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Pov Carol

- Não acredito que você fez isso! Caroline! Eu tinha, literalmente, acabado de falar pra você conversar com ela.

- Eu sei, eu fiquei nervosa. Nana eu não estou pronta pra isso.

- Isso o que Caroline? Vocês beberam, transaram e acabou. Só vai se repetir se vocês quiserem.

- Eu sei, Nana. Olha é complicado.

- Não é não. Você que tem medo de se apaixonar. - Nana falou e eu bufei.

- Mentira.

- Caroline ...

- Tá, mas eu não posso me apaixonar pela Day. Você sabe, Elana.

- Não sei, por que?

- Minha mãe nunca aceitaria ...

- Carol, se você ficar vivendo pela sua mãe, você nunca vai ser feliz.

- Eu sei, mas não consigo simplesmente ignorar tudo o que ela me fala.

- Amiga, calma. Não surta. Conversa com a Day, ela vai te entender. E outra, não é como se ela tivesse te pedido em casamento, vocês só transaram.

- É eu sei.

- Aliás, lembrou de algo?

- Sim, algumas coisinhas só, mas nada muito completo. - Falei e tentei disfarçar ao máximo.

A verdade é que depois que eu vim pra cozinha e fiquei um pouco sozinha, eu comecei a lembrar de algumas coisas. Acho que lembrei quase tudo.

Se não fosse pela minha mãe eu até gostaria de repetir esse dia, porque olha ... A noite foi bem quente!

- Tá sorrindo assim porque, Caroline? - Elana perguntou e só então eu percebi que ela ainda estava ali. - VOCÊ LEMBROU DE TUDO? - Ela gritou.

- Shiu!! Sim, eu lembrei.

- Foi bom?

- Foi. - Eu falei e senti meu rosto queimar.

- Safada!

- Para Elana! Vamos pra sala.

- Tá bom sua chata.

Fomos para o outro cômodo e ficamos conversando, depois de um bom tempo de conversa, senti falta de Day e notei que ela estava deitada no chão olhando pro teto. Quando eu pensei em me aproximar, meu celular tocou.

- Já venho. - Falei indo até meu quarto e só então atendendo a ligação.

Ligação on

- Oi maninho.

- E aí ferrugem. Como está?

- Estou bem.

- Não parece, está com a voz baixa.

- Rafa eu não aguento mais esconder da mamãe quem eu sou.

- Carol, você já é uma mulher independente, tem seu cantinho, não tem o que ela fazer. Conta logo. Vai deixar de viver sua vida até quando?

- Meu Deus eu acordei não faz nem trinta minutos e já é a segunda vez que escuto isso.

- Então faça Caroline.

- Você é mais legal quando não me da bronca.

- Olha, eu estou indo pra São Paulo amanhã, vamos nos ver, conversar bastante e aí você toma a decisão que quiser.

- Okay, chatinho.

- Tchau, ferrugem.

- Te amo, tato.

- Te amo, mana.

Ligação Off

Eu voltei para a sala e Day estava saindo de casa, eu corri até ela e fechei a porta, nos deixando no corredor.

- Ia sair sem me dar tchau? - Falei ofendida.

- Eu não queria te atrapalhar. - Ela coçou a nuca.

- Está fugindo de mim?

- Não, você que está. Eu tentei conversar, você fugiu, então obviamente não me quer aqui. Eu não quero forçar uma amizade contigo, quero que seja natural, então se não quiser mais me ver tudo bem. - Ela falou e engoliu em seco.

- Não é isso, Day. Você não entende.

- Não mesmo. Eu não sei nada de você, não consigo me aproximar nunca, ao mesmo tempo que fala "Vem cá" você fala "Sai" fica difícil. Se puder decidir se me quer aqui ou não eu agradeço.

- Você é muito grossa! - Eu estava começando a me irritar.

- E você é uma babaca que está fazendo todo um showzinho de se afastar só porque dormimos juntas.

- Sai daqui, Dayane.

- Com prazer, Caroline.

Eu entrei em casa, bati a porta o mais forte possível, para ver se passava a raiva e corri para meu quarto.

The Interview - Au DayRol | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora