Capítulo XXVII

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Capítulo sem correção.

Alana vestiu a saída de banho de algodão quase transparente, sob o maiô branco. Já fazia algum tempo que Yan havia deixado a cama, não sem antes fazerem amor. Na medida do possível estava mais tranquila, embora tivesse sonhado com o filho e acordado no meio da noite, sentindo no ar do quarto o cheirinho dele. As emoções do dia anterior lhe trouxeram a dor da perda ao seu coração. Amanheceu sentindo uma imensa saudade de Mike. Penteou seus cabelos em frente ao espelho, ajeitando os óculos de sol, no alto da cabeça, desceu as escadas de dois em dois degraus com um sorriso no rosto. Pretendia que assim que voltasse da caminhada à beira mar, ligar para o consultório médico e marcar uma consulta.
Encontrou Alfredo voltando da área da piscina. Ele sorriu com simpatia.
__ Bom dia, senhora Alan..
__ Senhora, Alfredo?- juntou  as sobrancelhas rindo.
__ E só uma questão de respeito. Não consigo acostumar. Vejo com satisfação que está melhor hoje. A casa se enche de apreensão quando notamos que não está bem.
__ Obrigada pelo carinho que sei que todos têm por mim. Uma nuvem negra pairou ontem sobre este lugar...
Ele abaixou a voz, colocando a mão na boca.
__Não deixe senhor Yan saber e me perdoe a indiscrição, mas ninguém gosta da senhora Elen aqui.
__ Se quer saber, Alfredo...nem eu suporto ela! - piscou e passou a mão no bolo de limão que ele trazia na bandeja.
Mordeu um pedaço, sentindo o sabor azedinho nas papilas linguais. Fechou os olhos de prazer.
__Hummm, que delícia!! Por que está o levando de volta para a cozinha? Yan já tomou café e saiu? - questionou já meio decepcionada em pensar que ele teria saído sem despedir.
__ Ainda não. Está tomando café numa das mesas à beira da piscina. Vou trocar o sabor do bolo apenas.
__ Por que? É o meu preferido!!
__ Falei isso para o senhor Yan, mas ele pediu para trazer de volta até que se levantasse e levasse um outro.
__ Então não precisa mais. - concluiu com um sorriso.__ Eu mesmo levo ele de volta. Vou devorá-lo inteiro! - brincou.__ Obrigada, Alfredo.
Tomou a bandeja e saiu para fora. Mas seu sorriso perdeu o brilho.
Svetlana, com sua inconfundível cabeleira ruiva, posicionada às costas de Yan, que estava sentado, se debruçava sobre seus ombros, com o rosto quase colado ao dele, mostrando algo em seu celular. Conversavam sobre alguma coisa e levantaram a cabeça ao sentir sua presença parada perto da mesa. Respirou fundo para acalmar as violentas batidas de seu coração e procurou disfarçar o baque que a cena teve em seu emocional.
A ruiva endireitou o corpo e lançou um olhar a examinando de alto a baixo. Yan levantou, lhe dando um beijo na bochecha.
__ Não achei que fosse acordar tão cedo!
__Bom dia Svetlana! - foi educada.
__ Como vai? - a outra cumprimentou, fingida.
Ela depositou a bandeja sobre a mesa, tremendo por dentro e Yan puxou a cadeira para que ela se sentasse ao seu lado. Sabia que a ruiva estava ali por assuntos de trabalho e fez questão de  ignorá-la. Não tinha porque ser agradável ou fingir que gostava da sua presença na mesa do café da manhã.
__Resolvi dar uma caminhada... - Alana disse servindo-se do suco de mirtilo. __ Não quer me acompanhar, Yan?
__ Gostaria, mas tenho algumas coisas para resolver...Talvez, à tardinha se estiver disposta, poderemos levar Eduarda também.
__ Vai estar ocupado o dia todo? - indagou passando manteiga num pãozinho.
A ruiva nem esperou Yan responder, se adiantando:
__ Temos duas reuniões à tarde e vários assuntos agora pela manhã.
Olhou para o chefe o alertando com a natural intimidade que tinha com ele.__ Nem pense em desmarcar nada Yan, não vou dar conta de tudo sozinha!
Contando mentalmente até dez  para não mandar Svetlana calar a boca,  encarou Yan, em busca da resposta. Afinal, a indagação tinha sido feita a ele e não à assistente. Yan entendeu o seu olhar.
__ Infelizmente, sim. Dia cheio. - bebeu um gole do café.__ Uma mina, em Angola, desabou com alguns homens dentro e mesmo sendo funcionários de uma  terceirizada preciso tomar decisões importantes. Não posso ser alvo de processos por negligência.
__ Claro, eu entendo. Muito grave o acidente?
__  Sim. Dois trabalhadores estão sob os escombros. Não houve vítimas fatais.
__ Graças a Deus! - suspirou. __Então, já que não o terei hoje...acho que irei ao cemitério visitar o túmulo de Mike. Algum problema?
__ Não, em absoluto, mas tem certeza que isso fará bem a você?
__ Acordei pensando nele hoje...
De canto, cortando um pedaço de queijo, percebia a ruiva digitando algo no celular, como se não prestasse atenção ao que conversavam. Nem Yan, fez questão de inseri-la na conversa.
__ Então peça a um dos seguranças para te levar até lá. Precisarei dos serviços do Anselmo.
Ele, novamente, demonstrou apreensão.
__ Se quiser esperar posso te acompanhar num outro dia. Não me agrada a ideia de ir sozinha lá.
__ Não precisa Yan, eu ficarei bem. Obrigada pela preocupação.
Alfredo se aproximou trazendo as fatias de um outro bolo, depositando à frente dos três, se virando com sua costumeira educação e cerimônia, à Svetlana.
__ Espero que este o agrade, senhorita.
__ Está ótimo, Alfredo. Obrigada! - agradeceu e mal olhando para o serviçal, reclamou.__ Não entendo porque Henri insiste em fazer esse bolo azedo. Ninguém suporta!
Alana sentiu seu sangue colorir sua face, diante de tanto atrevimento! Se atirou na cadeira, lançando um olhar mortal sobre a ruiva. Aquela era a sua casa, ela era a esposa de Yan e era ela quem daria às ordens ali. Lembrou dos conselhos de seu pai," Quanto mais nos abaixamos, mas os fundilhos aparecem.", lhe encorajando a responder à altura.
__ Pois saiba que é meu bolo favorito, Svetlana! Henri simplesmente faz para me agradar! Sinto muito se não gosta, mas normalmente não temos visitas para o café da manhã. Se dê por feliz por ele ter outro para satisfazer o seu paladar! Aqui não é uma confeitaria para que Henri fique agradando a todos!
O telefone de Yan tocou no exato momento, em que ele iria dizer algo para acalmar os ânimos. Sem jeito, pediu desculpas, saindo para um lado para atender. Svetlana, fazia questão de colocá-lo numa situação desconfortável, mas estava gostando de ver Alana se defendendo sozinha.
__ Mostrando as garrinhas, sua sonsa! - a ruiva foi direta em voz baixa, assim que o viu parado duas mesas longe delas.
Alana a olhou por alguns segundos e emitiu um sorriso sarcástico de canto de boca. Rebateu no mesmo tom e volume de voz.
__ Não. Simplesmente, lhe avisando que aqui, é o meu território e você é apenas uma funcionária. O fato, de que algumas vezes, tenha frequentado a cama do meu marido e de ter feito algumas refeições com ele depois disso, não lhe dá o direito de escolher coisa alguma nesta casa! Não pense que vai bancar aqui dentro, por que não irei permitir! Não me subestime!
Svetlana riu de leve, talvez, para disfarçar a surpresa por Alana ter reagido. Em revide, a atacou  no ponto que sabia ser fraco.
__ E então, como foi ter a amada de Yan de volta à mansão? Ele fez amor com você quantas vezes ontem, para espantar a imagem que o atormenta dia e noite?
Alana apertou suas mãos uma na outra, se mantendo impassível e olhou para o copo a sua frente, que continha pela metade, o liquido vermelho. Controlou o impulso
__ Se fosse uma pessoa inconveniente, mal educada e com pouco amor próprio como você, me rebaixaria lhe atirando esse copo na cara, mas como não sou, posso lhe descrever o quanto é bom ter Yan todos os dias na cama...Quer os detalhes? - ergueu uma sobrancelha.__ Ah, esqueci você os conhece bem...
Sorriu, desviando os olhos para o lado, mas voltando logo a atenção, mostrando seu  descontentamento por estar tendo aquele tipo de conversa.
__Você o teria se fosse possível, mesmo que Yan estivesse pensando em outra... Acho que nesse ponto, você seja mais fracassada do que eu... Você perdeu Yan para minha irmã, mas eu ainda estou na competição!
Tirou os olhos desafiadores de cima da rival, quando Yan voltou a sentar-se. Ele rolou os olhos de uma para outra.
__ Algum problema? Alana? - franziu a testa.
__ Tudo na mais absoluta paz, Yan! - jogou o guardanapo com força em cima da mesa.__ Vou até a praia se precisar de mim, estou levando o celular.
Levantou e antes que pudesse dar dois passos, ele a segurou pela mão.
__ Não vou ganhar um beijo de despedida? - sorriu.
Alana se abaixou para dar um selinho, mas Yan a segurou pela nuca lhe desferindo um beijo cheio de ternura, como se quisesse lhe dar tranquilidade, mas no fundo, não sabia distinguir se fazia por carinho a ela ou para deixar a ruiva enciumada. Todavia, deixou que seus lábios brincassem com os dela, ciente de que a outra assistia a tudo com ódio mortal.
__ À tardinha estarei de volta! -sussurrou em seu ouvido, afagando sua nuca.__ Estava perfeita hoje pela manhã...Não tem ideia de como fica linda dormindo nua sobre os lençóis...
O modo como falou, fez Alana estremecer. Não era fácil resistir aos apelos de seu corpo cada vez que ele insistia em provocar a sua libido. Se afastou, sem se despedir de Svetlana, em direção a escadaria que levava à praia.
Cruzou por Rafael, cumprimentando-o, que a seguiu até terem a certeza de que não poderiam ser mais vistos.
Rafael se posicionou ao seu lado, caminhando com as mãos cruzadas atrás do corpo.
__ Hoje, você está com a aparência melhor! Fez as pazes com o patrão? - sorriu.
__ Tivemos um desentendimento, mas hoje estamos relativamente bem...Conhece a assistente dele?
__ A ruiva, com nome russo?
Ela balançou a cabeça  em positivo.
__Sim, de vista, lá da empresa. Já fizemos a sua segurança algumas vezes, em que precisou ir ao banco levar pedras preciosas para pôr no cofre.
__Sobre ela e Yan, sabe de alguma coisa?
Ele parou a olhando por alguns segundos.
__Porque quer saber? Sei que é de extrema confiança de seu marido...se não fosse não confiaria a senha do cofre do banco.
__ Pois é. É endeusada por todos... - respirou pesado. __Ela dá em cima do meu marido descaradamente! - desabafou.__ E eu sei que eles já tiveram um caso.
__Se sente insegura diante dela?
__ Qual mulher não se sentiria! Ela é linda, elegante, classuda...mas de extrema inconveniência!
__ Realmente, ela é muito bonita. Contudo, não deveria se sentir tão para baixo. Nem sempre a beleza é o principal numa mulher.
Ela até pode seduzir momentaneamente os homens, mas depois da primeira noite juntos, algumas mulheres têm que terem algo a mais para nos encantarem. E acho que esse seja o motivo para os dois não estarem juntos.
__ Pode até ser... mas acho que não é esse o ponto com ela e Yan.
__Sabe, as conversas na empresa...entre os funcionários correm... Só acho que se a quisesse de verdade, nada o impediria de ficar com ela. Conhecendo você, mesmo que a pouco, já posso entender porque o senhor Yan, a escolheu para se casar com ele. Com todo respeito, além de bonita, você tem qualidades...
Alana suspirou parando a sua frente, segurando os cabelos que teimavam em esvoaçar por causa do vento marítimo.
__ Yan me escolheu porque sou a personificação da mulher que ele realmente ama: a minha irmã. Eu reúno as qualidades que queria que ela tivesse...em personalidade. Elen é muito diferente, entende?
__Eu entendo. Quando disse que sua relação era de negócios, se referia a exatamente a que? - percebendo que entrava num assunto tão íntimo, se desculpou. __Acho que estou me intrometendo aonde não sou chamado, não está mais aqui quem falou.
__ Não. Sem problemas. Sabe que perdi meu filho recentemente e toda a história da doação...Fiquei muito abalada, carente...caí na lábia dele! Yan quer um filho...por questões familiares e assim que puder dar isso a ele, iremos nos separar. Esse é o teor da negociata. Só que para mim, vai ser muito dolorido... Acabei me apaixonando...acabei colocando sentimentos onde não deveria haver. Fui tomada pela ilusão.
__ Achou que poderia conquistá-lo?
__Sim, mas agora, com a volta da minha irmã...vejo o castelo de areia se desmoronar!
__ E acha que não pode?
__ Estou tentando, Rafael. Não quero viver esses dois anos cobrando amor da parte dele, por que sei que não pode me dar. Ninguém manda no coração. Depois, desse tempo, teremos que manter uma relação cordial por causa da criança. Temo que as coisas fiquem tão insuportáveis entre nós, com essas discussões, que acabem atingindo mais tarde nosso filho.
__ Ou filha. - ele a encarou sério.__ Pode ter uma menina.
__Sim, não descarto essa possibilidade também.- sorriu imaginado uma cópia de Eduarda. __Mas a preferência é por um menino, é disso que ele precisa.
__ Se Cláudia não abortar, teremos uma menina.- ele sorriu com tristeza.
__ Já sabem o sexo? Achei que ela estivesse grávida de pouco tempo?! - questionou admirada.
__ Está com 4 meses. Não aparece porque ela é cheinha...Cláudia é o que as pessoas chamam de fora dos padrões. Entende quando digo que a beleza externa não é tudo?
__ Meu Deus, mais de 16 semanas!
__ Ela já se mexe. - seus olhos se encheram e seu queixo tremeu.
__ Rafael, -puxou seu rosto, que olhava amargurado para o azul do mar ao longe.__ abra o jogo com seu irmão! Assumam as consequências dos seus atos! Uma criança não pode pagar pelos erros de vocês dois!
__ Já pensei nisso várias vezes...Mas cadê a coragem de chegar para chegar em Rodrigo e contar que dormi com sua noiva, que fiz um filho nela e que a amo mais do que a minha própria vida?!! - ele pôs desesperado as mãos na cabeça, voltando a lhe encarar. __Ele vegeta numa cadeira de rodas depois de ter tomado um tiro. Rodrigo era policial civil, delegado, e a bala o paralisou da cintura para baixo. Ele está revoltado, depende da minha mãe e de uma enfermeira para tudo e a única coisa que restou para ter a razão de continuar vivo, foi Claudia!- desta vez, ele não pode conter o choro.
Sentou-se na areia morna e fofa da praia. Alana se ajoelhou ao seu lado.
__ Ela também está desesperada! - acendeu um cigarro com as mãos trêmulas e limpou os olhos com as costas da mão. __Pensou em fugir, mas isso também acabaria com meu irmão! Por mais que me ame, ela não suporta ver o sofrimento dele e ainda mais, agora, ter que causar outro, dizendo que o deixará por que terá um filho meu! Que o traímos de uma forma covarde! Não sabemos o que fazer! Não pense que ela é uma pessoa má e egoísta ! Não é.
__ Rafael... essa criança não pode ser dada em sacrifício para que seu irmão e vocês dois se sintam melhores! - arrazoou.
__ Não queremos matar essa criança!! Ela chora dia e noite! Os meus pais e os dela, não nos perdoarão!
__Deus, que situação! - exclamou, penalizada por ver o quanto ele sofria.
Rafael continuou, precisava desabafar e ela o escutou:
__Eles se conheceram no ensino médio...Meu irmão, estudioso e eu, vida louca! Já tinha repetido duas vezes, o terceiro ano e eu já era apaixonado por ela. Só que, como Cláudia era gordinha, não podia manchar minha fama de pegador de garotas gostosas e populares. Quando saímos do ensino médio, ela entrou na faculdade, meu irmão se formou e eu fiz curso para segurança e assim que ele acabou a universidade, passou no concurso para delegado. Eu procurei me especializar na única coisa que sabia fazer...brigar, dar porrada! Passou o tempo, ela morou num outro estado e só voltei a vê-la quando Rodrigo a levou lá em casa para nossos pais a conhecerem.
Sofri ao ver meu irmão, colocar uma aliança no seu dedo, lhe fazer juras de amor...O odiei, desejei que morresse para ele a deixar. Até que um dia, não aguentando mais, falei pra ela tudo o que sentia. Acabamos transando.
Ela nem tinha se entregado ao meu irmão ainda, acredita?- riu de leve, como se a lembrança o aliviasse.__ Ela me confessou que chegou a ficar com ele para se manter perto de mim...Que sempre me amou... A partir dali não conseguimos mais ficar longe um do outro.
Eu fui muito babaca! Por imaturidade, não queria admitir pra mim mesmo que amava alguém que sempre foi a chacota na escola, mas ela me completava cada vez, que conversávamos...cada vez que sentávamos lado a lado para que me explicasse algo que não entendia nas aulas...o seu modo de me olhar, de falar...de rir... ela me encantava...Então, ficava com outras meninas para tentar afastá-la do meu pensamento.
Então, meu irmão e ela se reencontraram...Ele a tratava bem, era carinhoso e ela se iludiu, achando que com o tempo pudesse vir a amá-lo. Isso não aconteceu.
Quando decidimos que iríamos contar a todos, não importando as consequências...ele foi baleado, ficando vários dias entre a vida e a morte...Me senti o pior dos homens, por ter desejado a morte de Rodrigo. Antes, ele tivesse morrido! Teria sido menos doloroso para ele...
Alana pousou a mão em seu ombro, num gesto de consolo. Conhecia bem a dor de estar sofrendo.
__E se ela ficasse em algum lugar até a criança nascer? Quem sabe vocês podem oferecer o bebê para adoção... É um a hipótese. Melhor do que aborto. Vocês não vão conseguir viver com essa culpa!
__Pensamos nessa possibilidade...mas nada fica oculto por muito tempo, Alana! Não terei como bancá-la esse tempo, longe daqui. O que ganho não é suficiente para isso.
__Rafael, deixa eu falar com ela. Sei que vai vê-la hoje à tarde... Vamos tentar achar uma solução.
__ Alana não quero meter você nessa confusão...Seu Yan pode descobrir, pode não gostar. Posso até perder meu emprego, o que complicaria ainda mais minha vida.
__ Prometo a você que ele não vai descobrir. Vou ao cemitério hoje, na cidade vizinha. Ligue para ela e a convide para ir com a gente, você será meu motorista. Anselmo estará ocupado.
__ Tem certeza? - ele a encarou,  acendendo um outro cigarro.
__ Absoluta! Confia em mim, Rafael! Talvez, se ela tiver um apoio as coisas pareçam ser mais fáceis. Não vamos deixar ela tomar essa decisão sozinha. É o fruto do amor de vocês! Tá certo que é algo que magoaria demais seu irmão...que não deveria ter acontecido...mas aconteceu!
__Obrigada por fazer me sentir melhor! Se pudesse voltar no tempo....
__Todo mundo já disse essa frase antes, em algum momento desesperador de suas vidas... Não podemos voltar, mas podemos escrever o futuro! Aprendi isso com Yan, por mais irônico que seja, ele tem razão.
Ela retirou da bolsinha a tiracolo, seu celular, olhando as horas.
__ Melhor voltarmos. Ligue para Claudia e marque um lugar para nos encontrarmos. 
__ Vou fazer isso. - levantou, batendo a areia da calça preta que usava.

Gente, queria chegar até a ida dela ao cemitério... mas não consegui. No próximo capítulo, ela terá uma surpresa que vai abalar as estruturas de Yan!

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