Capítulo XLVIII

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Capítulo sem correção.

Alana entrou embaixo dos pingos grossos do chuveiro pensando como era bom sentir a água morna relaxando seu corpo e em como a irmã desperdiçou todo o prazer que uma vida livre poderia lhe proporcionar se tivesse usado a sua esperteza natural para o bem.
O orgulho e a arrogância haviam desaparecido do semblante e das atitudes de Elen naquele meio tempo. O uniforme da penitenciária lhe tirou a altivez e Alana, apesar de tudo o que a irmã tramara para se livrar dela e assim poder ter Yan de volta, não pode deixar de sentir pena. Elen começava a descer os degraus, que levavam ao lago de fogo e enxofre e não seria fácil, retornar a superfície, se não reconhecesse a necessidade de cultivar a bondade e a prática da humildade.
Fazia quase trinta dias, que a irmã estava presa. Uma semana depois da cerimônia fúnebre de Svetlana, foi transferida da delegacia para o presídio regional. As provas eram tão contundentes, que o defensor público em conversa com Alana e Yan, alertou que apenas poderia tentar diminuir a pena, usando os laudos da depressão, mas que a condenação seria uma realidade. O Ministério Público, com toda a certeza, usaria o abandono da filha doente e as circunstâncias de sua gravidez atual para mostrar que Elen era cruel e tinha uma mente ardilosa.

Cláudia e Rafael tiveram sua intimidade escancarada nos telejornais e páginas policiais, assim como o irmão, que tanto quiseram poupar do sofrimento.
Infelizmente, nada ficou escondido. Elen ajudou a ruir ainda mais a vida de Rodrigo, que não tinha nada a ver com a história.
Alana também, por noites, se culpou. Afinal, o irmão de Rafael tinha ficado sabendo da dupla traição da pior maneira possível. Certamente, a relação do casal com a família nunca mais seria a mesma. O que a consolava era que a vida de uma criança tinha sido salva.

Naquela tarde, foi ao presídio, visitar Elen e
ainda remoendo os diálogos que teve com a irmã, Alana espichou o ouvido para o barulho, que se fez no quarto, logo se deparando com Yan, parado à porta, escaneando sua imagem pelo grande espelho, enquanto passava a toalha felpuda pelos cabelos. O sorriso, que tanto ela amava e que tinha o poder de derrubar suas estruturas se alargou quando seu olhar, cheio de desejo, parou no dela no reflexo a frente.
Sem perceber, Alana segurou a tolha com força entre os dedos e esperou com o coração aos pulos que Yan se achegasse por trás.
Os passos lentos, a fizeram queimar em expectativa até sentir seus braços se estreitando ao redor da sua cintura. O tecido macio e branco foi jogado sob a pia para ter a liberdade de afagar as coxas musculosas de Yan sob a calça.
Provocante, ele aspirou o perfume dos fios e do corpo, úmidos, da mulher que amava, que mordia a boca, segurando o turbilhão de emoções que sentia em revê-lo.

Há alguns dias, Yan teve que viajar à Alemanha, a negócios e Alana não o esperava, ao menos não naquele horário da noite. Sua voz saiu baixa.
__ A promessa foi que chegaria na manhã seguinte.- ela umideceu o lábio e emitiu um meio sorriso.
__ Quis fazer uma surpresa. - as mãos dele subiram e desceram demoradamente, por por seus ombros e braços, sentindo a maciez da pele perfumada, parando para afastar os cabelos, que gotejavam na sua camisa branca e no pescoço de Alana, o qual beijou com a sensualidade habitual.
__ Amo quando me surpreende desta forma.- ela confessou fechando os olhos diante das carícias, sentindo a pressão de seus dedos para que se virasse.
Com devoção, ele percorreu com olhos cheios de saudade, sua face e fez com que seus lábios se encontrassem, passionais, num beijo intenso e recheado de segundas intenções.
Desejosa, Alana o abraçou e pressionou seu corpo contra o dele, sentindo sua ereção se delinear encostada em sua coxa.
Um dia antes, tinha confessado na chamada de vídeo que não aguentava mais de vontade de fazer amor e reclamou também que dez dias longe, eram muita tortura para ela, que se acostumou a dormir em seu abraço. Inebriada pela sedução da sua boca, não ofereceu resistência nenhuma, se arrepiando inteira quando a mão ardente, porém delicada, contornou a borda da toalha, que envolvia seu corpo, a soltando e a fazendo com que caísse aos seus pés.
__ Estava morrendo de saudades suas...do seu cheiro...do seu gosto... - as palavras de confissão, iam sendo intercaladas com pequenos beijos, distribuídos por seu rosto, ao tempo que enfiava os dedos fortes nos cabelos molhados para tomar sua boca novamente.
O beijo quente a devorou e a língua brincou com a sua com sofreguidão, circulando cada recanto, a deixando tonta como se fosse uma droga poderosa.
As mãos de Alana desamarraram o nó da gravata e buscaram afoitas os botões da camisa em busca da pele de Yan, em chamas, descendo para acariciar seu membro, desabotoando o zíper da calça com a habilidade de quem já havia feito aquilo centenas de vezes.
Ele gemeu algo incompreensível quando a mão entrou pelo elástico da cueca e o masturbou sem pudor. Ela com a boca ainda colada na dele, riu levemente, por ver o quanto Yan se entregava aos seus afagos.
Com um gesto súbito, a ergueu pelas coxas e Alana circulou seu quadril com as pernas, enquanto era levada para cima do mármore frio do balcão. Entre suspiros e batidas aceleradas dentro do peito, ela o
guiou para a delicadeza dos seios, agora mais arredondados e o ouviu gemer se deleitando na deliciosa sensação de explorar cada centímetros da pele sedosa deles, brincando com os mamilos endurecidos, a fazendo estremecer com a sensação de desejo que queimava em suas entranhas e a deliciosa dorzinha que seus dentes causavam sobre os bicos, quando recebiam suaves mordidas.
Ela arfou, inclinando ainda mais o corpo, mas logo, sentiu o abandono da boca voraz de Yan neles, e o viu descer, beijando seu ventre apertando suas carnes, parando alguns instantes para abrir o ângulo de suas pernas, explorando com a língua o interior das coxas. Alana gemeu em expectativa pelo que viria e Yan não a decepcionou a fazendo se perder em espasmos de êxtase que a boca quente e a língua experiente lhe proporcionavam.
__ Yan..!- sussurrou num misto de desespero e desejo, sentindo no ritmo cadenciado da língua em seu ponto máximo de prazer, o orgasmo se aproximar e explodir, numa viagem alucinante, que só a boca, os dedos hábeis e o amor do homem de sua vida eram capazes de lhe proporcionarem.
Ainda tremia pelas ondas de êxtase quando ele, se livrou rápido, da calça e da cueca se posicionando em sua entrada e com urgência, a puxou pela cintura, trazendo seu quadril para mais perto, deslizando com facilidade para dentro de sua intimidade.
Yan puxou os cabelos da sua nuca, num castigo carinhoso, a obrigando a deixar o pescoço livre para ser acariciado pela boca ardente, dando o tempo necessário para que ela se ajustasse ao seu tamanho.
Alana cravou as unhas nos músculos dos ombros e vislumbrou o brilho apaixonado do incrível olhar negro dele e a expressão do rosto amado segurando o ímpeto de lhe foder com força. Em todas às vezes, que se amaram, o prazer dela sempre vinha a frente do dele. Controlar seu desejo fazia parte do amor que sentia por Alana.
A silhueta bela e máscula se mexeu numa dança sensual e lenta, mas que foi crescendo e ficando mais impetuosa, conforme a natureza dos dois pedia, os levando em direção à explosão do delírio.
A cada estocada funda, o prazer se intensificava e um gemido sôfrego da parte dele ecoava pelo recinto. Alana entrelaçou os braços ao redor de seu pescoço, segurando as ondas revoltas da cabeleira negra até que ambos chegaram ao ápice juntos. Já sem resistência, sob o efeito anestésico do prazer, uniram seus lábios.
O beijo lento e carinhoso era a forma mais pura de dizer um "eu te amo" sem precisar fazer uso de palavras. Ao final, ambos sorriram e Yan a levou, com suas pernas ainda circulando seu quadril para dentro do box.
__ Não via a hora de te ter de novo... - confessou e a soltou com cuidado, temperando a ducha.
Minutos depois, totalmente saciados, conversavam, enquanto ele ensabova seus seios com delicadeza, debaixo da água corrente.
__ Me sinto perdido sem sua presença. Trabalhava até tarde, para poder me livrar dos compromissos logo. Como passou esses dez dias?- ele quis saber.
Alana deslizou as mãos, fazendo o contorno de seus ombros fortes. Amava esses momentos só deles.
__ Levei Eduarda ao consultório de George... - mordeu a boca, o encarando.__ Espero que não se importe. Era uma das consultas de rotina dela. Adam me ligou para lembrar. Você não estava aqui e...
Ele parou suas explicações com a boca sobre a sua.
__ Não quero explicações. Confio em você! Confio no seu amor por mim!
Mesmo assim, ela fez questão de deixar tudo muito claro.
__ Não fui sozinha. Érika estava comigo. Eu a convidei para me acompanhar e George adorou a surpresa. Provavelmente, ele está comendo na mão dela. Nunca o vi tão empolgado! - sorriu e informou.__Também visitei Elen hoje na prisão.
__ E...? - entrou debaixo do jato de olhos fechados para retirar o shampoo.
__ Desejo de coração que esse tempo lá, a faça refletir sobre muitas coisas.
__ Assim espero, Alie. Todo dia me pergunto como vamos explicar à Eduarda que Elen está presa e depois, à criança, que crescerá e indagará sobre a mãe?!
Alana o encarou pensativa.
__ O tempo e a nossa dedicação a eles nos dará a direção, tenho certeza. Não entrei no assunto "maternidade"com Elen ainda. - disse com um pouco de tristeza na voz.__Talvez, ela nem queira esse bebê. Na penúltima visita me disse que não me receberia mais.Porém, hoje, se mostrou mais aberta a conversar e me acusou menos. Sério, nunca pensei que tivesse ciúmes da relação que eu tinha com nosso pai. Ele sempre fez de tudo para que Elen se sentisse amada.
__ Talvez Elen não se amasse o suficiente para se deixar ser amada, Alie. O ser humano com sua mente é uma incógnita! Nunca li Freud, mas acho que ele explica isso. - sorriu para amenizar as verdades das palavras, que diria.__ Mas conhecendo a mulher com quem me casei há alguns anos, é muito provável que não queira sequer olhar a criança na hora em que nascer! Sua aproximação de Duda e essa gravidez foram porque tinha planos em sua mente deturpada. Nunca foi por amor!
Alana suspirou e o abraçou, informando:
__ Ela já fez a primeira consulta com o psicólogo. Eu também fiz questão de ir ao seu consultório para conversar com ele.
__ Você sempre pensa em tudo. - Yan colou os lábios na sua testa, acarinhando os cabelos molhados dela.
__ Acho importante que ele conheça nossa relação como irmãs, para poder ajudá-la. Não quero desistir dela sem ter tentado ajudá-la, entende isso,Yan?
Ele balançou a cabeça positivamente.
__ Sabe, eu iria me admirar muito se você não a perdoasse. Uma atitude de prazer em vê-la presa e sofrendo, não combina com você! - desligou a ducha, já pegando a toalha.
__Faço porque ela, querendo ou não é uma parte de mim. Fomos geradas ao mesmo tempo. Faço também pelo filho que é seu. Para se ter paz, é preciso dar perdão, Yan!
__ Você não existe! - passou o tecido branco e macio vigorosamente pelos cabelos para retirar o excesso de líquido.__ Às vezes, acordo no meio da noite, para me certificar de que não é um sonho ter você dormindo ao meu lado. - baixou o olhar para o montinho tímido que já começava a despontar abaixo do seu umbigo.__ Alguns dias sem te ver e seu ventre já está aparecendo. - sorriu demonstrando prazer com a observação.__Quando vamos saber se temos um menininho aqui? - abaixou-se para beijar sua barriga.
Alana afagou seus cabelos, se deliciando com seus carinhos.
__ A hora que quisermos! Só precisamos falar com Dr. Ailton e o meu médico. Fecharei quatorze semanas agora no final do mês. Já poderíamos ter feito a sexagem fetal, não fossem tantos acontecimentos, que nos abalaram nos últimos dias. - explicou saindo do box, vestindo o roupão
__ Alie...- a chamou já parado no meio do banheiro.
__ Sim. - virou-se para lhe dar atenção.
__ Se não for menino... - pausou.__estará disposta a engravidar novamente?
Ela sorriu compreensiva e se aproximou.
__ Tenho certeza que é um garotinho! Se não for - procurou seus olhos.__ o bebê de Elen poderá ser.
Ele negou com rapidez.
__ Não. O bebê tem que ser seu! Você é a mulher que sabe amar...esqueceu? Só você pode me dar um filho para quebrar a maldição!
__ Vai ser. - garantiu, o abraçando pela cintura.
Entendia os temores dele. Yan aproveitou o momento para confessar:
__ Preciso lhe dizer uma coisa, que vai parecer horrível aos seus ouvidos, Alie. Eu estou tentando me moldar, mas não é fácil! Por favor, não me julgue! - buscou o ar nos pulmões. __Eu não tenho sentimentos pela criança que sua irmã carrega! Por mais que repita que preciso amá-la assim como amo Eduarda e o nosso bebê, não consigo me enxergar como pai dessa criança!
Alana reconheceu o sofrimento de suas palavras e o abraçou com mais força.
__ Jamais o julgarei por algo que não consegue dominar. Sei que está fazendo tudo o que é certo em relação a esse bebê. Talvez, quando a criança estiver conosco aqui, passe a amá-la. É tudo tão complicado...e eu entendo. Detestar a mãe, que fez muito mal a você e a Eduarda no passado, mas ter que amar o filho que ela carrega não é uma tarefa fácil.
__ Eu imagino que não deva ser para você também. - concluiu.
__ E não é, Yan. Mas eu estou me esforçando. Juntos, eu sei que vamos superar as adversidades!

Na semana seguinte, as expectativas quanto ao sexo do bebê de Alana chegaram ao fim. O exame de sexagem fetal, dizia que um menininho estava a caminho e a ultrassonografia mostrava um feto muito saudável. Yan não cabia em si de tanta felicidade quando deixaram o prédio de consultórios. A primeira pessoa a receber a boa notícia foi Aisha, que estava prestes a tomar o rumo de casa, nos próximos dias. Emocionada, pediu para falar com Alana.
__ Eu soube, assim que pus os olhos em você, que seria a mulher que nos traria algo de bom! Que Deus abençoe infinitamente o seu coração, querida!
__ Aisha, não me faça chorar.- pediu entre sorrisos, já derramando algumas lágrimas, que não conseguia conter.
__ Choro de felicidade a gente não reprime.
Chore o quanto tiver vontade, minha filha!
Alana entregou o celular ao marido, seguindo o conselho da avó. Se derramou inteira  encostada no peito do marido. A imagem de Mike sorrindo lhe passou na mente e então, teve o entendimento, de que sua missão havia sido cumprida. Mike tinha vindo ao mundo para trazer a alegria que muitos haviam perdido. Seus órgãos mantinham a felicidade de muitas famílias, inclusive havia proporcionado que ela e Yan tivessem se conhecido.
Até Anselmo, que ouvia toda a conversa enquanto dirigia, se emocionou!

Três dias depois, Alana e Yan se despediram de Aisha e Luana no aeroporto. Érika também estava junto e acompanhada de George. Luana e o marido permitiram que ficasse por um tempo, como hóspede na mansão. Embora ela estivesse triste de se despedir da mãe, sentia que não poderia abandonar o homem pelo qual tinha se apaixonado assim que pôs os olhos na festa de casamento do primo.

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