Capítulo XIV

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Alana desceu as escadarias da frente da mansão em direção à praia. O sol já brilhava fraco naquele final de tarde quente. Atravessou a rua calma, cruzando o canteiro de palmeiras e andou sobre  o caminho de madeirinhas escuras, acompanhada ao longe por dois seguranças.
A areia que se acumulou sobre as travessas a  incomodou, causando atrito entre a pele e a rasteira que usava. Parou, se segurando no corrimão e puxou a saia do vestido, tirando as sandálias, as segurando ao lado do corpo pelas tiras. Olhou a imensidão do mar azul e fechou os olhos sentindo a brisa lhe envolvendo. Quando os abriu, viu Yan caminhando ao seu encontro sobre a areia morna. A bermuda caqui até aos joelhos, folgada e a camisa de linho creme, de mangas dobradas, aberta até a uma altura do peito, destacavam sua pele morena e seus cabelos escuros desalinhados pelo leve vento marítimo, lhe davam um charme fora do comum. O coração de Alana saltou e ela mordeu o lábio inferior controlando seu entusiasmo. Ele parecia um príncipe, daqueles que surgem no deserto, dos filmes ou livros de romance.
E não só para disfarçar a perturbação, mas porque sentia uma certa conexão inexplicável cada vez que o via, que permitiu sua boca se abrir num sorriso. Yan a deixava intensa, mexida e cheia de borboletas no estômago!
Ele devolveu o sorriso, a esperando no final das madeirinhas.
Conforme Alana se aproximava, seus olhos iam lhe devorando. 
Começou o exame nos pés descalços, passeando pelo corpo e quando ela parou em sua frente, o olhar demorou no par de seios, que exibia os bicos rígidos por baixo do tecido fino. Por fim, subiu para sua boca volumosa, bem desenhada pelo batom vermelho.
O cabelo dela havia sido cortado acima do ombro e as ondas escuras foram delineadas para emoldurar o rosto delicado. E como de costume, uma parte ficou de lado e presa atrás da orelha, mostrando o brinco dourado e longo, que valorizava o seu pescoço e lhe conferia um ar elegante em meio a displicência do lugar.
O vestido verde água, confeccionado, em malha bem fininha e leve, que recebeu no quarto, como sendo um presente de Yan, lhe moldou as curvas. O decote valorizou o colo, o vale entre os seios e as alças finas adornaram os ombros delicados.
O rosto teve os pontos fortes realçados pela maquiagem que ressaltou a boca como sendo o principal elemento de sedução.
Depois de alguns segundos, perplexo, Yan deixou as palavras saírem com a voz rouca.
___ Está linda!
___ Obrigada! - sorriu satisfeita com sua aprovação.
Ela, ao pedir que os profissionais do cabelo e maquiagem que caprichassem, foi intencional. Pela primeira vez, desejou ter ao menos, a elegância da irmã. Sabia que Yan como homem que era, com poder e dinheiro, admirava mulheres bonitas e sofisticadas. Aquele dia, sentiu o desejo de ser uma delas. Quis causar um impacto nele, que estava acostumado a vê-la sempre ao natural. O ar de admiração da parte de Yan lhe deu confiança. Tinha acertado o alvo! Inconsciente, Alana se deixava levar pela ilusão.
___ Acertei quando escolhi o modelo e a cor desse vestido! - ele disse segurando sua mão, a levando pela areia fofa, rodeada por tochas de bambus, acesas, para dentro de uma estrutura montada.
__ Você escolheu? Não acredito. - o olhou de soslaio, emitindo um leve sorriso.
Ele parou alguns segundos, a virando, para lhe explicar. O olhar intenso percorreu mais uma vez o decote, onde a curva dos seios se insinuava.
___ Imaginei seu corpo nele, pela foto que a loja me mandou dos muitos vestidos exclusivos.
O coração dela bateu mais forte ao ouvir aquelas palavras e diante do olhar sedutor dele, levantou uma sobrancelha, sorrindo de canto.
___Está me dizendo que ninguém mais tem um modelo desses?
___Acha que sou homem de dar presentes, dos quais uma mulher possa, numa ocasião qualquer, se deparar com algo igual? Tudo o que escolheu hoje é exclusividade, Alie!
___Nossa! - exclamou.__ Realmente, esse não é o meu mundo!
___Passará a ser. - acariciou sua mandíbula com a ponta dos dedos, voltando a guiá-la até a entrada da tenda. 
Yan ergueu o tecido que servia de porta, lhe dando passagem e ela deixou cair num canto o par de sandálias, encantada com o lugar, que tinha sido arrumado para uma noite de momentos íntimos. As luminárias, o tapete vermelho, as flores, as almofadas coloridas, dispostas sobre um colchão redondo, as frutas, as bebidas e a magia de uma fogueira na areia, visível pela outra entrada, que começava a iluminar a derrubada do manto escuro e realçar a beleza da lua cheia no céu, completava o romantismo do lugar. O vento leve, não emitia barulho, apenas fazia as labaredas das tochas e da fogueira tremularem, juntamente com os tecidos laterais da barraca.
Yan notou seu ar de admiração com satisfação.
___ Gostou da surpresa? - suas mãos circundaram sua cintura por trás e
Alana virou o rosto para encará-lo.
___ Lindo! Achei que iríamos caminhar à beira mar e depois voltaríamos para a mansão. Na hora, não entendi a exigência de usar o presente para vir até aqui. Mas vendo o quanto se esmerou, faz sentido que me quisesse bem arrumada.- olhou para o vestido.
___ Quis te agradar. Você merece uma noite especial!
___ Mereço? - juntou as sobrancelhas.
___ Sim. É minha esposa, está devolvendo a minha paz e quero te fazer rainha.- acariciou seu rosto.
O calor do toque fez Alana querer mais. Gostaria de ter coragem para pedir que a envolvesse em seu abraço. Conteve-se.
___ Nem sei o que dizer... - ela mal conseguia falar.
Jantar e ficar, uma noite à beira mar, namorando, era algo que só havia visto nos filmes de romance. Nunca imaginou que na vida real, um homem pensasse em agradar uma mulher daquela maneira. Ao menos, os que convivia, não. A imagem da irmã afirmando que tinha conhecido um homem maravilhoso, como sempre sonhara, fazia todo sentido agora.
___ Pensei hoje, pela manhã, que um casamento merece algo que marque e que mostre a todos que você é minha.Por isso quis fazer um momento especial.
Enfiou a mão no bolso e tirou uma caixinha preta, revestida em veludo com as letras iniciais de seus nomes, em dourado, na parte superior.
__Um contrato de casamento é algo muito frio. - disse analisando suas reações, mostrando o conteúdo da caixa.
O brilho do anel cravejado de pequenos diamantes fez o olhar de Alana se abrir mais, surpreso. Piscou para ter certeza que aquilo não era uma alucinação. A joia era magnífica!
___ Como não a pedi em casamento de uma maneira formal, estou corrigindo isso agora. - sorriu e brincou.___ Não vale dizer não.
Alana desviou os olhos das pedrinhas e fincou nos seus. Boquiaberta, ignorou a frase. Pra ela, aquele momento não era uma brincadeira. 
___ Porque está fazendo isso? Já estamos casados.Um anel só é necessário quando há sentimentos entre um casal.
___ Mas há, Alie!- afirmou.___ Se não houvesse uma centelha de sentimentos, não estaríamos aqui. Além de marido e mulher, somos amantes! Bem...não ainda, mas sei que viveremos momentos inesquecíveis enquanto estivermos juntos. 
Quer sentimento melhor do que aquele que põe fogo em corpos? Desejo, Alie!Não podemos negar que ele exista entre nós.
Yan pediu a mão e ela a entregou, olhando o chuveiro de diamantes ser colocado no seu dedo anelar esquerdo.
___No dia da cerimônia cigana, receberá a aliança.
Em seguida, beijou as pontas de seus dedos com delicadeza e a agarrou pela cintura para que seus corpos e suas bocas se colassem. De início, seus lábios se mexeram calmos sobre os dela, mas o beijo foi se aprofundando conforme o desejo se alastrava por suas veias. As mãos dele subiram e desceram pelas costas dela, numa doce massagem, parando ambas em seu traseiro, o acariciando e forçando contra seu quadril, para que sentisse o quanto ele a desejava. A língua poderosa, ocupava lugar na boca de Alana de uma forma abusiva, a deixando sem fôlego. E ela, dando asas a sua pouca coragem, enterrou os dedos em seus cabelos, acariciando-lhe a nuca, enquanto os lábios de Yan, exigentes, deslizavam sedutores, fazendo suas pernas bambearem. Quando o beijo acabou, ele falou com carinho.
___ Quero que guarde boas lembranças do que viver comigo. Terá toda minha admiração pela pessoa que é, minha fidelidade enquanto estivermos casados e meu respeito quando ficar livre.
___ Yan... - buscou o ar que rareou.
Ele pôs o dedo indicador sobre sua boca.
___ Shiu! Não diga nada! Vamos aproveitar a noite e a área reservada a nós. - calou sua boca lhe dando um selinho suave e lhe arrastou até o colchão.
Sem ação, Alana obedeceu, se recostando sobre ele, apoiando as costas nas almofadas.
Yan sabia que um corpo feminino quando bem estimulado dá lugar as emoções liberando a libido e a timidez. E que Alana não usaria a razão se ele fizesse as coisas do jeito certo. Sua experiência com mulheres lhe garantia isso.Não podia correr o risco dela lhe negar um filho.
Alana se acomodou melhor e Yan lhe ofereceu uma taça com um coquetel de frutas.
__Pedi para usarem pouco vinho branco. Não quero que durma. - ele riu.__Pode beber. Confie em mim.
Alana preferiu olhar para os cubos de gelo em vez de encará-lo.
__Espero que não me faça assinar mais nada, caso não dê conta de minhas ações.
__No máximo terei que lhe carregar nos braços rua à fora e descobrir o que está usando por baixo do vestido novamente. - disse sentando ao seu lado.__Mas eu prefiro descobrir isso com você sóbria... - aproximou o nariz de seu pescoço, aspirando seu perfume, procurando as áreas sensíveis, tentando penetrar em suas defesas.
Aquele leve contato fez Alana vibrar. Tomou um gole da bebida, notando que quase não tinha o sabor do álcool.
__Alie! - chamou em voz baixa.__ Não disse se gostou do anel...
__ O anel...é lindo! - sua respiração faltava.
Yan lhe tirava os sentidos com a boca beijando seu ombro.
__ Relaxa. - tomou o copo de sua mão, o largando de um lado e a fez se recostar melhor.
O corpo dele encostou no seu e sua mão espalmou ao lado do rosto dela e enterrando os dedos em seus cabelos macios, aproximou a boca da sua.
__Quero que conheça meu corpo...- disse entre beijos e mordiscadas leves em seus lábios.__ Me acaricie, Alie! 
Ela fechou os olhos e obedecendo ao seu comando, elevou a camisa e percorreu com a ponta dos dedos as linhas da sua musculatura das costas. Subiu e desceu, o sentindo retesar e seu pau pulsar duro em cima de seu corpo frágil. 
__Me beije, Alie! - ordenou.
Com o corpo já em chamas, Alana afagou seu rosto, seus cabelos e brincou com os lábios sedutores. Atrevida, mordeu sua orelha e lambeu seus lábios.Ele estremeceu com o gesto erótico. Suspirou quando ela massageou seu pau por cima da bermuda.
__Você tem potencial. - descontraiu.__Só precisa de um tempo, para se tornar uma mulher insaciável. Eu sinto seu fogo queimando... seu corpo tremendo... Vou cuidar de você de uma forma que nunca foi cuidada, Alie!
Alana abriu os olhos se deparando com o negro dos dele, cheios de desejo e confessou:
__Não sou muito experiente, Yan. Meu único relacionamento foi um fracasso na cama.
__Vocês não...não se davam bem?
__ Vez ou outra tinha prazer. - confessou.___ Alex dizia que o problema era comigo.
Ele se afastou um pouco, sem acreditar no que ouvia. 
__Uma mulher só fracassa na cama, se o homem não sabe o que fazer com ela. E eu sei como fazer para que se solte e chegue lá. - deslizou a mão e acariciou seu Monte de Vênus por cima do vestido. __ Sei onde e de que forma te tocar...Entendeu porque precisamos desse tempo? Quero que se sinta especial! Quando chegar o dia estará pronta, Alie! 
Alana teve que admitir que ele tinha razão. Seu relacionamento com Alex não era baseado em intimidades ou em carícias audaciosas. Sexo pra ele era sexo, e só.
Alex não perdia tempo com preliminares, ia direto ao pote. Agora, com Yan, percebia o prazer que ele tinha em tocar, acariciar, beijar...Começava a entender a diferença entre um homem de verdade e um moleque egoísta. Para Yan, tudo aquilo soava como um ritual!
As mãos carinhosas elevaram o seu vestido, revelando suas coxas e a calcinha branca, rendada. Yan afagou o interior de uma delas. Alana estremecendo em expectativa, não se opôs quando os dedos entraram na lateral da lingerie, alisando seu sexo. Ele gemeu em seu ouvido, constatando.
__ Se depilou. Perfeita, para minha língua se perder dentro de você. - voltou a beijá-la com ardência e ela  amoleceu.
Afastou as pernas, querendo que ele entrasse com seus dedos nela, mas Yan, subiu a mão, mexendo no bico do seio, provocando descargas elétricas por todo o seu corpo.
A boca contornou seu maxilar, a barba a excitando, deixando um caminho de fogo pelo colo nu. Ela cravou as unhas em suas costas para suportar as sensações que ele provocava.
Arqueou o corpo quando seus dentes mordiscaram os bicos eretos dos seios sobre o vestido. Alana queria grudar nele, queria sentir cada centímetro da pele de Yan junto da dela.
De súbito, ele se ajoelhou, retirou a calcinha, afastou suas pernas e a deixando exposta, contemplou sua vagina.
Alana ofegou diante daquele olhar devorador. Nunca tinha ficado assim, aberta sob examinação erótica. Ele demonstrava sua fascinação tocando com delicadeza nela, até que se ajeitou em meio as suas pernas para sentir o perfume de sua feminilidade. Entorpecido, começou a chupá-la de um jeito que fez Alana arfar de tanto tesão.
Segurando firme nas laterais de seus quadris, Yan, com a língua safada, lambia seus recantos, apreciava seu gosto, estimulava seu clitóris, a invadia e voltava a bater com ritmo sobre ele, a deixando enlouquecida, a levando à beira de um orgasmo. Ela rebolou em sua boca, querendo mais. Desejava que fosse penetrada para aliviar aquela urgência que se formava em seu ventre.
Ele leu sua linguagem e penetrou um dedo, entrando e saindo dela, no mesmo ritmo da língua. A sensação era intensa e devastadora, e a fez explodir, gozando em sua boca, como nunca tinha acontecido.
Ela foi ao paraíso e voltou, mas Yan não a largou, continuou a lhe estimular. A tortura era insuportavelmente deliciosa e em poucos minutos, Alana gozou de novo, arqueando o corpo, apertando sua cabeça entre suas pernas.
Gemendo alto, alucinada de  prazer, por fim, deixou-se descansar sobre as almofadas. Todo seu corpo vibrava naquela sensação maravilhosa de plenitude. Nada no mundo a havia preparado para aquele momento. Se com Alex era custoso chegar lá, com Yan era muito fácil. Sua perícia a levou a provar o que sempre achou impossível de acontecer: ter mais de um orgasmo!
Ofegando, Yan subiu, esmagando seu corpo, beijou sua boca com desejo e deitou ao seu lado, esperando que ela tomasse alguma atitude.
Alana entendeu e voltou a beijá-lo. Desabotoando a camisa, correu a língua por seu peito, beijando sua pele firme, aspirando seu cheiro bom. Aquele mesmo perfume do dia em que o conheceu. Alana procurou com  mãos hesitantes, o zíper da bermuda. Ele ajudou a baixá-la, lhe encorajando a prosseguir.
O membro ereto saltou, a impressionando com o tamanho. Por alguns segundos, ela parou o olhar sobre ele e então, o circundou, o sentindo quente entre seus dedos e começou uma massagem leve. Yan fechou os olhos para apreciar o toque. O pré gozo escorria e com o polegar, acariciou a glande, espalhando a lubrificação, brincando com a pele sensível, em círculos. Ele suspirou. 
A mão de Alana era firme, porém seus gestos delicados. Os movimentos de vai e vem foram aumentando e ele arqueou o corpo para possuir seus lábios com loucura. Os gemidos de prazer foram sufocados pela língua dela, que invadia sua boca de uma maneira sedutora e gulosa.
Yan podia jurar que Alana aguentaria outra rodada de prazer, somente pelo modo como o beijava.
Não aguentando mais, enterrou os dedos em seus cabelos e deixou-se extravasar numa onda de prazer que fez seu corpo todo estremecer e seu sêmen saltar em jatos grossos sobre a barriga trabalhada. Aos poucos, ela foi  diminuindo os movimentos e com a respiração pesada, Yan sorriu. 
__ Mãos de fada!
Alana riu de um modo carinhoso e deitou a cabeça em seu peito, ouvindo o desacelerar de seu coração.
__ Não acho justo que se esforce tanto para fazer me sentir mulher e não retribuir. Yan...? - o chamou baixinho.
___ Que foi? - ele afagou seus cabelos.
___ Obrigada. Nunca achei possível gozar duas vezes...
___ É possível até mais, Alie! Depende muito de quem está junto, mas depende mais ainda de você. Se sua cabeça não se permitir, não acontece.
Um longo tempo depois, já revigorados sentaram para comer.
A noite já era alta quando saíram da tenda e ela sentou na areia ao redor da fogueira. Olhou o copo que tinha em mãos e pensativa, falou:
__ Acho que terei que parar com o ansiolítico.
__ Parar? Por acaso não está lhe fazendo bem? - Yan remexeu as poucas labaredas, acrescentando mais lenha e voltou a ficar ao seu lado.
Ela levantou a cabeça.
__ Já parou para pensar que se eu engravidar, não poderei estar fazendo uso de nenhum tipo de droga?
Yan se mexeu. A declaração caía como água fresca num dia de calor.
__ Eu considero isso um sim, ao que pedi ontem na biblioteca?
__ Percebi que não aceitará um não. Não me deu alternativas e não quero deixar de ver minha sobrinha. Ela abriga algo que me mantém viva também.
___ Se refere ao coração de Mike?
A indagação fez seus olhares se encontrarem.
___ Sim. Preciso continuar a ouvir o coração dele batendo dentro de Duda. Isso me dá forças para continuar... Se algum dia, perder um filho lembrará e entenderá o que estou lhe dizendo. Não existe nada pior do que enterrar um. - buscou o ar para continuar falando. ___De algum modo, Duda é mais que minha sobrinha. Eu e Elen temos os mesmos genes...Eduarda carrega o coração de Mike.... Acho que biologicamente ela é quase minha filha. Existe agora, algo além do sangue que nos une. - bebeu um gole do coquetel e suspirou.___Nunca teria condições de ir visitá-la na Romênia...e
__E..? - ele inclinou o corpo para olhá-la mais de perto.
Alana deixava transparecer toda a sua tristeza nas palavras. O desabafo despertou em Yan um sentimento de querer apertar-lhe em seus braços e aplacar toda a dor que ela escondeu tão bem durante aquele último mês.
Ela continuou:
__ E vendo o quanto é poderoso e rico, não seria um problema pra você morar lá. Afinal, ela é uma ciganinha linda, de olhos espertos... - sorriu, limpando o canto do olho.___ e é natural que fique em sua terra, aprendendo seus costumes...assim como seu pai fez com você!
Não quero ficar longe do coração de Mike! Não quero que Eduarda definhe em tristeza... - sentiu subitamente, um frio.
Depositou o copo ao seu lado, encolheu e abraçou as pernas, com olhar fixo na fogueira.
Ele passou o braço por cima de seus ombros.
___ Providenciarei o mais rápido possível um médico para que consulte e tire todas as suas dúvidas.
Beijou com ternura o alto de sua cabeça.
___ Sempre soube que era especial, Alie! Tenho certeza, que você é a mulher que sabe amar...
___ Mulher que sabe amar?
___ Sim. A que Aisha, de vez em quando, fala. Só uma mulher que compreende o amor em todas as suas formas pode mudar o destino de um homem. Você é ela.

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