Capítulo XL

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Capítulo sem correção.
No capítulo anterior, escrevi que Aisha e Luana chegaram ao Brasil.Mas acrescentei uma moça cigana junto. Preciso ir ajeitando o lado do Dr. George. Não precisam voltar lá. Só a mencionei, ela ainda não tem nem nome.
Ah, se quiserem saber o que Yan cantarolou...só ouvir a música do vídeo. Achei bem apropriada para o momento deles. Beijo a todas!
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️

A chuva batia intensa na lataria e no parabrisa do carro. Os faróis dos outros veículos, dificultavam a visão. O trânsito aquele horário na BR era grande. Um número infinito de carros seguia na direção do centro Florianópolis, naquele sábado. Yan dirigia em direção contrária. A presença da avó, lhe deu ânimo, lhe fazendo ver que deveria se esforçar mais na luta para trazer Alana de volta.
Já em Palhoça, cruzou em frente à casa de Alex. Dois de seus homens estavam a espreita. Estacionou e abriu o vidro. Os pingos da chuva bateram, lavando o seu rosto. Um deles saiu ao seu encontro, se debruçando na janela do seu carro com um guarda chuva aberto.
__ Está tudo certo, senhor Yan! - disse baixinho.__O rapaz saiu faz uma hora mais ou menos. Ela está bem segura, não se preocupe!
Ele sinalizou um certo com o polegar, fechando o vidro em seguida.
Desde que a amiga de Alex deixou a casa, que Yan intensificou a guarda. Seus homens eram muito discretos e para disfarçar, Yan montou um "quartel general" na rua dele. Uma distribuidora de bebidas, dessas que vendem pela grade da porta, era o disfarce ideal. Assim, seus homens poderiam ficar 24 horas de olho sem desconfianças.
Eles o mantinham informado de todos os movimentos. Embora, não tivesse nenhum que chamasse suas atenções, mesmo assim Yan passava por ali, em algumas noites. Chegou a bater no portão, por duas ou três vezes, nas últimas. Porém ela não atendeu. Estava sozinha e era compreensível, mas depois, ficou sabendo que a campanhia havia queimado.
Durante o dia, Alex não dava trégua. Sempre que saía, Alana o acompanhava. Iam a pé ao supermercado, à padaria...à farmácia... Às vezes, ele a carregava na moto e sempre era seguido. Nada demais acontecia. Exceto pelo dia, em que entraram numa loja de enxovais para bebê. O relatório do segurança, o desmanchou por dentro. Alana comprou, na companhia de Alex, algumas roupinhas, parecendo tão alegre ao seu lado que as cenas, muitas delas, vistas por vídeos, lhe entristeciam ainda mais. A sensação de perda, era insuportável!
Yan queria muito falar com Alana, mas se recusava a encarar o homem que estava cuidando dela. Pela primeira vez, sentia-se inseguro. Bem ou mal, os dois tiveram uma história... um filho...Havia lembranças boas, com certeza, daquele relação.
Rodou pela cidade, remoendo seus pensamentos até que parou em frente a fachada de madeira escura com desenho de uma Harley Daivdson dourada e preta, seguindo pela infinita Rota 66.
Leu em voz baixa o nome do bar:
__ Moto Garage Hard Rock...
Num impulso, saiu do carro, driblando a chuva, acionando a trava atrás de si.
No momento que entrou no recinto lotado, correu o olhar e reconheceu a figura, debruçada no balcão, dando em cima de uma mulher. O lugar estava abafado e cheio. Uma banda tocava um cover do Metallica. Alguns olhares caíram sobre ele.
Sem se importar que o lugar não era o seu chão, se achegou ao balcão. Alex desviou a atenção da moça, que exibia, o braço tatuado, o fitando por alguns segundos. Sorriu.
__ Bebe alguma coisa... - Alex juntou as sobrancelhas.__ Yan?
Um pouco sem jeito, pela recepção, apertou a mão que o ex da esposa estendida em cumprimento.
__ Já fomos apresentados? - rebateu.
Alex riu com seu costumeiro jeito extrovertido.
__ Nem precisa. Já vi suas fotos mais de mil vezes no últimos 40 dias. Ela está sofrendo, viu? - foi direto ao ponto.
Em silêncio, Yan o observou pôr um copo a sua frente e derramar uma dose de vodka dentro.
__Por conta da casa!- mostrou o copo. Yan agradeceu e o empurrou de volta.
__ Prometi a mim mesmo não pôr bebida na boca por um tempo...Ela desgraçou minha vida.
Sem dar chances de Yan dizer algo mais, Alex o bombardeou:
__Nem eu fui capaz de fazê-la sofrer assim! Eu poderia pular esse balcão e te bater até você sangrar, mas não farei isso. Você é mais forte do que eu.- riu.__ Sairia perdendo com certeza.
Puxou um molho de chaves do cinto e retirou duas, batendo com a mão em cima do balcão.
__ Se tiver um pingo de vergonha nesta cara, vá lá e implore seu perdão a ela. Todo aquele aparato na frente da minha casa, acho que não seja, por que está louco por mim! - riu.__ Só quem morre de amores e orgulho, ao mesmo tempo, faz o trajeto zona Norte-Palhoça, quase todas as noites, só para chorar dentro do carro estacionado na esquina. Não ache que é só você que que tem poder. A vida me deu cancha para enxergar o que a maioria não enxerga. Sacada boa, a da distribuidora... Não falei nada à Alana.. por que até eu fico tranquilo aqui, com aqueles caras cuidando dela.
Yan olhou as chaves, olhou o copo cheio para depois, o encarar.
__ Sempre achei que fosse um grandissíssimo FDP!
Com os braços abertos, escorados no balcão, ele inclinou o corpo, com sorriso moleque desafiador.
__ Não tanto quanto você! Sabia que fui proibido de chamá-la pelo apelido? Segundo o que me explicou, não causa o mesmo efeito nos sentimentos dela. Agora, meu amigo, só você tem esse direito! - emitiu um sorriso de canto e ordenou:
__Pegue essas chaves e faça o que tem que fazer! Alana está grávida! Eu sei que ela vai me matar por te contar isso, mas não me importo. - sorriu amigável.__ Ela me perdoará, por que ela é a doce Alana...- deu dois tapas no ombro dele. __ Vá!
__ Sobre o bebê, eu sei.
__ É, ela deve ter a certeza que você sabe e por isso chora toda noite. De dia, fica perdida num mundo, onde não permite ninguém entrar.
Sem pensar duas vezes, Yan pegou as duas chaves e as apertou com força.
__ Ah, antes que esqueça...ocupem o quarto do fundo. Vou levar companhia para casa hoje! E não se preocupe com as chaves...Tenho cópias aqui no Pub. - piscou.
Yan sorriu com um lampejo de esperança.
__ Obrigada! Sei que parece ridículo o que vou pedir...mas sou um homem apaixonado...torça por mim!
Apertou a mão em punho que o outro lhe oferecia e Alex ficou sorrindo, o vendo sair do bar. A moça tatuada, se achegou e ele se debruçou para conversar, tranquilo. Sabia que tinha feito o certo. Alana não merecia sofrer mais.

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