, me beijando com força segurando minha cintura com força. Será que Jeongguk tinha noção do quanto eu senti falta dele? Eu estou enlouquecendo, não é possível. Me solto dele subitamente voltando a mim.
Incrível. Sempre imaginei como seria um encontro nosso depois de muito tempo, e, também eu sempre tinha as respostas certas e o que falar para ele. Mas agora eu não consigo dizer absolutamente nada. Nenhum som é transmitido, eu não consigo. Eu estava me sentindo estranha.
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Garotos como Jeongguk
RomanceDeveria ser um presente inusitado de dezoito anos se Emilly não fosse certinha demais. Mas ao tentar devolver aquele presente não passou pela sua cabeça a hipótese de uma amizade com aquele vendedor bonito do sex shop. Tatuagens nunca lhe chamaram a...