Encarei aquele maldito com puro ódio. Era possível vê minha raiva escorrendo pelo cantinho da boca. Jimin negava várias vezes enquanto falava alguma coisa, mas eu não ouvia. A expressão tinha mudado para mim eu estava surdo pelo ódio.
— Jeongguk! Você precisa entender, cara. — Volto a mim mesmo, podendo ouvir o que aquele merda falava e só merda saía daquela boca. Inacreditável.
— Jimin, apenas assuma seu erro pronto! — Empurro ele. — Acha que depois de tudo terá o perdão dela?
— Jeo…
— Eu não vou perder meu tempo quebrando você, por quê você é desprezível. — Apontei meu dedo na cara dele. — Mas eu acho muito bom saber que seus pais são advogados, por que sem sombra de dúvida você vai precisar!
Emilly Evans
Tudo doí. Até minha cabeça, parecia que iria explodir a qualquer momento. Meus olhos estavam inchados e todo o quarto girava. — Olhei o quarto escuro no qual eu estava e caiu pra trás não suportando minha cabeça. Estava no quarto da casa de Darlla. Ela e Brian tinha me trazido pra cá mais cedo e eu acabei dormindo depois de tanto chorar. Com muito custo me levantei daquela cama e procurei meus sapatos e bolsa. Olhei pela janela e lá fora estava escuro, acho que era umas cinco da tarde mas ainda estava chovendo.
Saio daquele quarto nem querendo olhar para os outros, pois em algum daqueles quartos, tudo aconteceu. Desci as escadas e vejo ela na sala com seu notebook no colo.
— Darlla. — Chamo-a.
— Amiga. — Ela levantou-se e veio até mim. — Você está um pouquinho melhor? Precisa de alguma coisa?
— Estou tudo bem. Embora nem tudo. — Suspiro.
— Está indo embora? Eu posso te dar uma carona pra casa.
— Pode ser. — Suspirei novamente mordendo meus lábios. Olhei meus pés e suspirei pela milésima vez cansada. — Preciso pensar em alguma coisa. Como vou contar para meu pai? — Eu sinto meus olhos pesar novamente. Eu não queria mais chorar.
— Emilly, ele te amo. Na verdade sua família te ama, e vai te apoiar. Não só eles, mas eu e o Brian, também. — Me guiou até a garagem, onde subimos no seu carro. — Fala primeiro com sua irmã. A Helena, ela com certeza vai te ajudar nisso. E outra eu estou aqui também, estou te apoiando mais do que nunca.
Fiquei calada depois daquilo. Precisava de mim, precisava colocar todos meus pensamentos em ordem e respirar fundo quantas vezes fosse preciso. Mesmo sentindo um grande vazio dentro de mim, uma falta de algo. Iria reunir minhas forças e contar a minha família. — Vinte minutos depois eu estava em frente a minha casa, olhando o portão fixamente sem nenhuma vontade de encarar tudo que estava lá dentro. O frio daquele fim de tarde.
Empurrei o portão e entrei já respirando aquele aroma das flores. Subindo o pequeno morrinho dou de cara com a moto de Jeongguk. O último cara que eu queria vê no momento. — Atravessei aquele jardim igual foguete, mas assim que empurro a porta de vidro com dobras de metal, ele me chamou.
— Emilly… — Fiquei parada encarando o meu reflexo na porta sem coragem de encará-lo. A essa altura provavelmente ele já tinha visto aquela merda de vídeo.
— Jeongguk, agora não.
— Emilly, eu sei o que aconteceu…
— E está rindo de mim, agora né? — Me viro encarando ele.
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Garotos como Jeongguk
RomanceDeveria ser um presente inusitado de dezoito anos se Emilly não fosse certinha demais. Mas ao tentar devolver aquele presente não passou pela sua cabeça a hipótese de uma amizade com aquele vendedor bonito do sex shop. Tatuagens nunca lhe chamaram a...