Capítulo XXIX

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Capítulo sem correção.

Enquanto Alana remoía a descoberta do quarto, lá se foram dois dias e Yan passou esse tempo em casa, delegando vários compromissos a equipe de Svetlana. Observou várias vezes, ele rejeitar ligações, que não sabia de quem, mas que imaginava serem da irmã, a julgar pelo que escutou da boca de um de seus advogados, numa conversa, quando eles o receberam, juntamente com sua esposa, para um jantar informal, na noite anterior.
Na maioria do tempo, ficava perdida em seus pensamentos e o quarto do terceiro andar, ocupava uma parte deles.
__ Está bem, Alie?- Yan quis saber quando caminhavam à beira mar naquela tardinha.
__ Sim. Porque a pergunta?
__ É que sempre conversa muito...me faz rir de qualquer bobagem...e há dois dias, noto que está diferente.
__ Deve ser impressão sua. Continuo a mesma.
Ele parou na sua frente, analisando suas feições.
__ Pode ser, mas acho que está me escondendo algo ou está triste.
Ela riu de canto.
__ Não. O que poderia esconder?
__ Seu telefone não para ultimamente.
__ Tenho conversado com Fran quase todos os dias. Ela está de atestado e então, ficamos jogando conversa fora.
Era uma meia verdade, pois também se comunicou com Cláudia muitas vezes.
Eles continuaram a caminhar lado a lado, devagar, pela areia molhada.
__ Na semana que vem está de aniversário, não é mesmo?
__ Sim. Vinte e cinco anos.
__ Achou que não lembraria?
__ Que eu me recorde, nunca falei a data de meu nascime...- pausou constatando o óbvio. __Ah, claro, como esqueci disso! Eu e Elen nascemos no mesmo dia. Por isso não tem como você esquecer.
__ Alie... eu... - segurou a respiração, se dando conta da besteira que tinha dito.
__ Eu..? - juntou as sobrancelhas.
__ Não tenho como mentir. Fui casado com ela... essas coisas não se esquecem.
__ Não estou te cobrando, Yan! Apenas fiz uma constatação. Eu entendo perfeitamente, porque lembro também, do dia do aniversário de Alex, todo mês de setembro.
Ele chutou uma concha para água, olhando o balançar das ondas mansas a sua frente.
__ Tem falado com ele? - tentou dar um tom sem importância na indagação.
__ O que teria para conversar com Alex? Nosso filho, que era nosso único elo, não existe mais.
__ Sempre ficam coisas para serem faladas...para serem esclarecidas... sentimentos mal resolvidos...
__ Pode até ser que tenha razão, mas não acho importante ouvi-lo nesta fase da minha vida. - disse o envolvendo com os braços por trás, encostando o rosto em suas costas.
__ Voltaria a ficar com ele, se não estivesse comigo? - pausou.__ Quero dizer, se ele tivesse mudado, se tornado mais experiente...Porque depois que tiver meu filho, você estará livre.
Alana fez a volta ao redor de seu corpo.
__ Isso acontecerá também com você. Vai poder ter sua vida. Esse é o trato, não é mesmo? Se quer saber, não precisarei de ninguém junto a mim. Uma mulher com um filho tem que escolher muito bem com quem irá dividir a vida. Quem me quiser, terá que querer nosso filho. E você, voltaria a ficar com Elen se ela mudasse?
Ele sorriu com ternura e passou uma mecha do cabelo dela para trás da orelha, com carinho.
__ Por isso escolhi você para ser mãe dele. É muito centrada. Essas questões também me preocupam. Alguns homens fingem no início de um relacionamento, que tudo bem ter filho de outro, mas depois, no dia a dia, as coisas mudam. Com minha mãe, por exemplo, foi assim. Eis um dos motivos para ter ido embora do Brasil morar com meu pai.
__ Achei que tivesse ido por vontade. Nunca se abriu sobre essa fase.
__ Até um certo tempo, foi ok. Minha mãe casou novamente e logo engravidou de Igor. Sempre nos demos muito bem, mas sabe como é a adolescência...comecei a criar problemas e meu padrasto não aturava muito. Enfim, comecei a ser problemático, infringir regras...Hoje estamos bem. Somos dois homens adultos e não disputamos mais o amor da mesma mulher. - riu __O resto você já sabe, fui morar com meu pai na Romênia, o que foi ótimo. De um jeito ou de outro, eu acabaria indo mesmo.
__ É, adolescentes são fogo! Mudam apenas de endereço. Mas não respondeu a minha pergunta...
Yan enfiou as mãos nos bolsos da bermuda.
__ Quer saber se eu perdoaria Elen, se ela mudasse?
__ Sim.
__ Não vejo esta possibilidade. Sua irmã não me merece. Aliás com posso aceitá-la de volta, depois de tudo? Acho que é a mesma situação. Terei que pensar com quem dividirei minha vida também. Terei duas crianças... - torceu a boca tentando parecer engraçado.__ e duas ex-esposas!! Provavelmente, isso irá espantar as candidatas.
Alana não deixou que a tentativa de se fazer engraçado, tirasse o foco da seriedade da discussão.
Essas conversas não eram tão comum entre os dois.
___ Mas as pessoas, acredito, que erraram, merecem uma segunda chance. - jogou para saber suas reais intenções.
___ Não sua irmã. As amarras que me ligam ao passado já não são tão fortes. Existem outras possibilidades...
___ Svetlana? Ela não esconde de ninguém que te quer.
___ Quem pode dizer? Eu posso até me apaixonar por você! - apertou seu nariz, como quem brinca como uma criança e desviou os olhos para o céu, que começava a nublar.
Seu coração disparou, mas conteve a alegria que aquela declaração causava.
__ Ambos sabemos que se isso fosse acontecer, já estaria se derretendo por mim.- ela levou na brincadeira a observação e o empurrou para a água. __Na verdade, Svetlana só espera uma chance sua, que eu sei.
Yan lançou um sorriso enigmático, voltando para o seu lado.
__ A noite promete chuva...- desviou do assunto.
__ Parece que sim.
Sem opção para continuar ela questionou:
__ Quer voltar?
__ Seria prudente.- segurou sua mão levando aos lábios. __ Já pensou o que vai querer de aniversário?
__ Bolo.- ela sorriu encantadoramente. Estar com ele era só o que desejava na vida.
__ Não seja boba! - a puxou dando meia volta.__ Estou falando de alguma coisa que possa guardar como lembrança. Ou que sempre tenha sonhado muito... Posso realizar quase todos os seus desejos.
Alana mordeu o lábio, enquanto o acompanhava, já sentindo o vento mudar.
Sim, ele poderia comprar tudo o que ela desejasse, mas não poderia lhe dar a única coisa que realmente a faria feliz, seu coração e a chance formar uma família com ele.
Disfarçou, mesmo sendo tão evidente o que lhe passava pela mente. Ela o amava e Yan sabia bem disso.
Quando entraram em casa, já caía os primeiros pingos ralos de chuva. A babá de Eduarda veio ao encontro dos dois com um ar preocupado.
__ Senhor Yan!
__ Sim?
__ Temos um probleminha lá em cima.
Notando o ar angustiado da moça, Alana indagou, já se dirigindo para a escadaria.
__ Aconteceu alguma coisa com Eduarda? - parou, girando o corpo.
__ Qual problema? - Yan questionou.
__ A mãe de Eduarda...Não sei como conseguiu, mas passou pela segurança. Está lá em cima, com a pequena.
Yan passou as mãos pelos cabelos, nervoso.
__ Era só o que faltava!Provavelmente, os seguranças acharam que era você, Alie. São dois homens que vieram para cá ontem. São novos. Preciso falar com essa empresa de segurança. Toda semana troca de pessoal!
__ Hoje é a folga de Rafael.
Ele a encarou.
__ Como sabe disso?
Pega de surpresa, remendou:
__ Ah, é que ele me disse, quando fomos ao cemitério, os dias que não estará aqui.
Sem dar chances a Yan de mais especulações, foi subindo os degraus. Ele avisou, passando por ela com rapidez.
__ Vou resolver. O dia de visitas é amanhã.
__ Deixe que eu falo com ela, Yan!
__ Melhor, não. Você sabe como Elen é desagradável quando quer.
__ Sei. Mas querendo ou não, terei que conviver com ela, Elen é minha irmã. Além do mais, Eduarda se sentirá frustrada por não conseguir ser entendida.
__ Tem certeza? Às vezes, Elen é cruel. Detestaria saber que ela te magoou.
__ Vou subir. - afirmou.
__ Tudo bem. Vou com você.
Enquanto andava, Alana estava apreensiva. Respirou fundo, sentindo Yan segurar e apertar com força a sua mão. Não sabia se era para passar segurança ou para se sentir seguro. O fato é que estranhamente, um precisava do outro naquela hora, para enfrentar aquele fantasma.
Pararam à porta do quarto, ao ver Elen querendo obrigar que a filha ficasse em seu colo, mostrando algumas figuras, tentando se comunicar com a pequena, que visivelmente estava irritada.
Assim que Eduarda os viu, parados, se desvencilhou e olhando para a tia e depois, para a mãe, deixou a confusão se mostrar em suas feições. Logo, começou a chorar e correu para os braços do pai, escondendo o rostinho na curva de seu pescoço. Yan a protegeu no abraço, acalmando seu choro, passando a mão ao longo de seus cabelinhos.
Alana foi conclusiva, enquanto sentia-se ser observada pela irmã.
__Ela não assimilou ainda que somos irmãs gêmeas, Elen! As coisas deveriam ter sido preparadas. Erramos. Um psicólogo será necessário daqui para a frente.
Tocou o ombro da sobrinha para chamar sua atenção.
Ela virou o rostinho cheio de lágrimas.
Alana gesticulou:
"Aquela é sua mamãe...eu sou sua titia. Sabe o hospital? Lá onde você colocou um coraçãozinho novo?"
A sobrinha parou, com olhos atentos.
"A mamãe também ficou dodói. Ela precisou curar o coração dela...igual a você. Por isso ficou um tempo longe da Duda."
"Doía também?"- sinalizou.
"Sim. Doía. E exatamente, como você, ela não podia vir aqui brincar... lhe dar carinho...Ela agora está bem e quer ser sua amiga e ser sua mamãe.
Olha, presta bem atenção na tia Alie! Eu e ela nascemos da mesma barriga. Somos irmãs e por isso somos tão parecidas.
A menina virou o rosto para Elen.
Alana, cutucou sua mãozinha.
"Lembra da história das duas Joaninhas, que tia Alie contou? Uma era amarelinha com pintinhas vermelhas e a outra, vermelha com pintinhas amarelas?"
Duda sinalizou que sim.
"Então, é a mesma coisa! As Joaninhas eram irmãs, nasceram do mesmo ovo e brincavam nas mesmas folhas da plantinha, mas assim que ganharam forças nas asinhas, elas se separaram. Foi o que aconteceu comigo e a mamãe Elen. Então, papai conheceu a mamãe e você nasceu. Mas como os seus corações estavam dodóis, mamãe Elen ficou longe, tomando remédios... o médico cuidando dela...igual a você, Duda.
Eduarda se atirou para o colo da tia, apertando com força seu pescoço, em busca de mais segurança.
Yan se escorou no batente da porta, visivelmente, emocionado. Alana usava a língua de sinais, mas usava a oral também, para que ao menos, Elen entendesse o que estava sendo conversado com a filha.
A tempestade que havia se formado dentro dele estava sendo tão intensa quanto a chuva que via cair agora, grossa, batendo nas vidraças. O modo como Alana falava tinha tendência de acalmar seus nervos, assim como os da filha. Elen seguiu a irmã com os olhos, aceitando o convite para sentar na cama e Alana, viu com alegria que havia um lampejo de sentimentos neles.
" Que tal se a gente virasse professora da mamãe Elen?! Aposto que ela quer aprender alguns sinais. Você é a prof., Duda! - sinalizou, com entusiasmo exagerado nas expressões.
Eduarda abriu um sorriso, descendo rapidinho do colo da tia e ficando na pontinha dos pés, alcançou o livro de LIBRAS, em cima da cômoda, laqueada, rosa.
Alana pousou o olhar na irmã e sorriu querendo ser pacífica. Não pretendia usar Eduarda para atingir seu  objetivo, que era o de conquistar Yan. Tinha plena consciência que aproximando mãe e filha, estava afastando ainda mais Yan de seu coração. Mas para Alana, seria insuportável ver a sobrinha sofrer. Se Elen estava disposta a conquistar o coração da filha, jamais pensaria em não ajudar.
Algum tempo depois, quando perceberam que Eduarda estava cansada, a babá a levou para o banho e depois, para fazer uma refeição.
Os três ficaram parados no meio do quarto, a vendo sair, abanando para eles.
Yan se pronunciou, exasperado, logo que a babá sumiu de suas vistas:
__ Você precisa nos avisar quando vai aparecer, Elen! Assustou a menina! Seu primeiro contato com Duda foi muito superficial. Ademais, um de nós tem que estar presente!
Ela não pareceu se abalar com a repreensão.
__ Infelizmente, amanhã não poderia vir. Avisei aos seus advogados e também te liguei, mas como não atendeu nenhuma das minhas ligações ou mensagens... vim por conta. Achei que um de vocês estaria em casa.
__ Elen...- Alana chamou cheia de cuidados.__ Tenho certeza que Yan não fez por gosto, em não atender seus telefonemas.
Elen caminhou segura e imponente em seu salto alto, usando um terninho nude, combinando com o macacão preto, que modelava com perfeição as suas curvas. Passou a mão na bolsa, que tinha largado na poltrona próxima, olhando para Alana.
__ Aprendeu rápido a deixar de ser songa monga! - atacou sem se importar com a presença de Yan ali. __ Até eu fiquei embevecida... - fez uma cara de espanto debochado. __ Está jogando a minha altura agora!
__ Você só pode ser louca! - o sangue tingiu a face de Alana.__ Se refere exatamente a que?
__Ora irmã... deve ter feito um ótimo curso de teatro pra impressionar! Não ache que sou incapaz de conquistar minha filha sozinha! Me conhece bem, sabe que quando quero algo ninguém me impede!
Virou as costas, jogando a bolsa no ombro e saiu.
Alana ficou ali, de olhos arregalados, não acreditando no que tinha ouvido.
Yan se aproximou e ela o questionou:
__ Acha o mesmo que ela?
__ Você só pode estar brincando! - a envolveu num abraço apertado.__ Não leve tudo o que Elen diz sobre você tão a sério! Eu sei quem você realmente é e como pensa. E isso basta! Você não precisa provar nada, Alie! Sua irmã viu que Eduarda te adora e que vocês tem um vínculo muito forte!
__ Não quero usar Duda numa competição sem sentido!!
__ O que temos a fazer? - segurou o seu rosto entre as mãos. __Tomar banho, comer alguma coisa e procurar um filme para assistirmos... - cheirou seus cabelos.__ Podemos fazer amor...se estiver disposta. - desceu os lábios procurando os seus.__ A chuva me deixa excitado...me traz lembranças de nós dois juntos...
O beijo que se seguiu foi calmo, cheio de carinho, transmitindo segurança a ela. Ao final, quando suas bocas se separaram, Alana sorriu.
__ Acho sua proposta tentadora...
__ Então pense com carinho...

O resto da semana seguiu sem contratempos.
Estranhamente, Alex não negou o pedido de Alana e concordou em hospedar Cláudia até que ela conseguisse resolver sua vida.
Em breve, Cláudia poderia ter um tempo e um lugar seguro para pôr os pensamentos em ordem. Como a reforma do Pub, já estava quase pronta, Alex ficaria em casa à noite, muito pouco e Rafael se comprometeu que quando não estivesse trabalhando, ficar com ela.
Alana se comunicava com Alex, sem que Yan soubesse. Por isso, quando as mensagens chegavam, eram respondidas sem que ela saísse de sua frente para não levantar suspeitas. Rafael temia por seu emprego e Alana sabia que Yan a recriminaria se soubesse o que estava fazendo, ainda mais, envolvendo o ex.
"Se Yan tem segredos, também posso ter os meus. Não estou prejudicando ninguém."
Na sexta- feira, Alana entrou no prédio suntuoso, onde inúmeras clínicas de médicos, bem conceituados, se estabeleciam, e se deparou com o Dr. George, que segurava o elevador a sua espera. Simpático, ele sorriu, lhe cumprimentando:
__ Como está, Alana! Surpresa ver você por aqui! Consulta com quem?
__ Vou bem, obrigada! - devolveu o sorriso.__ Tenho uma consulta agora as 10:30 no oitavo andar.
__ Ah, sim. Esqueci que pretende engravidar. Aquela ala toda é dedicada a isso. Fertilização? - indagou, casual.
Ela balançou a cabeça negando.
__ Método natural.
__ Claro. Que pergunta indiscreta a minha. Desculpa!
Como estavam sozinhos, ela continuou:
__ Bobagem. Sou saudável e minha vinda aqui, é justamente, por que queremos um menino.
__ Eu lembro disso. Até já sei com quem irá consultar...Dr. Ailton Strelaiev, que é o único que trabalha com umas tabelas. A propósito, mês que vem, quero ver Eduarda.
__ Nós a traremos. Inclusive já foi agendado. Yan é muito cuidadoso quanto às consultas de rotina da Duda.
Dr. George olhou o relógio caro, de pulseira em couro marrom, no pulso esquerdo.
__ Ainda é cedo, para meu primeiro paciente e se sua consulta é daqui a uma hora, que tal a gente tomar um café? No décimo segundo andar, tem um cafeteria, frequentada pelo pessoal do prédio, que serve um café maravilhoso, moído na hora. Aceita?
Ela deu de ombros, conferindo o tempo no seu pulso.
__ Ah, sem dúvidas que vou aceitar! Um café sempre cai bem.
Dr. George apertou o botão que os levaria até lá.
O ambiente era simpático e o aroma delicioso, do café recém passado, veio ao encontro deles assim que a porta do elevador se abriu.
Sentaram-se numa mesa vaga logo a frente e fizeram seus pedidos.
__ E então, como vão as coisas depois de casada? - ele puxou assunto.
__ Boas. A mãe de Duda voltou e aos poucos, elas estão se conhecendo. Recomendei a Yan que consiga um psicólogo para ajudar nisso. Mãe e filha precisam.
__ Um profissional, nesse momento, na vida de Eduarda é imprescindível!
__ E você, como está? Aisha estava dispostas a fazer você se casar com aquela moça, com a qual não soltou um minuto nos dez dias de festa do nosso casamento... - sorriu, levantando o olhar para a garçonete que servia o líquido fumegando.__ Obrigada!
__ Ah, que lugar maravilhoso aquele!! - Dr. George exclamou. __Pretendo tirar umas férias, na metade do ano...com toda a certeza, que visitarei a Romênia novamente.
Alana o encarou com um meio sorriso no canto da boca, brincalhona.
__ Está apaixonado! Posso ver isso!
__ A distância certamente, irá se encarregar de apagar essa paixão. As paixões mais de perto, demoram mais a se dissolverem...- ele parou os olhos nos seus.
Sem entender, Alana, inocente, foi levando a conversa.
__ Segundo Aisha, você e Érika foram feitos um para o outro. Yan me disse que a avó não costuma errar.
__Quem sabe, não é mesmo?Infelizmente, conheci você depois de já estar com Yan.
Ela engasgou com o gole de café, levando o lenço a boca.
__ Como é? Não entendi, Dr. George!
A mão dele pousou sobre a sua. Alana a retirou de imediato.
__ Não me leve a mal. - suplicou. __Mas assim que pus os olhos em você, me apaixonei!

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