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Pov Day

Olhei para meu lado esquerdo e Carol dormia tranquilamente, enquanto eu ainda pensava nas perguntas que ela me fez durante o dia, todas sobre quando eu me assumi.

Cheguei a três possíveis palpites.

1 - Ou ela tem medo de se assumir para seus familiares;

2 - Ou ela é assumida pra eles, mas eles não aceitam;

3 - Ou porque nem ela sabe o que é ainda.

Eu até chegaria nela e perguntaria, mas ela não parece ficar muito confortável com esse assunto. Então se algum dia ela quiser falar abertamente sobre isso comigo, eu vou só ouvir. Por enquanto eu fico na curiosidade.

E outra coisa que eu percebi, Carol é muito insegura com esse assunto, isso se deve ao fato dela não gostar de comentar sobre, talvez pela opção três.

Daqui a pouco começa a sair fumaça da minha cabeça, de tanto que estou pensando nisso.

Mas se ela não é assumida, ou algo assim, porque ela falaria em rede nacional que me daria um selinho? E outra que ela ...

- Day? - Ouvi a voz rouca de Carol e olhei para ela, saindo de meus pensamentos.. - Não está conseguindo dormir?

- Não. Mas não se preocupe.

- Me preocupo sim, vem aqui. - Ela esticou o braço e me puxou para que eu deitasse em seu colo.

- Obrigada, Ca.

- Não precisa agradecer. - Ela deu um beijo na minha testa e me abraçou.

Carol começou a fazer carinho em meu cabelo e eu olhei para ela.

- O que foi?

- Você é linda até com pouca luz.

- Você também é, baby.

- Gostei disso.- Eu sorri abertamente e ela deu uma risada nasal.

- Posso te chamar assim, então?

- Melhor não, meu coração não aguenta uma mulher dessas me chamando de baby.

- E o que tem "uma mulher dessas"?

- Ah, ... - Ainda bem que está escuro, assim ela não consegue ver que eu provavelmente estou fazendo cosplay de tomate.

- Estou esperando a resposta, baby.

- Você é toda linda, talentosa, com todo o respeito muito gostosa e ...

- E você está doidinha pra me beijar, não é? - Carol me provocou e eu suspirei.

- Preciso responder? - Perguntei levando minha mão até sua cintura e dei um leve aperto no local.

- Não me teste, Dayane.

- Você pode e eu não?

- Exatamente. - Pude ver um pequeno sorriso vitorioso em seus lábios até que eu me aproximei um pouco mais dela, ela respirou fundo e me deu um breve selinho. - D-Desculpa. - Ela falou e eu a puxei pelo pescoço, ela respirou fundo e me beijou.

O beijo era lento, minha mão ainda estava em sua cintura e conforme o beijo a ganhando velocidade, mais minhas mãos apertavam o local. Carol gemeu baixinho entre o beijo e eu sorri.

- Acho melhor a gente para por aqui. - Eu falei tentando manter a calma.

- Eu não quero parar agora.

- Carol, se continuarmos assim provavelmente ...

- É eu sei.

- Não vai surtar?

- Só me faça lembrar daquela noite.

- E você se lembra de algo?

- De tudo. E as lembranças ficam voltando toda hora.

- Então por que quer de novo?

- Porque foi muito bom. Mas se não quiser eu ... - Eu não deixei ela completar a frase e a beijei.

The Interview - Au DayRol | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora