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Pov Carol

- Eita. - Ouvi uma voz grossa e empurrei Day pra longe, olhei para o lado e era Rafael, que me olhava prendendo o riso.

- Sabe tocar a campainha não, Rafael?

- Eu toquei duas vezes.

- Essa merda tá com problema. - Bufei irritada, esse apartamento está cheio de problema. - AH, Day esse é meu irmão Rafael, tato essa é a Day, minha namorada. - Mostrei minha mão com a aliança.

- Finalmente desencalhou, maninha.- Ele gritou animado.

- Some daqui, Rafael. - Eu brinquei e ele riu alto.

- Ela fala? - Ele perguntou olhando pra Day, a morena negou e riu.

- Não, eu só estou um pouco tímida. - Ela falou e só então eu notei que suas bochechas estavam vermelhas.

- Oh meu Deus. - Eu puxei ela pra um abraço e logo foi retribuído. - Relaxa, tá? Eles já gostam de você só por você me fazer feliz. - Eu sussurrei em seu ouvido e ela concordou. - Vou colocar o pão no forno. - Falei em um tom normal e logo nos afastamos daquele abraço.

Em poucos minutos minha mãe, meu pai e Renan já tinham chegado, até agora eles estavam agindo normalmente, Day praticamente não falava nada, ela estava tímida e nervosa demais pra pensar em qualquer frase.

Estávamos na sala conversando enquanto tomávamos café e comíamos pão.

- E então, quais suas intenções com a minha filha? - Meu pai perguntou e Day aparentemente se engasgou com o café, já que ela começou a tossir desesperadamente.

- Amor, você tá bem? - Perguntei rindo e ela negou, saindo dali.

- Seu pai matou a menina. - Minha mãe falou e eu ri.

- Vai deixar a menina morrer, Caroline? Vai lá acudir ela. - Renan falou aparentemente preocupado, então fui atrás da minha namorada.

Oh coisinha boa de falar.

Minha namorada.

Ui, deu tesão.

Foco, Caroline, é só a tpm.

Cheguei no quarto e Day estava deitada na cama tossindo.

- Amor, você vai morrer desse jeito. - Eu falei parando na frente dela, ela riu fraco. - Quer água? - Perguntei e a morena concordou.

Eu busquei um copo d'água pra ela e logo ela estava melhor.

- Juro, achei que eu fosse morrer agora.

- Por que, amor? Ele fez só uma pergunta.

- Eu sei, fiquei nervosa. Eu não quero que eles não gostem de mim.

- Se você morrer eles nem vão ter tempo de gostar. - Eu falei e ela riu sem humor.

- Eu fiquei desesperada, amor. Será que eles estão me achando patética? Meu Deus, eu vou me jogar. - Ela começou a andar de um lado para o outro falando coisas sem sentido. Eu até tentei chamar ela, mas ela não me escutava de jeito nenhum então tirei minha blusa e ela me olhou. - Coloca essa blusa, mulher. Vão achar que estamos fazendo coisas indecentes. E porque você tá sem sutiã? Misericórdia mulher, você vau me matar.

- Errado, vão achar que estamos fazendo amor bem gostoso. Estou sem sutiã porque meus seios estavam doendo. Agora dá pra me escutar? - Perguntei, mas ela continuou olhando para meus seios com um olhar faminto. Me controlei o máximo que eu pude e coloquei minha blusa novamente.

- Fala.

- Olha, eles realmente gostaram de você. Meu pai é implicante demais, ele vai ficar fazendo piadinhas e perguntas assim o tempo todo, então se acostume.

- Tudo bem. Vamos, logo. - Ela falou e respirou fundo.

Eu estava rindo do desespero dela, mas por dentro eu estava com pena.

- Está melhor? - Minha mãe perguntou para Day, assim que nos sentamos no sofá.

- Sim. - Ela respondeu e respirou fundo. - Desculpa, eu só...

- Não se desculpe, eu falei para implicar.

- Eu falei. - Cantarolei e Day riu.

- Minhas intenções com a Carol são as melhores, eu juro. Eu amo a Carol e eu só quero vê-la feliz. Pela primeira vez na vida eu comecei a pensar em me casar com alguém e se a Carol foi a única a despertar esse sentimento em mim, não vou realizar isso com mais ninguém além dela. Posso estar parecendo muito emocionada falando em casamento, sendo que acabei de pedir ela em namoro, mas aquela frase "O amor não significa tempo e sim intensidade" fez muito sentido assim que conheci ela. - Ela terminou de falar e eu estava chorando. - Mulher, por que você tá chorando?

- TPM, me deixa. - Falei e peguei mais um pedaço de pão.

- Fico feliz da Carol ter encontrado alguém como você. Mas se fizer minha filha sofrer, eu vou te caçar e te torturar. - Meu pai falou e Day arregalou os olhos.

- N-Não se preocupe. - Ela falou e eu ri.

- Pai para de assustar minha namorada.

- Ué, horas atrás não era namorada agora é?

- Meu Deus! - Minha mãe riu.

- Pai, a Carol contou que a Day pediu ela em namoro assim que a gente chegou.

- Ah, é verdade

The Interview - Au DayRol | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora